Cidades

190 e 193

MS teve cinco trotes por dia em telefones de emergência no ano

Trabalhos de salvamento ficam prejudicados com ligações falsas

RAFAEL RIBEIRO

21/07/2019 - 07h20
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Por média de cinco vezes por dia do ano até aqui, equipes da Polícia Militar e Bombeiros em Mato Grosso do Sul saíram de suas bases para atender... nada.

Esse foi o número médio de ocorrências falsas registradas pela Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública que demandaram esforços para uma brincadeira de mau gosto e que traz prejuízos: os trotes.

Os trotes para os números de emergência das forças de segurança de Mato Grosso do Sul, 190 (Polícia Militar) e 193 (Corpo de Bombeiros Militar), prejudicam os trabalhos de salvamento e trazem prejuízos aos cofres públicos.

Em 2018, o setor de estatística e planejamento do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), registrou 605.806 chamadas atendidas, das quais 2,80% eram tentativas de trote. Além de travar as linhas, a ação maldosa impede que o atendimento seja direcionado a quem de fato precisa dele. De janeiro a maio deste ano, já foram registradas 663 tentativas de trote.

A saída de uma equipe de salvamento do Corpo de Bombeiros para atender uma ocorrência de incêndio, por exemplo, gera um custo médio de R$ 1.180,00 ao Estado. Para se ter uma ideia, uma equipe de combate a incêndio em edificações ou residências, chamada de Trem de Socorro, é composta em média por 12 militares distribuídos em quatro viaturas, sendo uma de auto salvamento (AS), uma unidade de resgate (UR), um auto bomba tanque (ABT), e uma auto bomba rápido (ABR).

Em casos de ocorrências para atendimento de acidentes de trânsito, a equipe e o número de viaturas cai pela metade, e o custo aproximado é de R$ 615,00. Conforme a instituição, essa média de militares e viaturas por ocorrência, pode variar em alguns quartéis devido a demanda da cidade.

O Comandante do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, Joílson Alves do Amaral, reforça a importância de que toda sociedade tenha consciência de que o trote pode impedir um salvamento real. “Não é só o prejuízo financeiro com a mobilização de toda uma equipe de salvamento, mas principalmente, a vida de outras pessoas que pode estar em risco enquanto alguém se diverte passando uma informação falsa” pontuou.

Outra ação que obstrui as linhas de emergência, são as ligações para pedidos de informações diversas. De acordo com o diretor do Ciops, delegado Marcos Takeshita, por serem números de fácil memorização, as pessoas ligam para pedir informação. Situação que também afasta o aparelhamento de segurança das ocorrências legítimas, comprometendo o serviço de segurança. No ano passado, 109.959 ligações recebidas pelo Ciops, eram para pedido de informação. Entre janeiro e maio deste ano, já foram contabilizadas 32.424.

A maioria das chamadas com intenção de trote são detectadas durante a conversa, pelas características típicas de comunicação e experiência dos atendentes. Conforme o Ciops, todos os telefones que realizam chamadas para o 190 ou 193, ficam registrados no sistema, e quando há necessidade é possível realizar investigação para responsabilizações.

O trote aos serviços de emergência é um crime previsto no Código Penal. Quando identificado, o autor é enquadrado no artigo nº 340 do Código Penal: falsa comunicação de crime ou de contravenção, cuja pena é detenção de um a seis meses ou multa.

 

Meio Ambiente

Maior tatu-canastra é capturado no Pantanal de MS

Com a captura, foi possível realizar exames que auxiliarão a entender o processo de reprodução da espécie na natureza

22/10/2024 16h50

Imagem Divulgação

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O Projeto Tatu-Canastra capturou o maior tatu da espécie em 14 anos de trabalho no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Um macho, com 160 cm de comprimento e 36 kg, recebeu o nome de Wolfgang.

O nome faz alusão ao trabalho do presidente do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), Arnaud Desbiez, que, no dia 26 de setembro, recebeu o prêmio The Wolfgang Kiessling International Prize.

A premiação, pelo programa American Humane, veio justamente pela captura e registro do maior tatu-canastra já registrado no Pantanal sul-mato-grossense.

Imagem Divulgação

Avaliação


O animal passou por diversos exames para verificar a condição de saúde, assim como recebeu a instalação de um chip com rádio transmissor VHF.

Também foi feita a coleta de sêmen para estudos sobre a reprodução do tatu-canastra na natureza.

Todo o procedimento foi supervisionado pela médica veterinária e pesquisadora do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) para a coleta do material biológico.

“O principal objetivo do estudo é entender melhor como funcionam a biologia e a fisiologia reprodutiva do tatu-canastra e do tamanduá-bandeira em vida livre”, explica Carolina, que também é mestranda pela UNESP de Botucatu.

A pesquisa é financiada pela Rufford Foundation, do Reino Unido.

Reprodução


A pesquisa está concentrada na análise da qualidade do sêmen e da morfologia espermática, com o objetivo de criar, no futuro, um banco de preservação de diversas espécies

. O estudo proporcionará um maior entendimento sobre a reprodução do tatu-canastra, cujo conhecimento ainda está pouco avançado.

“A validação dessas técnicas para monitoramento da reprodução em vida livre pode contribuir significativamente para a conservação desses dois gigantes da nossa fauna”, acrescenta a médica veterinária.

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DENÚNCIA

Polícia investiga casal por fraude em licitação, associação criminosa e lavagem de dinheiro

O advogado Acrísio da Cunha Filho e a empresária Karina Moraes teriam praticado os crimes nas cidades de Ivinhema e Nova Alvorada do Sul

22/10/2024 16h30

O casal formado pelo advogado Acrísio Venâncio da Cunha Filho e a empresária Karina Moraes

O casal formado pelo advogado Acrísio Venâncio da Cunha Filho e a empresária Karina Moraes Reprodução/Mídias sociais

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A Polícia Civil instaurou inquérito policial contra o advogado Acrísio Venâncio da Cunha Filho e a esposa dele, a empresária Karina Moraes, proprietária da empresa Projeta Soluções em Consultoria e Assessoria Ltda., por suspeita de terem praticados os crimes de fraude em licitação, associação criminosa e lavagem de dinheiro nas cidades de Ivinhema (MS) e Nova Alvorada do Sul (MS).
 
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) também está apurando as irregularidades e determinou prazo de 60 dias para que a Polícia Civil conclua todas as diligências contra o casal.

O casal formado pelo advogado Acrísio Venâncio da Cunha Filho e a empresária Karina Moraes
 
Conforme o inquérito policial obtido pelo Correio do Estado, o advogado Acrísio Venâncio teria ido até a Prefeitura de Nova Alvorada do Sul em companhia do proprietário de uma construtora em março de 2023 na tentativa de fraudar um procedimento licitatório.
 
No Paço Municipal, o advogado teria utilizado nome de funcionários para forçar o setor de protocolo a emitir o recebimento retroativo de envelope de uma determinada licitação que estava em andamento.

O casal formado pelo advogado Acrísio Venâncio da Cunha Filho e a empresária Karina Moraes
 
Ainda segundo as investigações, Acrísio Venâncio tinha clara intenção de fraudar o procedimento licitatório e colocar a empresa que ele acompanhava na disputa do certame, mas foi pego em flagrante delito e denunciado à Polícia Civil que instaurou o inquérito criminal.
 
Já a esposa, que é proprietária da empresa Projeta Soluções em Consultoria e Assessoria Ltda. e presta assessoria em convênio e captação de recursos nas prefeituras de Mato Grosso do Sul, também é investigada, respondendo por fraude à licitação na cidade de Ivinhema.

O casal formado pelo advogado Acrísio Venâncio da Cunha Filho e a empresária Karina Moraes
 
De acordo com a Polícia Civil, Karina Moraes teria agido em conluio com outras empresas e servidores. De forma dolosa, mediante ajuste e combinação, eles cometeram fraude no processo de licitação em dois pregões presenciais. Além disso, o casal ostenta uma vida de luxo com dinheiro público.

O casal formado pelo advogado Acrísio Venâncio da Cunha Filho e a empresária Karina Moraes
 
A reportagem tentou entrar em contato com o casal investigado, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve sucesso, sendo que o espaço continua aberto.

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