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PANDEMIA

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MS precisa de 107 mil doses para concluir vacinação do primeiro grupo

Dependendo da quantidade de doses da nova remessa, a intenção é iniciar aplicação em idosos acima dos 60 anos

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Dos grupos que estão na fila para a imunização da Covid-19 em Mato Grosso do Sul, ainda faltam 107.635 pessoas para serem vacinadas no primeiro grupo prioritário. Nesta primeira fase, estão previstas a imunização de pessoas acima de 75 anos, população indígena em aldeias, profissionais de saúde e idosos institucionalizados. 

Mesmo com esse longo caminho, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, disse que a vacinação pode ser ampliada para outros grupos, como de idosos acima de 60 anos, com as doses que estão previstas para serem entregues nesta semana.  

De acordo com o Vacinômetro da Covid-19, a população estimada a ser imunizada nessa primeira fase é de 125.720 pessoas. A meta é vacinar 90% do grupo e o porcentual de vacinados aponta que 40,79% já foram imunizados. 

Em relação à população geral de Mato Grosso do Sul, o porcentual é de 1,64%.

Entretanto, dados apresentados pelo governo do Estado no início da vacinação dão conta de que o primeiro grupo prioritário era formado por 219.215 pessoas. 

Mas, como a quantidade de imunizantes que chegaram até agora, foi aberta vacinação apenas para idosos acima de 80 anos, o que corresponde a 175.511 pessoas. 

Dos lotes que já chegaram, porém, só há vacina suficiente para imunizar 111.580 pessoas (isso porque no primeiro lote, em que foram encaminhados 158 mil doses, metade foi reservado para a segunda aplicação).

Do total de pessoas do primeiro grupo prioritário, 77 mil são profissionais de saúde – veio vacina para apenas 47 mil pessoas.

No quarto lote, que tem previsão de chegar esta semana, são cerca de 3,2 milhões de doses da Coronavac que devem ser distribuídas em todo o País. 

O secretário estadual de Saúde disse que ainda não sabe quantas doses do novo lote da Coronavac serão encaminhadas para Mato Grosso do Sul, mas que a intenção é finalizar o grupo de pessoas acima dos 80 anos.

Resende coloca que a intenção também é de iniciar a imunização em idosos acima de 60 anos, mas isso só vai acontecer se for finalizada a vacinação dos profissionais de saúde e idosos acima de 80 anos e da quantidade de imunizantes encaminhados desta vez.

“Na sexta-feira começam a fazer a distribuição. Se as vacinas chegarem conforme o horário [não foi especificado], vamos estabelecer o mesmo fluxo das vacinas anteriores. Precisamos avançar e concluir o grupo de idosos a partir de 80 anos e conforme a quantidade de doses que recebermos, que não sabemos ainda, vamos avançar para os profissionais da saúde. Se der já iniciaremos a vacinação dos idosos com mais de 60 anos”, informa.

“No terceiro lote, recebemos 10.200 doses da Coronavac, que foram aplicadas como primeira dose. Agora, precisamos concluir a vacinação dessas 10.200 pessoas, com a segunda dose, que virá nesse próximo lote, para assim dar continuidade e avançar na vacinação”, completou o secretário.  

Durante coletiva de ontem, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), disse que a demora na vacinação não é falta de recursos, mas, sim, de escassez do imunizante. 

“Às vezes, me perguntam sobre a compra de vacinas, nem que queira tem disponível hoje, não é falta de recurso, recurso tem, o problema é ter a vacina disponível”.

META

O governo do Estado estipulou uma meta de vacinação de 90% do primeiro grupo prioritário para a imunização contra o Coronavírus. 

No interior do Estado, seis cidades já alcançaram 80% da meta de imunização, sendo possível o início da vacinação do próximo grupo nesses municípios, que são os idosos de mais de 60 anos. 

Sobre a distribuição das vacinas, o secretário comentou sobre a agilidade do governo na distribuição das doses para todo o interior do Estado. 

“Fizemos essa distribuição [de doses anteriores] em menos de 24 horas e isso colocou o nosso Estado em primeiro lugar na distribuição de doses no País. Então, assim que o Ministério da Saúde fizer a distribuição na sexta-feira, haveremos de acionar a nossa logística para enviar as novas remessas das vacinas aos municípios até sábado”.

CAMPO GRANDE

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Campo Grande ainda não trabalha com a possibilidade de ampliar a vacinação para grupos de idosos abaixo dos 80 anos. 

Até agora, segundo dados do Vacinômetro, criado pelo governo do Estado, apenas 8.796 pessoas receberam doses contra a doença na Capital, o que representa apenas 29,14% da quantidade esperada de vacina.

A Sesau afirmou que essa faixa etária será contemplada “mais para frente”, mas que ainda não está estabelecido um calendário para vacinação dessas pessoas, apenas de idosos acima de 80 anos.

BOLETIM

O boletim epidemiológico da Covid-19 de ontem, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta 849 novos casos da doença registrados em Mato Grosso do Sul e outros 16 óbitos. 

Com essas mortes, o Estado se aproxima das 3 mil pessoas que perderam a vida por complicações da doença.  

Campo Grande continua liderando o ranking de infectados. Ontem, mais 141 pessoas testaram positivo para a doença. A segunda cidade mais impactada pela Covid-19 é Dourados, seguida por Ponta Porã.

Ontem, em todo o Estado, 488 pessoas estavam hospitalizadas. Sendo 258 internados em leitos clínicos e outros 230 em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). 

A taxa de ocupação de leitos públicos de UTI Covid-19 adulto é de 69%. Nos leitos privados do setor, a taxa de ocupação é de 63%.

Em Campo Grande

Shoppings, escola e Corpo de Bombeiros são pontos de vacinação nesse fim de semana

Doses disponíveis são voltadas para imunização contra a gripe; confira os grupos que podem se vacinar

20/04/2024 08h21

Idosos, gestantes e crianças a partir de seis meses estão entre o público-alvo. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Em Campo Grande, dois shoppings, três unidades de saúde, uma escola municipal e o Quartel Central do Corpo de Bombeiros são os pontos itinerantes disponíveis para a vacinação contra a gripe nesse sábado (20). Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), até o momento, aproximadamente 43 mil pessoas foram imunizadas, o que representa quase 15% do público-alvo.

O município deu início à vacinação contra a doença no dia 21 de março, antecipando o calendário nacional. A expectativa é vacinar ao menos 90% do público prioritário, estimado em cerca de 300 mil pessoas em Campo Grande. Inicialmente, a campanha deve ocorrer até o dia 31 de maio, conforme o cronograma do Ministério da Saúde.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, reforça a importância das pessoas buscarem as unidades para se vacinar. “É fundamental que as pessoas que pertencem aos públicos prioritários busquem as unidades para se vacinar. A vacina é a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos”, destacou.

A profissional da saúde explica ainda que a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, sendo este um vírus de elevada transmissibilidade com distribuição global. "A tendência é de disseminação fácil, resultando em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias”, complementa Rosana.

Neste ano, a vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação: a. A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; b. A/Thailand/8/2022 (H3N2); c. B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria), conforme a Instrução Normativa (IN) no 261, de 25 de outubro de 2023, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Onde se vacinar?

20 de abril (sábado)

  • Shopping Norte Sul – 10h às 18h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30
     
  • USF Moreninha – 7h30 às17h
  • USF Caiçara – 7h30 às 17h
  • USF Serradinho – 8h às 12h
     
  • E. M Fauzi Gattas Filho – 8h às 12h

21 de abril (domingo)

  • Shopping Norte Sul – 11h às 19h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30

Grupos prioritários

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Pessoas de 60 e mais
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Indígenas vivendo fora de terra indígena
  • Indígenas vivendo em terra indígena
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos)
  • Adolescentes em medidas socioeducativas (menores de 18 anos)
  • População privada de liberdade (18 anos e mais)
  • Funcionário do sistema de privação de liberdade
  • Comorbidades
  • Professores
  • Pessoas em situação de rua
  • Forças de segurança e salvamento
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portuários

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

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