Cidades

Levantamento

Registros de racismo disparam 342% em Mato Grosso do Sul, mostra pesquisa

Segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2023 o País registrou 11.610 casos, contra 5.100 em 2022

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O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18), apontou que, entre 2022 e 2023, houve um aumento de 342,6% nos casos de racismo em Mato Grosso do Sul. Com isso, o Estado teve o terceiro maior aumento do País.

Enquanto em 2022 foram 47 registros, no ano seguinte ocorreu o crescimento, passando para 208 casos. A taxa desses crimes por 100 mil habitantes também aumentou, saltou de 1,7 (2022) para 7,5 (2023).

O aumento só não foi maior do que no Paraná (630%) e Rio Grande do Norte (345,7%).

No dia 12 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei 14.532, em que o crime de injúria racial entrou para a modalidade do racismo.

Antes da mudança na lei a pena para quem cometesse o crime de injúria racial não passava de seis meses. 

Saiba o que mudou com a sação da lei Lei 14.532:

  • Prevê reclusão de 2 anos;
  • Proibição de frequentar, por 3 anos, locais de práticas esportivas, artísticas ou culturais.

INJÚRIA RACIAL

No caso da injúria racial, Mato Grosso do Sul deixou de ocupar o terceiro e está em quinto lugar na taxa de registros do crime por 100 mil habitantes no País. 

Em 2023, o Estado registrou 485 casos o que representa uma taxa de 17,6 por 100 mil habitantes, enquanto que em 2022 foram 482, com taxa de 17,5, uma diferença mínina.  

Rondônia foi o estado brasileiro com a maior taxa de registros do crime, com 61,3, seguida por Santa Catarina (30,0), Distrito Federal (25,9) e Amapá (18,9).

No levantamento anterior, que englobava dados referentes aos anos de 2021 e 2022, o Estado ocupava o terceiro lugar entre as unidades da federação.

Taxa de injúria racial nos Estado a frente de MS

  • Rondônia 61,3
  • Santa Catarina 30,0
  • Distrito Federal 25,9
  • Amapá - 18,9

Veja a tabela completa

Registros de Injúria Racial e Racismo Brasil e Unidades da Federação - 2022-2023

Como denunciar?

Basta usar o número do Disque Direitos Humanos - Disque 100 -, canal aberto pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania que atende demandas de pessoas que sofrem qualquer tipo de violação como também aquelas que estão em situação de vulnerabilidade racial.

Casos atendidos

  • Racismo
  • Violência ou discriminação contra mulheres
  • Homofobia
  • Xenofobia
  • Intolerância religiosa
  • Pornografia infantil
  • Apologia e incitação a crimes contra a vida 
  • Tráfico de pessoas
  • Neonazismo

Basta usar o número do Disque Direitos Humanos - Disque 100 -, canal aberto pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania que atende demandas de pessoas que sofrem qualquer tipo de violação como também aquelas que estão em situação de vulnerabilidade racial.

Outra forma é por meio do site do Governo Federal clicando aqui. Na página irá aparecer "outros canais de denúncia" que podem ser feitas via whatsapp, telegram e com acessibilidade (videochamada em Libras).

Divulgação Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania

Casos atendidos

  • Racismo
  • Violência ou discriminação contra mulheres
  • Homofobia
  • Xenofobia
  • Intolerância religiosa
  • Pornografia infantil
  • Apologia e incitação a crimes contra a vida 
  • Tráfico de pessoas
  • Neonazismo

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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