Mariana Agostinho Defensor, 32 anos, que estava desaparecida desde domingo (22), foi encontrada morta a facadas no fim da tarde desta terça-feira (24), em Ivinhema. O marido,identificado pelas iniciais J.P.S, também de 32 anos, confessou o crime.
Conforme noticiou o Correio do Estado, o caso ganhou ar de mistério após o marido ser encontrado desacordado ao lado do carro do casal, com uma faca suja de sangue e o celular da vítima com resquícios de barro. A mulher foi dada como desaparecida.
A filha do casal já havia sido ouvida pela manhã e informou que ouviu seu pai dizer que levaria a mãe para a mata.
De acordo com informações do delegado Gustavo Oliveira dos Santos, titular da Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, diligências foram feitas e Mariana foi encontrada sem vida. Ela foi morta a facadas e o corpo foi jogado em um canavial.
Após o crime, o marido tentou se matar enforcado na porta do carro, mas sobreviveu. Ele foi interrogado, confessou o crime e foi preso.
Informações sobre a dinâmica do crime, motivações e detalhes serão repassadas apenas nesta quarta-feira (25), segundo o delegado.
2º feminicídio no dia
Mariana foi a segunda vítima de feminicídio em menos de 24 horas em Mato Grosso do Sul e a 22ª do ano no Estado.
Na noite de segunda-feira (23), Marlene Salete Mees, de 54 anos, foi morta a facadas pelo marido, Jair da Conceição, 51 anos, no bairro Fração da Chácara, em Amambai, na presença dos filhos de 9, 10 e 11 anos.
Segundo informações, a filha mais velha do casal acionou a Polícia Militar. Ao chegarem na residência, os policiais ouviram gritos de socorro da vítima através da porta do quarto, que estava trancada.
A porta foi arrombada e a vítima estava em cima da cama, ainda com vida, mas com nove ferimentos provocados por facadas.
O homem estava encostado na parede, segurando a faca contra o pescoço e ameaçando se matar, além de impedir a entrada de bombeiros para prestação de socorro à vítima.
Como a mulher estava em situação grave, policiais atiraram com bala de borracha na mão do suspeito. Ele foi desarmado, imobilizado e encaminhado ao Hospital Regional, onde está internado com escolta policial.
O Corpo de Bombeiros conseguiu entrar na casa, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.