Cidades

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MS supera média nacional de abstenção no 1º dia do Enem

Dos 51.199 inscritos para a prova, 28,8% não compareceram

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No primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em Mato Grosso do Sul, 14.976 candidatos não compareceram para a realizar a prova, número que corresponde a 28,8% dos 51.199 do total de inscritos. 

O índice é maior do que a média nacional de abstenção, que foi de 26,5% no 1º dia de exame.

Apesar de alto, o índice de abstenções no Estado foi menor do que o registrado na edição passada. Em 2023, dos 47.472 inscritos, 29,5% não compareceram no primeiro dia de aplicação da prova. À época, a porcentagem de ausentes também foi superior à média nacional.

Confira o levantamento divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep):

A aplicação do Enem continuará no próximo domingo, 10 de novembro, com a prova de ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias. A aplicação terá 5 horas de duração.

O gabarito oficial e os Cadernos de Questões serão divulgados no portal do Inep no dia 20 de novembro.

Aumento no número de inscritos

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, 51.199 estudantes sul-mato-grossenses se inscreveram para a edição de 2024 do Enem, quantidade 7,8% superior do que a registrada na edição passada, que teve 47.470 estudantes inscritos.

Enem

Criado em 1998, o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica, ou seja, no fim do ensino médio. O exame se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

As instituições privadas de ensino superior também usam as notas do Enem para selecionar estudantes. Os resultados ainda servem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que têm convênio com o Inep. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

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Saúde

Paralisadas desde fevereiro, volta de cirurgias na Santa Casa deve demorar

Hospital filantrópico aguarda recurso prometido pelo governo do Estado para retomar a normalidade de atendimentos

09/04/2025 09h30

Unidade de pronto-socorro da Santa Casa da Capital segue cheia

Unidade de pronto-socorro da Santa Casa da Capital segue cheia Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A realização de cirurgias eletivas na Santa Casa de Campo Grande ainda deve demorar para ser retomada, segundo o hospital. Isso porque a verba repassada na semana passada pelo governo do Estado só deve chegar à conta do centro médico no dia 20, e para a retomada dos procedimentos são necessários medicamentos que dependem desse recurso para serem adquiridos.

Conforme o hospital, por conta da escassez de abastecimento de equipamentos, a Santa Casa priorizou o atendimento no pronto-socorro e chegou a mencionar para reportagem do Correio do Estado que poderia fechar o setor e não receber novos pacientes, tendo em vista a superlotação que se deu início no fim de março.

“Sobre o retorno do atendimento normal na Santa Casa, esclarecemos que o recurso financeiro prometido pelo governo do Estado será disponibilizado no dia 20/4. Até que esse recurso seja efetivamente recebido, não será possível retomar integralmente os atendimentos, uma vez que dependemos da aquisição de insumos e do pagamento das folhas salariais dos médicos”, informou a Santa Casa, em nota.

Em relação aos atendimentos no pronto-socorro, o hospital reiterou que ainda faltam insumos e, por esse motivo, o atendimento também segue restrito.

“No momento, os atendimentos continuam restritos a casos de urgência e emergência, garantindo a segurança dos pacientes. A retomada dos atendimentos em outras áreas, como cirurgias programadas e procedimentos não emergenciais, ocorrerá assim que os insumos necessários forem adquiridos”, completou o hospital filantrópico.

Por conta da sobrecarga nos atendimentos prestados no pronto-socorro, a Santa Casa enviou um ofício no mês passado para a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), pedindo que a responsável pelo envio de pacientes até o hospital suspendesse o encaminhamento de novos atendimentos que não fossem de emergência, alegando incapacidade de tratar novos pacientes, em razão da superlotação e do desabastecimento de insumos, principalmente no setor ortopédico.

Naquela semana, o setor que deveria atender 13 pacientes tinha mais de 80 internados. No começo desta semana, porém, o número já havia caído para 63 internações.

REPASSE

Os recursos que serão destinados para a Santa Casa são oriundos de emendas parlamentares da bancada federal de Mato Grosso do Sul, no valor de R$ 25 milhões.

Esse valor, antes de chegar na conta bancária do hospital, vai passar pelo Fundo Estadual de Saúde, sendo transferido para a Santa Casa em parcelas mensais, conforme informou o secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões, durante reunião com o hospital, na semana passada.

“É um compromisso de transferências de recursos, em torno de R$ 25 milhões, em três parcelas de R$ 8,3 milhões, a fim de dar a oportunidade de suprir, principalmente, os estoques de material e medicamento, que nesse momento estão impedindo que a Santa Casa execute a assistência hospitalar, que é a sua função”, explicou o secretário.

A Santa Casa também se pronunciou sobre a reunião que formalizou esse repasse e discutiu a situação do hospital, na qual o governador Eduardo Riedel cobrou uma mudança estrutural e no modelo de gestão da unidade de saúde.

“Sobre o novo modelo de gestão anunciado pelo governador, destacamos que ele trará benefícios significativos para a Santa Casa. Com essa medida, apenas pacientes de alta complexidade, cuja assistência é característica da Santa Casa, serão encaminhados para a instituição. Essa mudança permitirá um atendimento de maior qualidade, reduzindo a sobrecarga da Santa Casa”, declarou.

Na fala, o governador afirmou que “é necessário que haja uma mudança no modelo de gestão, uma mudança estrutural”, explicou Riedel, sem dar mais detalhes sobre como seria essa mudança.

LEITOS

Para suportar a alta demanda por atendimentos nos hospitais de Campo Grande, a prefeitura da Capital pretende ampliar o número de leitos, que atualmente se encontram todos ocupados. 

Conforme informou a Sesau, para resolver esse problema, 50 leitos devem ser disponibilizados para unidades filantrópicas.

“Nós temos deficit de leitos, nós estamos em uma emergência de vírus respiratórios e continuamos com o problema. Hoje, nós temos aproximadamente 1,3 mil leitos, e eles estão todos ocupados, por conta de cirurgias eletivas e do alto registro de acidentes”, declarou a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite Melo, em reportagem do Correio do Estado.

A falta de leitos vem resultando em uma fila de espera cada vez maior na Capital. Quem enfrenta a mesma situação são os hospitais particulares, conforme informou o Hospital Cassems de Campo Grande. A instituição está trabalhando acima da sua capacidade operacional, com 100% dos leitos ocupados.
“A alta demanda é reflexo do atual surto de doenças respiratórias que atinge nossa cidade. Diante desse cenário, estamos empenhados em ampliar nossas equipes para melhor atender a todos os pacientes”, afirmou a Cassems, em nota.

Saiba

O encaminhamento das emendas parlamentares foi revelado pelo titular da SES durante audiência pública em Campo Grande, que ocorreu no dia 19 de março, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

*Colaborou Daiany Albuquerque

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Investimento bilionário

Campanha contra leilão não deve prosperar, diz deputado

Parlamentares de MS querem ingressar no MPF com um pedido para paralisar a concorrência da BR-163, seis anos após o processo de relicitação ter começado

09/04/2025 09h00

Projeto que está na Bolsa de Valores prevê que 203 km da rodovia receberão pista dupla a partir da vitória no leilão marcado para maio

Projeto que está na Bolsa de Valores prevê que 203 km da rodovia receberão pista dupla a partir da vitória no leilão marcado para maio Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A única voz contrária à ideia de paralisar o leilão da BR-163, que está marcado para ocorrer no dia 22 de maio, foi a do deputado federal Geraldo Rezende (PSDB), durante a audiência pública realizada nesta segunda-feira, na Câmara Municipal de Campo Grande, pelos deputados estaduais.

Para Rezende, a ideia de parar o processo licitatório – o qual demorou seis anos para ter um fim – não deve prosperar no Ministério Público Federal (MPF), uma vez que os parlamentares prometem entregar um documento em que lista as supostas irregularidades cometidas pela CCR MSVia na gestão da BR-163, que começou em 2014.

No pedido encabeçado pelos deputados estaduais e apoiado pela Câmara Municipal e por alguns deputados federais, os parlamentares pedem – além da paralisação do certame – que o pedágio não seja mais cobrado nas praças e que haja uma investigação sobre os números da concessionária.

A CCR MSVia é uma empresa de capital aberto e que tem as contas analisadas também pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), além de órgãos federais de fiscalização.

“Eu acredito que esse pedido dos deputados não deve prosperar. Não deve ter nenhum procurador do MPF que dê guarida a um pedido tão extemporâneo quanto esse. Isso é um desserviço e impacta vidas em Mato Grosso do Sul”, opinou Rezende.

A avaliação de extemporaneidade do parlamentar se dá porque a CCR MSVia está desde 2017 sem fazer novos investimentos na BR-163 – quando pediu o reequilíbrio do contrato – e por ela ter entregue a concessão para o governo federal em 2019, como mostrou o Correio do Estado em reportagem publicada na edição de ontem.

Além disso, desde que o contrato original deixou de ter valor, a empresa segue como responsável pela rodovia por meio de aditivos feitos pela ANTT. Durante todo esse tempo, nenhum pedido de investigação sobre a não realização das obras previstas no contrato inicial teve tanto afinco dos deputados estaduais como o de agora.

Inclusive, durante todo esse tempo citado de entrega da concessão, alguns dos parlamentares que hoje apoiam a paralisação do leilão já estavam no Legislativo, como é o caso do deputado estadual Junior Mochi (MDB) e do atual presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP).

“Essa manifestação pode atrasar ainda mais o processo de obras na rodovia, que já ficou parado por seis anos. Por mais que a BR-163 não seja toda duplicada, vai ter algumas partes que serão – mais do que temos agora. Então, retardar o leilão, suspender, vai ocasionar mais seis anos de espera, e aí sim vai continuar perdendo vidas na rodovia”, alegou Rezende.

Sobre a perda de vidas citada pelo parlamentar, isso é referente à reclamação do vereador Professor Riverton (PP), feita durante a audiência pública, sobre a quantidade de mortes registradas no Anel Viário de Campo Grande. Segundo ele, foram sete ao longo do ano passado.

O pedido do parlamentar é de que o anel viário fosse refeito fora do perímetro urbano da Capital, projeto já descartado pela CCR MSVia. 

No entanto, segundo a proposta, todo o trecho da rodovia que passa por Campo Grande deverá ter pista duplicada, o que também deve melhorar o fluxo de veículos e pode resultar na queda de acidentes.

“Esse modelo de leilão da BR-163 é o mesmo que foi aplicado no Espírito Santo e no Rio de Janeiro e deve ser o mesmo que vai ser usado para a reativação da Malha Oeste”, ressaltou Rezende.

O leilão atual foi costurada pelo governo federal com a CCR MSVia e o governo do Estado, uma forma de solução amigável para que os investimentos retornassem na rodovia. O certame, porém, poderá receber propostas de outras empresas que não sejam ligadas à CCR. Vence aquela que apresentar números mais vantajosos para a rodovia do que o projeto já acordado contra a atual concessionária.

Entretanto, no caso de não haver nenhum outro grupo interessado, a CCR MSVia permanece com a rodovia e com a obrigação de investir quase R$ 17 bilhões ao longo de 30 anos na BR-163.

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