Cidades

CRISE FINANCEIRA

MPT propõe penhora de bens da Santa Casa para pagar 13º salário

Alguns funcionários receberam 50% do valor em 24 de dezembro e vão receber outros 50% em 10 de janeiro; já as lideranças do hospital vão receber o pagamento integral em parcela única no dia 10 de janeiro

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Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) pede que a Justiça do Trabalho considere a possibilidade de penhora de bens e valores do Hospital Santa Casa de Campo Grande e do patrimônio dos integrantes da diretoria e seus associados.

O objetivo é quitar o décimo terceiro salário de médicos que atuam no hospital. O benefício está atrasado desde 20 de dezembro para a categoria.

Até então, alguns funcionários receberam 50% do valor em 24 de dezembro e vão receber o restante (50%) em 10 de janeiro. As lideranças do hospital vão receber o pagamento integral em parcela única no dia 10 de janeiro.

O pedido foi formalizado no âmbito da ação civil coletiva movida pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed-MS) relativo ao hospital, diante da recusa da proposta apresentada pela mantenedora da Santa Casa.

De acordo com o procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes, o hospital é reincidente no descumprimento de direitos trabalhistas básicos, como pagamento regular de salários, férias, 13º salário e FGTS.

Diante disso, a Santa Casa responde a seis ações civis públicas no MPT-MS, quando vários acordos foram formalizados, mas, a maioria deles não foi cumprida sob justificativa de dificuldades financeiras.

O Correio do Estado entrou em contato com a assessoria de imprensa da associação para saber se a penhora de bens será realizada, mas, até o fechamento desta reportagem, não foi respondido. O espaço segue aberto para resposta.

PARALISAÇÃO E ATRASO DO 13º

Funcionários paralisaram atividades, por dois dias, 22 e 23 de dezembro, no Hospital Santa Casa de Campo Grande.

A paralisação afetou 30% dos atendimentos no maior hospital de Mato Grosso do Sul. Ao todo, 1.200 funcionários CLT de enfermagem, limpeza e copa cruzaram os braços e ficaram sem trabalhar.

Os serviços afetados foram atendimentos (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro e UTI), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros e corredores), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

A paralisação ocorreu por falta de pagamento do 13º salário. Até então, a proposta seria de que o 13º seria pago em três parcelas: em janeiro, fevereiro e março. Mas, os funcionários recusaram a proposta e iniciaram as paralisações e protestos.

A partir de então, foi decidido que o décimo terceiro seria pago em duas parcelas: 50% em 24 de dezembro e 50% em 10 de janeiro. As lideranças do hospital vão receber o pagamento integral em parcela única no dia 10 de janeiro.

Os funcionários aceitaram a proposta, encerraram a paralisação na noite de 23 de dezembro e trabalham normalmente a partir de 24 de dezembro.

A segunda parcela, prevista para 10 de janeiro, será paga com recursos da contratualização ofertada pelo Governo de Mato Grosso do Sul.

RIO VERDE DE MATO GROSSO

Homem é preso por assediar menina de 9 anos

Crime aconteceu virtualmente, com envio de fotos de nudez e o suspeito ainda tentou marcar encontro com a vítima

29/12/2025 11h43

Mãe da criança percebeu que filha estava sendo vítima de assédio e denunciou a polícia da cidade

Mãe da criança percebeu que filha estava sendo vítima de assédio e denunciou a polícia da cidade Divulgação

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Na manhã do último domingo (28), um homem de 32 anos foi preso após assediar por mensagens menina de 9 anos. Mãe da criança percebeu que filha estava sendo vítima do crime e denunciou a polícia da cidade.

Identificado pelas iniciais J.M.M.A, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com auxílio da Delegacia de Rio Verde de Mato Grosso, prendeu o homem na casa em que morava na cidade a 203 quilômetros de Campo Grande.

Ao descobrir as mensagens, a mãe foi até a delegacia e relatou que o assediador constantemente enviava a sua filha mensagens com cunho sexual, por meio de aplicativos de comunicação instalado no aparelho.

A polícia então realizou a apreensão do celular da menina para investigação e o submeteu a análise técnica, com autorização da mãe da vítima. Após isso, foi possível concluir a veracidade da denúncia, além de ser constatado o envio e recebimento de fotos com nudez, e tentativas de marcar “encontro” pessoalmente entre a vítima e o suspeito.

Com isso, a polícia conseguiu mandado de busca e apreensão na casa do homem para investigar outros possíveis aparelhos, mídias digitais e dispositivos que podem ter sido usados na prática criminosa.

Quando localizado, o suspeito foi preso e encaminhado a Delegacia da cidade. Também foi apreendido na residência outro celular utilizado por ele – encaminhado para análise pericial, para dar continuidade às investigações e identificar se há outras vítimas.

Ao ser concluída as investigações, o criminoso poderá responder por crime do artigo 217-A do código penal, por estupro de vulnerável e também aliciamento, assédio, instigamento ou constrangimento da criança, por qualquer meio de comunicação, com intuito de prática libidinosa, segundo o artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA,.

Por ter fotos de nudez envolvida no crime, o homem ainda está sujeito a responder por adquirir, possuir ou armazenar fotografia, vídeo ou registro que contenha cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente, de acordo com o artigo 241-B do ECA.

Sob sigilo, o caso segue sendo investigado pelos agentes. A Polícia Civil reforça que crimes do tipo são tratados como prioridade absoluta e a orientação é que as denúncias ocorram imediatamente às autoridades competentes.

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CAMPO GRANDE

Adriane publica decretos e fica livre de possível improbidade

Leis 7.561 e 7.562, de 22 de dezembro de 2025, prorrogam prazos para conclusão dos trâmites administrativos de pagamento e execução das emendas parlamentares impositivas

29/12/2025 11h11

Não é a primeira vez que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), vale-se de uma prorrogação de prazo ligada às emendas impositivas, que precisam ser cumpridas durante o exercício anual. 

Não é a primeira vez que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), vale-se de uma prorrogação de prazo ligada às emendas impositivas, que precisam ser cumpridas durante o exercício anual.  Marcelo Victor/Correio do Estado

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Através de dois decretos publicados na edição deste 29 de dezembro, do Diário Oficial de Campo Grande, o Executivo Municipal se livra de possível improbidade ao prorrogar o prazo para o pagamento das chamadas "emendas parlamentares impositivas", executadas anualmente por meio dos vereadores da Cidade Morena.

Conforme consta na publicação do Diogrande desta segunda-feira (29), os decretos em questão tratam-se das leis 7.561 e 7.562, que datam de 22 de dezembro de 2025, prorrogando prazos para conclusão dos trâmites administrativos, finalização dos processos de pagamento e execução das emendas parlamentares impositivas, ambas com aprovação da Câmara Municipal, o que livra a chefe do Executivo de uma possível improbidade administrativa.

Cabe destacar que, na última sessão de 2025 os vereadores trouxeram a aprovação para prorrogação do prazo para conclusão dos trâmites administrativos, finalização dos processos de pagamento e execução das emendas parlamentares impositivas, referentes as duas legislações relacionadas ao Orçamento de 2024 até 31 de dezembro de 2026, que culminou na lei 7.561. 

Além desse, o decreto de número 7.562, aprovado pela Câmara Municipal de Campo Grande, mexe no prazo de execução do anexo das emendas parlamentares impositivas, onde consta a lista das designações específicas de cada parlamentar da Casa de Leis, bem como os valores e áreas específicas a serem contempladas, como saúde; educação e assistência social, por exemplo, até 31 de março de 2026. 

Prazo das emendas

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), vale-se de uma prorrogação de prazo ligada às emendas impositivas, que tratam-se basicamente de alterações no orçamento para os anos seguintes e precisam ser cumpridas durante o exercício anual. 

Ou seja, com base no orçamento líquido do ano anterior, os vereadores podem planejar emendas e destinar verbas para pontos e entidades que atuam em áreas de interesse público, sendo 97 dessas, por exemplo, propostas em 2023 quando os vereadores aprovaram a prorrogação da liberação para julho de 2024, livrando a prefeita de improbidade administrativa. 

Colocado na ponta do lápis, tanto o número de emendas quanto o valor delas têm aumentado com o passar dos anos, com essas 97 de 2023 somando R$ 3,21 milhões, diante das 317 impositivas aprovadas para 2026, sendo R$830 mil por cada vereador na modalidade, o que equivale a aproximadamente R$24 milhões. 

 

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