Cidades

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MS tem uma unidade de saúde para cada 743 pessoas, aponta IBGE

A densidade de pessoas por estabelecimento de saúde é um dado importante para se ter uma referência da capacidade de atendimento de cada município

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Mato Grosso do Sul possui uma unidade de saúde para cada 743 pessoas, segundo dados do Censo Demográfico 2022, divulgados na última sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Campo Grande tem a 33ª maior densidade entre os municípios, com uma unidade de saúde para cada 811,2 pessoas.

O ranking é liderado por Tacuru (2.161,6 pessoas para cada estabelecimento de saúde); Ladário (1.655,5 pessoas para cada estabelecimento de saúde); seguidos por Coronel Sapucaia (1.428,9 pessoas para cada estabelecimento de saúde); e por Ribas do Rio Pardo (1.361,7 pessoas para cada estabelecimento de saúde).

As menores densidades foram encontradas em Anaurilândia (347,8 pessoas para cada estabelecimento de saúde); Cassilândia (419,7 pessoas para cada estabelecimento de saúde); e em Chapadão do Sul (476,8 pessoas para cada estabelecimento de saúde).

Segundo o instituto, a densidade de pessoas por estabelecimento de saúde é um dado importante para se ter uma referência da capacidade de atendimento de cada município, o que pode refletir na qualidade de vida dos moradores do local. Quanto menor a densidade, maior a disponibilidade de estabelecimentos por pessoa. Quanto maior, mais pessoas precisam ser atendidas em cada local, o que pode acarretar demora no atendimento ou dificuldades de acesso.

"A informação não é a única a ser considerada para planejamentos e políticas públicas, pois podem existir grandes estabelecimentos com capacidade para atender muitas pessoas simultaneamente. No entanto, serve de base inicial bastante importante", diz documento.

Estabelecimentos

A pesquisa também mostra os tipos de estabelecimentos do estado: a maioria deles se enquadrava em outras finalidades, com 165,1 mil (ou 10,9% do total). Nesse grupo estão as lojas comerciais, por exemplo. Já os estabelecimentos de ensino eram 2.648 unidades, os de saúde eram 3.709 unidades e os religiosos eram 8.156 unidades. Além disso, as edificações em construção eram 42.915 unidades e os estabelecimentos agropecuários eram 76.139 unidades. Confira o infográfico:

Fonte: IBGE

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, Mato Grosso do Sul tem mais estabelecimentos religiosos do que a quantidade de estabelecimentos de saúde e ensino somados, com 2.648 unidades de ensino e 3.709 unidades de saúde, contra 8.156 estabelecimentos religiosos.

Somando a quantidade de instituições de ensino com saúde totalizam 6.357, ou seja, para alcançar a quantidade de igrejas precisariam de mais 1.799 unidades.

Saiba: Em Mato Grosso do Sul, foram registradas 1,5 milhão de coordenadas geográficas para as espécies de endereços
identificadas na operação censitária. Do total de endereços coletados no Censo 2022, 80% (ou 1,2 milhão de
endereços) eram domicílios particulares e 3.109 (ou 0,2%) eram domicílios coletivos. 

PESQUISA

É a primeira vez que o Instituto capta dados de coordenadas geográficas para todos os endereços contabilizados no país. No Censo Agropecuário de 2017, o IBGE já havia realizado essa captação na área rural, referentes aos estabelecimentos agropecuários. Durante a operação censitária de 2022, essas coordenadas serviram para monitorar o trabalho dos recenseadores e para acompanhar a evolução da coleta e servirão nos próximos anos de base para as pesquisas amostrais e poderão auxiliar autoridades e entidades em casos de emergências que demandem a localização de pessoas ou feridos.

No Censo 2022, foram registrados 111,1 milhões de coordenadas geográficas para as espécies de endereços identificadas na operação censitária. Desse total, 109,9 milhões foram validadas após a coleta, o que representa 98,9% daquelas vindas originalmente do cadastro do Censo.

Aberto ao público

Em MS, audiência pública debate concessão de hidrovia do Rio Paraguai

A sessão será realizada de forma híbrida e mira contribuições da sociedade local acerca das propostas para o escoamento de minérios na região

09/04/2025 08h15

Rio Paraguai

Rio Paraguai Foto: Rodolfo Cesar / Corumbá

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A segunda audiência pública para discutir o ajuste de documentos e da modelagem proposta para a concessão da hidrovia do Rio Paraguai acontece nesta quinta-feira (10), no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá Miguel Gómez, em Corumbá, interior do estado. A primeira audiência foi realizada no dia 6 de fevereiro último, na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), em Brasília.

A sessão será realizada de forma híbrida (presencial e à distância), e tem como objetivo ouvir as contribuições da sociedade local acerca das propostas para o escoamento de minérios na região.

A proposta pretende entregar  serviços de derrocagem, balizamento e sinalização adequados, construção de galpão industrial, aquisição de draga, monitoramento hidrológico e levantamentos hidrográficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantação dos sistemas de gestão do tráfego hidroviário, além dos serviços de inteligência fluvial.

O trecho a ser explorado possui 600 km e fica entre o leito do Canal do Tamengo, em Corumbá, e a Foz do Rio Apa, em Porto Murtinho. A concessão terá duração de 15 anos, e pode ser prorrogada por igual período.

A projeção do governo federal é de que a hidrovia transporte entre 25 e 30 milhões de toneladas anuais até 2030 no trecho sul-mato-grossense. O investimento direto estimado nesses primeiros anos é de R$ 63,8 milhões, e a concessão deve ser concluída entre outubro e dezembro deste ano.

Debate 

No último dia 27 de março, o secretário-executivo do ministério do Meio Ambiente, ou ministro substituto, João Paulo Ribeiro Capobianco, fez duras críticas às propostas que prevêem, segundo ele, a dragagem e derrocagem do leito do Rio Paraguai. Capobianco esteve em Campo Grande para a oficialização do Pacto Pantanal, projeto que prevê investimento de R$ 1,4 bilhão para o bioma pelos próximos cinco anos. As declarações encerraram seu discurso de quase 30 minutos.

De acordo com ele, caso sejam autorizadas, as medidas, que consistem na remoção de rochas e terra do fundo do leito, representam risco maior para o bioma do que as queimadas e até as mudanças climáticas. 

Com o discurso, ele destacou que existe importante racha no Governo Federal sobre as propostas de tornar o Rio Paraguai, o principal do Pantanal, navegável durante o ano inteiro, inclusive nos períodos de estiagem, o que seria possível com a remoção de quatro grandes bancos de areia e outros 15 menores.

De um lado está a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que conduz os trabalhos para a concessão da hidrovia, inclusive com uma audiência pública final prevista para o próximo dia 10 em Corumbá, e do outro estão os autoridades ambientalistas, como Ibama e Ministério do Meio Ambiente.

Atualmente, esse transporte somente pode ser feito quando o nível fica acima de um metro na régua Ladário. Porém, somente quando ultrapassa 1,5 metro é que os comboios descem em segurança com carga plena.

Por conta dos bancos de areia, em anos de pouca chuva, o transporte fica suspenso na maior parte dos meses. Em 2024, ano da pior seca da história, quando o nível mínimo chegou a 69 centímetros abaixo de zero em Ladário, somente nos meses de abril, maio e junho o nível ficou acima de um metro.

Por conta disso, o transporte de minérios despencou de 6 milhões para apenas 3 milhões de toneladas na comparação entre 2023 com o ano seguinte. Em 2023, o nível máximo do rio chegou a 4,24 metros,  ante apenas 1,47 metro no ano passado. Nesta quinta-feira amanheceu em 1,8 metro.

Apelo

O ministro substituto, que representou Marina Silva, que está em viagem à Ásia com o presidente Lula, fez as críticas às propostas de dragagem do Rio Paraguai em resposta a um apelo feito minutos antes pelo deputado corumbaense Paulo Duarte, defensor da dragagem do chamado tramo sul, entre Corumbá e Porto Murtinho.

O deputado cobrou do ministério a liberação das intervenções no rio. Em seu discurso no Bioaparque Pantanal, o ministro alegou que esta liberação depende do Ibama, mas mesmo assim  fez um apelo ao governador Eduardo Riedel para que ele não permita que alguém “cometa esse crime” de derrocagem e dragagem do leito do rio. Isso, nas palavras dele, “seria o fim do Pantanal”. 

Porém, o secretário de Estado de Meio Ambiente, Jaime Verruck, garantiu logo após o encerramento do evento que, ao contrário daquilo que o ministro susbstituto falou, não existe nenhuma previsão de derrocagem, que seria a retirada de rochas ou ou de trechos das margens para reduzir as curvas no leito natural.

Serviço

Toda a sessão presencial será transmitida pelo canal da Antaq, no Youtube. Para assistir a audiência não é necessário fazer inscrição, no entanto, quem pretende contribuir virtualmente pela plataforma Teams deve se inscrever pelo aplicativo de mensagens “Whatsapp” no número (61) 2029-6940 das 9h00 às 15h00 do dia 9 de abril de 2025. Por sua vez, os interessados em se manifestar presencialmente deverão se inscrever no local do evento no dia 10 de abril de 2025, das 8h00 às 9h30.

*Colaborou Nery Kaspari 

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Porto Primavera

MPF investiga usina hidrelétrica por dano ambiental que afeta Rio Paraná

Ministério apura falta de conservação ambiental e impacto do baixo controle do nível da água do reservatório da usina

08/04/2025 18h00

Usina fica entre o município paulista de Rosana e Batayporã, interior do estado

Usina fica entre o município paulista de Rosana e Batayporã, interior do estado Foto: Divulgação

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O Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil para apurar danos ambientais supostamente causados pela Usina Hidrelétrica (UHE) Engenheiro Sérgio Motta, em Porto Primavera, distrito situado entre os municípios de Batayporã  [interior do estado] e Rosana, em São Paulo.

A investigação apura a falta de  conservação ambiental e o “deficiente controle do nível da água” do reservatório da usina ao em 2024, fator que estaria prejudicando a qualidade da água do Rio Paraná e de seus afluentes, além da fauna aquática da região. 

Inicialmente, as providências foram cobradas pela presidente da Colônia de Pescadores Artesanais Profissionais de Fátima do Sul, Maria Antônia Poliano, segundo o MPF, denunciante da causa.

Do mesmo modo, em dezembro do ano passado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) disse não ter avaliado o relatório de contenção ambiental apresentado pela Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp), [que agora passou a se chamar Auren Energia (AURE3)],  referente ao monitoramento e contenção ambiental acerca do fluxo de água da usina durante a redução das vazões defluentes do período de maio e junho de 2024, diminuição de 4.600 m³/s para 3.900 m³/s, recurso que visa preservar estoques de água e assegurar a produção de energia elétrica.

No início do ano, os pescadores profissionais da região fizeram um apelo para que a usina abrisse as comportas para aumentar o nível do Rio Paraná, sobretudo no período da piracema. Inaugurada há 25 anos, 80% do lago fica em território sul-mato-grossense. 

Erosão

A proteção das encostas é uma questão ambiental. As ondas geradas pelo lago da Usina de Porto Primavera vêm erodindo margens e áreas de proteção permanente, crítica dos pescadores.

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