Cidades

TRÁFICO DE DROGAS

MS bate recorde em apreensões de drogas em 2024

Somente na capital, em Campo Grande, apreensões aumentaram em 92% em comparação ao ano anterior

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Consolidado como uma das principais rotas do tráfico de drogas no Brasil, dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (SEJUSP) mostram um recorde de apreensões de drogas no Estado.

De acordo com o levantamento, o Estado registrou um aumento de 33% nas apreensões no comparativo com o mesmo período do ano anterior, totalizando cerca de 407,5 toneladas de drogas retiradas de circulação.

A maconha liderou o ranking das substâncias apreendidas, com aproximadamente 387,7 toneladas, seguida pelo skunk (8,4 toneladas) e pela cocaína (7,5 toneladas). A maior parte das apreensões concentrou-se nas cidades fronteiriças, com destaque para Ponta Porã, onde quase uma tonelada de cocaína foi apreendida em apenas uma semana.
 

A última grande operação ocorreu na manhã da última segunda-feira (7), quando a Polícia Civil interceptou um veículo com 230 kg de droga em Ponta Porã (MS). Além disso, em outro episódio na cidade, depois de um trabalho investigativo que se estendeu durante semanas, integrantes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) apreenderam meia tonelada de cocaína na tarde desta sexta-feira (4) na cidade que faz fronteira com o Paraguai

Para Wilmar Fernandes, diretor do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) , o aumento nas apreensões ocorreu após um investimento em  capacitação e inteligência das equipes policiais. Neste ano, somente o DOF, apreendeu mais de  117 toneladas de drogas nas regiões de fronteira.

"Esse aumento no número de apreensões é resultado de um trabalho mais efetivo de todas as forças de segurança, de várias linhas de investigações e do trabalho de inteligência que vem fortalecendo todo o emprego investigativo e propiciando esses resultados que temos", afirmou o secretário. 

Campo Grande na rota do tráfico

Apesar da maior parte das apreensões terem ocorrido em regiões de fronteira, a capital, Campo Grande, também registrou um aumento significativo nas apreensões, com um crescimento de 92% em comparação ao ano anterior. Cerca de 40 toneladas de drogas foram retiradas de circulação na cidade, sendo a maconha a substância mais apreendida.

Do mesmo modo que no restante do Estado, a maior parte da droga apreendida também foi de maconha, com 35,5 toneladas, seguido de pasta base de cocaína, com 555,2 quilos.

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CIDADE MORENA

Fim dos alagamentos em avenida de Campo Grande é orçado em R$ 200 mi

Secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos diz que já há levantamento e projeto pronto para obra que ficará para a próxima gestão

10/10/2024 12h03

Desde o começo do ano, barragem de contenção esperada há 16 anos não possui verba para execução da obra

Desde o começo do ano, barragem de contenção esperada há 16 anos não possui verba para execução da obra Marcelo Victor/Correio do Estado

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Ainda que o foco após a chuvarada dessa última quarta-feira (10) sejam os reparos emergenciais necessários, há um problema antigo de Campo Grande que volta a preocupar a cada nova temporada de chuva: alagamentos que devem custar centenas de milhões de reais para a próxima administração. 

Em entrevista ao Correio do Estado, o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Ednei Marcelo Miglioli, detalhou que as situações de longo prazo ainda serão levantadas para solucionar o que ele chamou de "um problema do conhecimento de todos".

Justamente o encontro da Rachid e Neder com a Ernesto Geisel amanheceu com o acúmulo de sujeira trazido com o alagamento do trecho. 

"Mas ali a gente sabe qual que é o problema; já tem o levantamento; o projeto para resolver... só que ali a gente tá falando numa obra e algo em torno de duzentos milhões", afirma Miglioli.

No comando da Pasta de infraestrutura há menos de um ano, assumindo o cargo em novembro de 2023 com a saída Domingos Sahib, Marcelo explica que os trabalhos estão focados em buscar recursos para o próximo mandato. 

Entenda

Nesse encontro das avenidas, existe também uma rotatória, onde há passagem do chamado Córrego Cascudo, que deságua no Segredo, sendo que cada aumento no volume com a chegada de chuvas causa novos e repetidos alagamentos no local. 

Há menos de dois anos, uma forte chuva - que registrou mais de 92 milímetros em seis horas - foi responsável por transformar esse ponto de alagamento em um verdadeiro "rio", como bem acompanha o Correio do Estado, com água subindo pelas calçadas. 

Conforme os parâmetros do plano diretor que data de 2008, há 16 anos já era prevista a necessidade de 16 obras de contenção de águas de chuvas e, até maio deste ano, a obra desse ponto do Córrego Segredo não tinha previsões de quando sairia do papel

Junto da bacia no Córrego Reivelleau, que foi ativada no fim de 2023, essas duas iniciativas de contenção de enchentes dos córregos Prosa e Segredo tinham valores estimados em aproximadamente R$ 120 milhões pelas duas barragens. 

Mesmo hoje o Secretário, repete o discurso apontado em janeiro desse ano em entrevista ao Correio do Estado, de que apesar de possuir o mapeamento e projetos de áreas em risco, não há recursos suficientes no Executivo voltados para sanar essa série de problemas. 

 

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ÔNIBUS

Em manhã após temporal, transporte coletivo deixa passageiros "na mão"

Ônibus não passaram no horário, e fizeram com que passageiros se atrasassem para o trabalho

10/10/2024 11h15

Gerson Oliveira/Arquivo Correio do Estado

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Uma tempestade atingiu Campo Grande na noite da última quarta-feira (9), inundando ruas, ilhando pessoas, estragando telhados e deixando um rastro de destruição em 34 bairros da capital.

A cidade amanheceu com resquícios das chuvas da noite passada. As vias sujas, com pedaços de árvores, pedra e asfalto ilustram a força do temporal, que chegou acompanhado de vento, raios e até granizo.

Para algumas pessoas, chegar no trabalho foi mais difícil do que o esperado, não apenas pela situação das ruas, mas também pela falta de ônibus no transporte público coletivo de Campo Grande.

Passageiros que utilizam a linha 087, que cruza a cidade do Terminal General Osório ao Terminal Guaicurus, passando pelo Centro, tiveram que lidar com atraso após a falta de um dos veículos da frota, que costuma sair da Avenida Mascarenhas de Moraes às 6h40.

O ônibus seguinte da linha sai do terminal quase 20 minutos depois do citado, o que causou atraso de quem precisava chegar a compromissos nesta manhã.

Pelo menos outras duas linhas apresentaram inconsistência nesta manhã: 108, Los Angeles, e 114, Paulo Coelho Machado/Centro via Terminal Guaicurus.

Marly Vilhena, funcionária de uma academia localizada no bairro São Francisco, sai de casa cedo para trabalhar, tendo a linha 108 como uma das opções para o trajeto. Nesta manhã, porém, o ônibus não passou no horário que costuma passar, e ela precisou esperar mais 15 minutos pelo próximo.

Depois, na segunda parte do trajeto, no terminal, o ônibus da linha 114 também não passou, e ela precisou pegar a linha 116, do bairro Los Angeles para o Centro. Ela revelou que costuma chegar às 5h55 no trabalho, mas devido ao problema enfrentado com o transporte coletivo, chegou com 20 minutos de atraso.

Ao Correio do Estado, o Consórcio Guaicurus classificou os "atrasos" como "incidentes", decorrentes de problemas operais que, segundo a concessionária, já foram solucionados. Veja a nota na íntegra:

"Em relação aos atrasos registrados hoje pela manhã nas linhas 087, 108 e 114, informamos que esses incidentes foram decorrentes de problemas operacionais, os quais já foram solucionados. Todos os veículos estão circulando normalmente.

Agradecemos a compreensão de todos e reafirmamos nosso compromisso com a melhoria contínua dos nossos serviços".

Estragos

As chuvas causaram estragos em diversas regiões de Campo Grande, deixando bairros sem energia e vias inundadas.

Segundo a Prefeitura Municipal de Campo Grande, foram feitos pelo menos 20 atendimentos emergenciais desde as primeiras horas desta quinta-feira (10), a maioria deles relacionados a queda de árvores sobre vias.

Também foram atendidas ocorrências como limpeza de sujeira nas ruas para evitar acidentes, reparos em semáforos e na iluminação pública e limpeza de bocas de lobo para melhorar a vazão da água da chuva, como aconteceu na Avenida Mato Grosso com a Rua Espírito Santo. A enxurrada veio rápida, trazendo muita sujeira, prejudicando o sistema de captação de águas pluviais.

Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), equipes de diversos órgãos estão empenhadas desde ontem para o atendimento às emergências, dentre eles a Defesa Civil Municipal, a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM).

"A Sisep mobilizou mais de 100 trabalhadores, 25 caminhões trucados, 10 pás carregadeiras, 3 caminhões com carroceria, 1 caminhão munck, 55 trabalhadores, além das pessoas no apoio operacional", disse a Prefeitura, em nota.

Recomendações

A Defesa Civil Municipal recomenda à população que, em caso de tempestade, as pessoas permaneçam em local seguro, evitando transitar em locais com alagamento, não fique perto de muros, árvores e redes de alta tensão. Em caso de emergência, as pessoas podem acionar a Defesa Civil 199 e ou o Corpo de Bombeiros pelo 193.

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