Cidades

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MS aparece em 4° lugar em ranking nacional de doenças tropicais

Em âmbito nacional, as principais doenças detectadas foram dengue/chikungunya que totalizam 14.322.156 casos; desde o início de 2025, MS já registrou 1.133 casos prováveis de Dengue, sendo 253 casos confirmados

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Em estudo realizado pelo Ministério da Saúde e divulgado por meio do  “Boletim Epidemiológico do impacto das DTNs na morbimortalidade das crianças no Brasil”, Mato Grosso do Sul aparece em 4° lugar no ranking nacional de doenças tropicais negligenciadas (DTN) entre crianças de 0 a 11 anos. 

De acordo com informações da Fiocruz, as DTNs são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda, elas representam desafio persistente e significativo para a saúde global, cuja ocorrência pode implicar o comprometimento do crescimento e desenvolvimento de pessoas, desde a gestação e a primeira infância até a vida adulta. 

Como condições crônicas, podem levar a diferentes graus de adoecimento com potencial de danos de natureza física e psicossocial, com estigma e preconceito, redução da qualidade de vida e risco de morte. As DTN possuem carga de morbimortalidade considerável em crianças, mas subestimada. 

O levantamento foi realizado com base do registro em doze tipos de DNTs, sendo estas: acidente ofídico, dengue, chikungunya, doença de Chagas, esquistossomose, hanseníase, filariose linfática, leishmaniose tegumentar, leishmaniose visceral, oncocercose, raiva humana e tracoma. 

Em âmbito nacional, as principais doenças detectadas foram dengue/chikungunya que totalizam 14.322.156 casos em 13 anos. Desse número, 11,5% (1.644.521) em crianças de 0-11 anos, com média anual de 117.466 casos e taxa de detecção média de 312,57 casos por 100.000 habitantes, crescente ao longo do tempo. A maioria dos casos ocorreu em crianças de 7-11 anos de idade e negras, mas com taxas significativas em crianças indígenas.

No enquadramento das mesmas doenças por estado, Mato Grosso do Sul aparece em 4° no ranking, ficando atrás apenas de Acre, Goiás e Tocantins. Entretanto, quando exclui a doença de dengue e chikungunya, o Estado desce para o 14° lugar.

 Já em relação aos óbitos, foi concluído que quando incluído as doenças de dengue e chikungunya, as maiores taxas de mortalidade por DTN entre crianças de 0-11 anos foram registradas nas regiões Norte (0,615) óbito por 100.000 habitantes), Nordeste (0,580 óbito por 100.000 habitantes) e Centro-Oeste (0,550 óbito por 100.000 habitantes).

"Em municípios com nível do IBP muito alto, verificou-se o maior número (968) e percentual (51,2%) de óbitos (dados não apresentados), bem como a maior taxa de mortalidade (0,646 óbito por 100.000 habitantes) entre as DTN em análise para crianças", informa.

Dengue em MS

Desde o início de 2025, Mato Grosso do Sul já registrou 1.133 casos prováveis de Dengue, sendo 253 casos confirmados, os dados são referentes ao boletim da 4ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na última quinta-feira (30). Segundo o documento, não há óbitos registrados ou em investigação.

Nos últimos 14 dias, o município de Selvíria registrou alta incidência de casos confirmados, já em Inocência e Pedro Gomes foi registrado uma média incidência de casos confirmados para a doença.

Vacinação

Ainda conforme o boletim, 122.224 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida na bula na população. Ao todo, MS já recebeu do Ministério da Saúde 207.796 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.

A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade - faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.

Chikungunya

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 623 casos prováveis, sendo 23 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES ainda alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

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Cidades

Senado aprova audiência para discutir repactuação do contrato de concessão da BR-163

Certame em andamento prevê leilão para 22 de maio e assinatura do novo contrato em 5 de setembro; estimativa é de R$ 17 bilhões investidos em 30 anos

11/03/2025 16h30

Em MS, a BR-163 está desde 2014 sob os cuidados da CCR MSVia

Em MS, a BR-163 está desde 2014 sob os cuidados da CCR MSVia Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com base na ilegalidade apontada pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz e o descumprimento do contrato pela CCR MSVia, a Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal aprovou a realização de audiência pública para discutir a repactuação do contrato de concessão da BR-163.

O certame em andamento  prevê o leilão para 22 de maio e assinatura do novo contrato em 5 de setembro. A estimativa é de sejam investidos R$ 17 bilhões em 30 anos.

O assunto foi levado ao Congresso Nacional pelo senador Nelsinho Trad (PSD) por meio de requerimento apresentado em dezembro do ano passado, logo após decisão do plenário do TCU que discordou do voto do relator, que é contrário a solução consensual oferecida pelo Ministério dos Transportes. Cedraz foi voto vencido no colegiado. Os outros seis ministros se posicionaram a favor do acordo consensual. 

Cedraz, que foi relator do processo na Corte, acatou a proposta do Ministério Público do tribunal e da Auditoria de Rodovias do órgão, que apontaram ilegalidade na repactuação do contrato da CCR MSVia (BR-163/MS). Para eles, não apenas a repactuação como o processo competitivo para escolha de novo operador não seriam amparados por lei.

Em reunião do colegiado do TCU ele afirmou que “a proposta desrespeita pontos cruciais da legislação referentes aos contratos de concessão, como a obrigação de licitar, a vinculação ao instrumento convocatório e aos lances e as regras de revisão previstas em lei”.

Só que sua proposta foi preterida a favor do entendimento sugerido pelo ministro Benjamin Zymler, que apresentou voto em separado,  com condicionantes. Entre as regras impostas está a obrigatoriedade de realizar um procedimento competitivo, na modalidade leilão, com prazo superior a 70 dias (ficou em 100 dias), contado da publicação do novo edital, previsto para 22 de maio. A proposta é dar condições, além da atual concessionária MSVia, para outras empresas fazerem ofertas que melhor atendam ao interesse público.

Este processo está em andamento. Outra condicionante foi que se realizasse uma consulta ou audiência pública para dar publicidade sobre os termos de compromisso negociados pela comissão de solução consensual, permitindo a manifestação da sociedade, em especial, dos usuários da rodovia sobre o atendimento ao interesse público. O evento já foi realizado.  

Com esta decisão, o TCU levantou questionamentos entre os usuários da rodovia, por isso o senador sul-mato-grossense pediu a audiência pública, “com o objetivo de debater questões técnicas atinentes a repactuação da concessão da rodovia BR-163 no Mato Grosso do Sul, administrada pela MSVia, controlada pelo grupo CCR, com objetivo de conferir transparência a respeito das razões técnicas, bem como a necessidade de termos esclarecidos pontos como estudo de viabilidade técnica e financeira, estudo de impacto pelo descumprimento das exigências impostas pelo contrato no período anterior e o estabelecimento de prazos e metas para que tenhamos a BR-163 totalmente duplicada”, enfatizando que “a concessão da rodovia ocorrida em 2013, sofreu descumprimentos contratuais, incluindo atrasos na duplicação, que contribuíram para a incidência de acidentes fatais ao longo dos anos.” 

A repactuação prevê investimentos de R$ 9,3 bilhões em obras, como duplicação de pistas, construção de faixas adicionais, vias marginais, contornos, e acostamentos, além da instalação de equipamentos de segurança, que na opinião do senador “são cruciais para reduzir a taxa de acidentes mortais, uma vez que a falta de duplicação adequada da rodovia foi um fator significativo nos numerosos acidentes registrados.”

O parlamentar também cita a preocupação com o aumento da tarifa de pedágio, que vai ter aumentos graduais até atingir R$ 15,13 a cada  100 km, a partir do quarto ano de vigência do novo contrato. 
Serão convidados para a audiência pública representante do Ministério dos Transportes; do TCU; da Agência Nacional de Transportes Terrestres; da Policia Rodoviária Federal; e da concessionária.

Balança comercial

Celulose e carne bovina fazem a diferença e exportações de MS sobem 8,6%

Com o resultado positivo, balança comercial do estado registrou superávit de US$ 997 milhões em fevereiro

11/03/2025 16h00

Fábrica da Eldorado Brasil Celulose, em Três Lagoas

Fábrica da Eldorado Brasil Celulose, em Três Lagoas Reprodução

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Com o impacto direto da carne vermelha e celulose, Mato Grosso do Sul registrou um superávit de US$ 997 milhões na balança comercial de fevereiro.

O valor representa um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2024. Os números foram divulgados nessa segunda-feira (10), pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Conforme o documento, os "carros-chefes", celulose e carne bovina juntas representaram 56,8% de todo o valor exportado, sendo 41,4% da celulose e 15,4% pela carne vermelha.

O principal destaque foi a celulose, que apresentou um aumento de 97,9% na comparação anual, impulsionado pela alta demanda do mercado internacional, especialmente da China.

O país asiático segue como o principal destino das exportações sul-mato-grossenses.

Outros produtos

A soja e o milho, no entanto, apresentaram queda nas exportações. A soja registrou redução de 32,2% em valor e 19,8% em volume, enquanto o milho teve queda de 84,8% em valor.

Nas importações, o gás natural segue como o principal item, com 42,4% da pauta, seguido pelo cobre, com 8,7%.

Em comparação ao mesmo período de 2024, a importação de gás natural apresentou queda de 24,7%, o que impactou a queda geral de 18,8% nas importações estaduais.

Destinos

Entre os principais destinos, a China segue na liderança como principal destino dos produtos do estado, com 41,5% das exportações.

Na sequência, estão os Estados Unidos, com 6,1%, e a Itália, com 5,1%. Na América do Sul, as exportações para a Argentina, Chile e Uruguai foram destaques, com aumentos de 44,6%, 54,5% e 81,3%, respectivamente.

A indústria de transformação registrou aumento de 23,9% no valor das exportações e de 16,5% no volume exportado, consolidando-se como um setor-chave para a economia estadual.

Exportadores

No ranking dos municípios que mais exportaram produtos, aparecem Três Lagoas na liderança com 27,2% do total exportado; Ribas do Rio Pardo, com 16,2% e Campo Grande, com 7,1%.

Ribas do Rio Pardo apresentou um crescimento expressivo de 4,2% em relação a 2024, números que evidenciam um avanço significativo na produção local e na capacidade de exportação.

Celulose tem sido 'berço' do emprego de mulheres

Em franca expansão em Mato Grosso do Sul, o setor de celulose tem servido como "berço" de oportunidades de emprego para mulheres, que através da contratação em gigantes multinacionais conseguem um caminho para suas respectivas independências financeiras.

É o caso da Suzano, por exemplo, que somente em Mato Grosso do Sul emprega 1,4 mil mulheres em suas operações, sendo 849 contratadas em 2024 para: 

  • 402 para a Unidade Três Lagoas e
  • 447 para a Unidade Ribas do Rio Pardo.

Somadas, elas representam 32% das contratações da Suzano, o que segundo a gerente executiva de Gente e Gestão da Suzano, Angela Aparecida dos Santos, deve ser uma tendência, continuada de uma semente plantada há tempos na companhia. 

"A Suzano acredita que a criação de um ambiente de trabalho em que a mulher possa ser protagonista é essencial para o fortalecimento do ambiente de negócios e para a construção de um mercado de trabalho mais justo e igualitário", indica Angela. 

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