De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (3) pela Secretaria de Estado de Saúde, já foram registrados, em 2025, 13.163 casos prováveis de Chikungunya em Mato Grosso do Sul. Este número já é 300% maior do que o registrado em todo o período do ano passado, que foi de 2.766 prováveis casos no estado.
Até agora, já foram confirmados 5.428 casos da doença, entre 60 gestantes e 12 mortes confirmados em decorrência da doença nos municípios de Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados e Maracaju. Entre as vítimas, 8 delas possuíam algum tipo de comorbidade.
O município com maior incidência de casos até agora no estado é Maracajú, com 1.681 casos. A incidência da doença em Mato Grosso do Sul está em alerta vermelho, com 477,5 casos a cada 100 mil habitantes.
O município com maior incidência no estado é Glória de Dourados. Embora, na cidade, tenham sido registrados menos casos que em Maracaju (557 casos), o município conta com uma população de 10.444 habitantes, segundo o IBGE de 2022. Isso faz com que a incidência de casos na cidade seja de 5.333,2 casos a cada 100 mil habitantes, ou 1 caso a cada 18 pessoas.
Em Campo Grande, foram confirmados, até agora, 105 casos da doença, com uma incidência baixa de 11,7 casos a cada 100 mil habitantes.
A Doença
A Chikungunya é uma doença transmitida pelo mesmo mosquito que transmite a dengue, o Aedes Aegypt. Ele tem como característica marcante pequenos pontinhos brancos em todo o seu corpo.
Os principais sintomas da doença são:
- Febre
- Dores intensas nas articulações
- Dor nas costas
- Manchas vermelhas pelo corpo
- Coceira na pele (generalizada ou apenas nas mãos e pés)
- Dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos
- Náuseas e vômitos
- Calafrios
- Diarreia e/ou dor abdominal (principalmente em crianças)
O vírus chikungunya também pode causar doenças que causam agravamentos neurológicos, como Encefalite, Mielite, Meningoencefalite, síndrome de Guillain-Barré, entre outras.
O tratamento da doença visa erradicar os sintomas, já que não há vacina para ela, diferente da dengue. A maioria das pessoas se sente melhor em até uma semana após ser infectado.
O Ministério da Saúde recomenda que, ao primeiro sintoma, como febre alta e dor nas articulações, a pessoa se dirija a uma unidade de saúde para coletar os exames e começar o tratamento o quanto antes.
Dengue
Até hoje, foram confirmados em Mato Grosso do Sul, 6.796 casos de dengue e 16 óbitos. Esta foi a semana com menor número de casos registrados desde a primeira semana do ano, com apenas 9 casos em todo o estado.
A maior parte dos casos foi registrado nos jovens de 20 a 29 anos, seguido pelos adultos até 39 anos. O município com maior número da doença registrado até o mês de junho foi o município de Ivinhema, com 510 casos.
Com relação à vacinação, já foram aplicadas 167.101 doses do imunizante na população alvo. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 241.030 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.
A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.
Cuidados
A prevenção da dengue é focada na eliminação do mosquito e proteção contra picadas. Algumas medidas são:
- Eliminar recipientes que acumulam água, como pneus, garrafas e vasos de plantas.
- Manter caixas d'água e reservatórios devidamente tampados.
- Limpar calhas e lajes para evitar acúmulo de água.
- Utilizar repelentes e roupas de mangas compridas, especialmente durante o dia, quando o mosquito é mais ativo.
- Instalar telas em janelas e portas para impedir a entrada de mosquitos.
Os ônibus voltaram a pegar passageiros na noite de ontem, após três dias inteiros sem nenhum carro em circulação na Capital - Gerson Oliveira/Correio do Estado
Feito por Denis Felipe com IA


