Cidades

NO PARANÁ

Mulher é libertada após 10 anos em cárcere privado

Mulher é libertada após 10 anos em cárcere privado

MARCUS AYRES E THIAGO RAMARI - GAZETA DO POVO

05/02/2011 - 11h46
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Uma mulher foi libertada na quinta-feira (3), após viver cerca de dez anos em cárcere privado em Mariluz, na região Noroeste do estado. De acordo com informações da polícia militar de Cruzeiro do Oeste, Clarice Laura de Oliveira, de 45 anos, era mantida presa pelo amante, Francisco Ribeiro, de 60 anos, que foi preso em flagrante.

A ação policial ocorreu após denúncia anônima feita ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), dando conta de que a mulher estaria presa há vinte anos. Ela foi encontrada em uma residência com portas e janelas trancadas, muros altos e cães de grande porte soltos pelo quintal.

De acordo com o capitão Arildo Alves de Souza, a mulher estava bem debilitada, mas não havia indícios de agressão física. O acusado teria dito aos policiais que havia trancado Clarice porque ela teria transtorno mental. Durante a busca na casa, os policiais localizaram duas armas de fogo embaixo do guarda-roupas, sendo um revolver calibre 38 (com seis cartuchos) e uma espingarda calibre 36.

Ribeiro, que era tapeceiro na cidade, foi autuado em flagrante por cárcere privado e posse irregular de arma de fogo, sendo levado para a delegacia de Mariluz.

Quase dez anos sem contato

Clarice contou que para as assistentes sociais que ela não tinha acesso a qualquer meio de comunicação e que passava o tempo trabalhando em casa, fazendo crochê. Ela ainda relatou que tinha de lavar as roupas dentro da residência e que só podia estendê-las no varal quando o companheiro estava em casa.

Irmã de vítima sabia da situação

Apesar da denúncia apontar que Clarice ficou presa ao longo de vinte anos, ela teria declarado para as assistentes sociais que ficou quase dez anos trancafiada. Segundo a psicóloga do Creas, Débora Stela, a informação foi confirmada pela irmã de Clarice, que a visitava uma vez por semana. “Ela afirmou que nunca denunciou o caso porque era ameaçada pelo amante da Clarice”, contou.

Débora ainda afirmou que o último registro de atendimento de Clarice feito pelo Creas data de 2001. Diante de tantos anos sem acompanhamento na área de saúde, a psicóloga informou que ela passará por avaliações médicas. Clarice foi levada para a casa da irmã, onde passa bem.

PRISÃO

Integrante de facção criminosa é preso durante operação em Campo Grande

De acordo com o FICCO/MS, o criminoso atuava de forma intensa no estado de Minas Gerais, mantendo vínculos operacionais com outros integrantes da facção.

18/12/2025 16h15

Policiais apreenderam celulares, computadores, documentos e grande quantidade de dinheiro em espécie durante as buscas

Policiais apreenderam celulares, computadores, documentos e grande quantidade de dinheiro em espécie durante as buscas Divulgação: Polícia Federal

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A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso do Sul (FICCO/MS) prendeu, durante esta semana, um integrante de uma facção criminosa com atuação interestadual, durante ação realizada em Campo Grande.

De acordo com o FICCO/MS, o criminoso atuava de forma intensa no estado de Minas Gerais, mantendo vínculos operacionais com outros integrantes da facção.

Durante as buscas no endereço do investigado, os policiais apreenderam grande quantidade de dinheiro em espécie, escondido dentro de uma embalagem, além de arma de fogo, munições, computadores, documentos e quatro celulares novos, que ainda estavam dentro da caixa.

Diante do material encontrado, o homem foi preso em flagrante e encaminhado à autoridade policial competente, onde foram adotados os procedimentos legais cabíveis.

A FICCO/MS é composta por representantes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal Federal e Estadual, Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN) e Guardas Municipais, atuando de forma integrada no combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul.

Cidades

Ana Castela vai processar influenciadoras que questionaram sua sexualidade

O Grupo AgroPlay, que administra a carreira da artista, afirma que avalia medidas jurídicas cabíveis e reforça que a sexualidade de uma mulher não pode ser usada como forma de ataque, humilhação ou estratégia para engajamento nas redes sociais

18/12/2025 15h30

Ana Castela

Ana Castela Foto: Divulgação

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A equipe jurídica da cantora sertaneja Ana Castela, natural do município de Amambai (MS), divulgou, na última quarta-feira (17) uma nota de repúdio após a repercussão de comentários feitos por influenciadoras digitais sobre a sexualidade da cantora.

No comunicado, o Grupo AgroPlay, que administra a carreira da artista, afirma que avalia medidas jurídicas cabíveis e reforça que a sexualidade de uma mulher não pode ser usada como forma de ataque, humilhação ou estratégia para engajamento nas redes sociais.

Segundo a nota, embora a orientação sexual não seja uma ofensa, o contexto em que o tema foi tratado - de forma pública, sem intimidade e associado a críticas à aparência física - ultrapassa os limites da liberdade de expressão e configura agressão e body shaming (ataque ao corpo).

"A internet não é terra sem lei. As medidas judiciais cabíveis estão sendo analisadas, visando não necessariamente uma reparação, mas a responsabilização pedagógica", diz o texto.

A equipe jurídica informou ainda que, até o momento, nenhuma ação judicial foi protocolada, mas que o caso segue em análise. "Respeito é inegociável", reforçou a nota.

Entenda

A polêmica teve início após a circulação de um vídeo em que as influenciadoras Vivi Wanderley, Isadora Raymundi, Duda Wilken e Gabi Medina fazem especulações sobre a sexualidade de terceiros.

Durante a gravação, Ana Castela é mencionada e rotulada pelo grupo como lésbica, apesar de a cantora já ter se declarado heterossexual. Ela teve um relacionamento com o cantor Gustavo Mioto e, atualmente, namora Zé Felipe.

No vídeo, Duda Wilken afirma ter "certeza" sobre a sexualidade da artista e associa a declaração à aparência física de Ana: "A estrutura óssea dela é de sapatão", disse.

O comentário rendeu risadas e concordância das demais influenciadoras presentes. "É verdade. O meu 'gaydar' apita também", declarou Vivi Wanderley.

A fala gerou críticas nas redes sociais, levando Vivi a se pronunciar publicamente no dia seguinte. Em vídeo publicado nas redes, ela afirmou que se arrependeu de ter participado do conteúdo e reconheceu o erro. A influenciadora ainda disse que se desculpou diretamente com Ana Castela.

"Não tenho problemas em reconhecer falhas, e apesar de ser uma pessoa brincalhona, acho muito importante entender quando erramos. A partir do apontamento de vocês, pude repensar tudo isso e perceber que tem brincadeiras que não são de bom tom. Peço desculpas pelo ocorrido a todos os envolvidos", declarou Vivi.

Momentos depois, Zé Felipe se manifestou sobre o episódio ao publicar uma foto ao lado de Ana Castela no Story do Instagram. Na legenda, escreveu de forma direta que a cantora "não é sapatão".

Duda Wilken também reconheceu o erro e afirmou ter pedido desculpas diretamente a cantora. A influenciadora disse ainda lamentar a quantidade de ataques que passou a receber após a repercussão do caso. "Estou recebendo uma quantidade de ataques absurda, desejando até a minha morte", afirmou.

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