Cidades

CALDEIRÃO

Municípios de MS aparecem entre os mais quentes do Brasil pelo 8º dia consecutivo

No ranking das 20 cidades mais calorosas, 6 são de MS; calor excessivo continua no fim de semana

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Mato Grosso do Sul se destacou entre as cidades mais quentes do Brasil nesta quarta-feira (15), de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

No ranking das 20 cidades mais calorosas, 6 são de Mato Grosso do Sul (MS), 5 de Mato Grosso (MT), 5 de Minas Gerais (MG), 2 de Goiás (GO), 1 a Bahia (BA) e 1 de Roraima (RR).

Corumbá (42,1ºC), Porto Murtinho (41,4ºC), Água Clara (41,2ºC), Coxim (41,1ºC), Aquidauana (41ºC) e Nhumirim (40,8ºC) bateram recorde de calor e foram listados entre as cidades mais quentes do País.

Este é o 8º dia consecutivo em que municípios de MS aparecem no ranking das cidades mais quentes do Brasil. Geralmente Corumbá, Porto Murtinho e Água Clara são os municípios mais listados com maior frequência.

Confira o ranking nacional:

RANKING

MUNICÍPIO

TEMPERATURA

São Romão (MG)

43,4ºC

Unai (MG)

42,6ºC

Arinos (MG)

42,1ºC

Corumbá (MS)

42,1ºC

Cuiabá (MT)

41,8ºC

Nova Porteirinha (MG)

41,4ºC

Porto Estrela (MT)

41,4ºC

Porto Murtinho (MS)

41,4ºC

Araçuai (MG)

41,2ºC

10º

Cuiabá (MT)

41,2ºC

11º

Padre Ricardo Remetter

41,2ºC

12º

Água Clara (MS)

41,2ºC

13º

Aragarças (GO)

41,4ºC

14º

Coxim (MS)

41,4ºC

15º

Aquidauana (MS)

41ºC

16º

Itumbiara (GO)

41ºC

17º

Nhumirim (MS)

40,8ºC

18º

Rosário Oeste (MT)

40,8ºC

19º

Ibotirama (BA)

40,7ºC

20º

Boa Vista (RR)

40,6ºC

Fonte: Inmet

De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, 37 municípios de Mato Grosso do Sul registraram sensação térmica acima de 40°C nesta quarta-feira (15), feriado de Proclamação da República.

Ao Correio do Estado, a meteorologista do Inmet, Andrea Ramos, afirmou que a sensação térmica deve ficar até três graus acima da temperatura real, por causa do vento quente.

Confira:

MUNICÍPIO

SENSAÇÃO TÉRMICA

Água Clara

47ºC

Amambai

44ºC

Angélica

43ºC

Aquidauana

47ºC

Aral Moreira

40ºC

Bandeirantes

43ºC

Bataguassu

41ºC

Três Lagoas

42ºC

Bonito

46ºC

Santa Rita do Pardo

42ºC

Caarapó

43ºC

Camapuã

44ºC

Campo Grande

44ºC

Cassilândia

36ºC

Chapadão do Sul

40ºC

Corumbá

48ºC

Costa Rica

40ºC

Coxim

47ºC

Dourados

43ºC

Fátima do Sul

44ºC

Iguatemi

43ºC

Itaporã

43ºC

Itaquirai

42ºC

Ivinhema

41ºC

Jardim

45ºC

Juti

44ºC

Laguna Carapã

42ºC

Maracaju

43ºC

Miranda

44ºC

Nhumirim

46ºC

Nova Alvorada

43ºC

Sete Quedas

42ºC

Sidrolândia

45ºC

Pedro Gomes

47ºC

Ponta Porã

40ºC

Porto Murtinho

46ºC

Ribas do Rio Pardo

43ºC

Rio Brilhante

42ºC

São Gabriel

42ºC

ONDA DE CALOR

Pela terceira vez no ano, a Onda de Calor está de volta em Mato Grosso do Sul.

Temperaturas atingem recordes e ultrapassam facilmente os 40ºC e, em algumas regiões, beiram os 45ºC, com sensação térmica de 47ºC.

Mato Grosso do Sul está no centro da Onda de Calor. Divulgação/Inmet

Alerta vermelho do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que a temperatura está 5ºC acima da média entre segunda-feira (13) e sexta-feira (17), em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. O aviso aponta grande perigo, com risco à saúde.

De acordo com a meteorologista do Inmet, Dayse Moraes, a Onda de Calor pode se estender para o fim de semana. Um novo alerta será publicado e atualizado nesta sexta-feira (17).

A Onda de Calor atua em Mato Grosso do Sul desde quarta-feira (8), quando o Inmet emitiu alerta amarelo.

O sol promete ser de “rachar” e nem o ar-condicionado, ventilador e tereré estão dando conta do recado.

Esta é a terceira Onda de Calor que atua em Mato Grosso do Sul. A primeira ocorreu entre 18 e 26 de setembro e a segunda entre 17 e 21 de outubro.

Onda de Calor é o resultado de um bloqueio atmosférico causado pela persistência de um grande sistema de alta pressão atmosférica sobre uma área, por vários dias consecutivos.

A alta pressão atmosférica deixa o ar seco, inibe o crescimento e formação de nuvens e a ocorrência de chuva.

A Onda de Calor provoca altíssimas temperaturas, sol forte, clima seco, tempo abafado, céu limpo, vento quente e baixa umidade do ar em Mato Grosso do Sul.

Setembro e outubro geralmente são os meses mais quentes do ano em Mato Grosso do Sul. Queimadas costumam ocorrer nesta época do ano justamente por conta do calor excessivo.

Prognóstico de primavera, elaborado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), aponta que o calor será intenso nesta estação, com dias bem mais quentes que o normal. As temperaturas, que já estão acima da média, devem se elevar gradativamente nos próximos meses, ocorrendo uma maior frequência de dias de calor.

UMIDADE DO AR

Além de quente, o tempo também está muito seco. O índice de umidade relativa do ar atinge valores críticos em Mato Grosso do Sul.

Alerta amarelo do Inmet aponta que a umidade relativa do ar estará entre 20% e 30% nesta quinta-feira (16) em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade indicada é de no mínimo 60%.

Umidade relativa do ar é a quantidade de água em forma de vapor dispersa pelo ar. O instrumento utilizado para medir a umidade é o higrômetro.

Baixa umidade do ar, escassez de chuvas e calor extremo provocam queimadas no Pantanal mato-grossense e sul-mato-grossense.

PREVISÃO DO TEMPO PARA OS PRÓXIMOS DIAS

De acordo com a meteorologista do Inmet, Dayse Moraes, o calor excessivo continua neste fim de semana. O alerta de Onda de Calor será atualizado nesta sexta-feira (17) e pode se estender para sábado (18) e domingo (19).

A previsão é que a Onda de Calor vá embora na segunda-feira (20) e dê espaço para chuvas e tempestades em Mato Grosso do Sul.

A previsão do tempo para a próxima semana é de calor, chuva, tempestade, ventos, queda de granizo, raios e trovões. A chuva vai proporcionar alívio do calor na semana que vem. “Ao decorrer da semana, com o aumento das chuvas, vai dar uma amenizada no calor. A expectativa é que a temperatura caia de 43ºC para 38ºC”, explicou a meteorologista ao Correio do Estado.

Confira temperaturas e condições climáticas em alguns municípios nos próximos dias:

MUNICÍPIO

DIA DA SEMANA

TEMPERATURA

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

Campo Grande

Sexta-feira, 17 de novembro

39ºC

Sol com muitas nuvens

Campo Grande

Segunda-feira, 20 de novembro

29ºC

Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas

Ponta Porã

Sexta-feira, 17 de novembro

41ºC

Sol com muitas nuvens

Ponta Porã

Segunda-feira, 20 de novembro

28ºC

Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas

Três Lagoas

Sexta-feira, 17 de novembro

42ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Três Lagoas

Segunda-feira, 20 de novembro

30ºC

Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas

Dourados

Sexta-feira, 17 de novembro

42ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Dourados

Segunda-feira, 20 de novembro

29ºC

Muitas nuvens com pancadas de chuva isoladas

Corumbá

Sábado, 18 de novembro

46ºC

Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas

Corumbá

Segunda-feira, 20 de novembro

36ºC

Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas

* fonte: Inmet

RECOMENDAÇÕES

De acordo com o Ministério da Saúde, o tempo quente e seco requer cuidados aos sul-mato-grossenses. Confira as recomendações:

  • Não praticar exercícios físicos durante as horas mais quentes do dia

  • Evitar exposição ao sol das 9h às 17h

  • Usar protetor solar

  • Beber muita água

  • Usar roupas finas e largas, de cores claras e tecidos leves (de algodão)

  • Não fazer refeições pesadas

  • proteger-se do sol com chapéus e óculos de proteção

  • Manter o ambiente arejado, com umidificador de ar, ventilador, toalhas molhadas, baldes cheios d’água e ar condicionado

De acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário Anhanguera - UNAES, Sandra Demétrio Lara, existem algumas maneiras de suportar o calorão. Confira: 

  • Vestuário apropriado: Escolha roupas leves, folgadas e com tecidos respiráveis, que facilitem a evaporação do suor e a adequada ventilação. Evite peças justas e tecidos sintéticos.
  • Alimentação saudável: Opte por refeições leves e frescas, como frutas, vegetais e alimentos ricos em água..
  • Hidratação: Mantenha-se hidratado ao longo do dia, mesmo sem sede.
  • Proteção solar: use protetor solar quando se expor ao sol. 

INCERTEZAS

Gigante da celulose recua e engaveta projeto de R$ 15 bilhões em MS

No fim de novembro a Eldorado informou que ampliaria o plantio de eucaliptos em 2026 de olho da duplicação da fábrica. Agora, porém, diz que esse aumento não sairá do papel

20/12/2025 16h50

A Eldorado, dos irmãos Batista, funciona em Três Lagoas desde 2012 e existe a previsão de que sua capacidade aumente em 100%

A Eldorado, dos irmãos Batista, funciona em Três Lagoas desde 2012 e existe a previsão de que sua capacidade aumente em 100%

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Depois de anunciar, no final de novembro, que a partir do próximo ano pretendia ampliar de 25 mil para até 50 mil hectares o plantio anual de eculiptos na região de leste de Mato Grosso do Sul, a indústria de celulose Eldorado deixou claro nesta semana que engavetou, pelo menos por enquanto, o projeto de expansão. 

Com o recuou, a empresa, que produz em torno de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano, deixa claro que está adiando a prometida duplicação de capacidade de produção da Eldorado, o que demandaria investimentos da ordem de R$ 15 bilhões US$ 3 bilhões), conforme anunciado em abril do ano passado pelos irmãos Joesley e Wessley Batista, donos da empresa. 

Em entrevista ao site AGFeed, especiliazado em agronegócio, o diretor florestal da Eldorado, Germano Vieira, afirmou que a empresa tem atualmente 305 mil hectares de pantações de eucaliptos na região, mas precisa de apenas dois terços disso para abastecer a fábrica. 

Ou seja, a empresa tem em torno de 100 mil hectares de eucaliptos sobrando e este excedente está sendo vendido ou permutado com a Bracell e a Suzano, que opera duas fábricas do setor na região, em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo. 

Então, caso o comando da Eldorado decida desengavetar repentinamente o projeto da duplicação,  já existe um excedente que seria capaz de abastecer a segunda unidade no período inicial, mesmo que não ocorra o início do plantio extra a partir de 2026, explicou Germano Vieira.

Atualmente são colhidos em torno de 25 mil hectares por ano para abastecer a indústria e o mesmo tanto é replantado, fazendo um giro para que sempre haja florestas "maduras".

São necessários, em média, sete anos para que a planta chegue ao estágio de corte e por conta disso havia a programação de começar o plantio agora (2026) para que houvesse matéria-prima suficiente quando a ampliação da fábrica estivesse concluída. Em três anos é possível fazer a ampliação da indústria, acredita Germando Vieira.  

Uma das explicações para o recuo, segundo a reportagem do AGFeed, é que a Eldorado ainda têm uma série de ajustes financeiros a serem feitos depois que os irmãos Batista conseguiram, em maio deste ano, fechar um acordo e colocar fim a batalha judicial com a Paper Excellence.

Para retomarem o controle total da Eldorado, que funciona em Três Lagoas desde 2012 e havia sido vendida parcialmente em 2017, eles se comprometeram a pagar US$ 2,640 bilhões à canadense Paper, que detinha pouco mais de 49% das ações do complexo industrial.  

Para duplicar a produção, segundo Germando Vieira, serão necessários 450 mil hecteres de florestas. Para chegar a esse montante, a empresa teria que arrendar mais 150 mil hecteres, o que demandaria um investimento da ordem de R$ 180 milhões anuais, já que o arrendamento custa em torno de R$ 1,2 mil por ano por hectare. 

Além disso, somente para o plantio de 25 mil hectares anuais a mais, conforme chegou a ser anunciado, seriam necessários em torno de R$ 220 milhões extras no setor florestal por ano, uma vez que o custo do plantio está na casa dos R$ 8,7 mil por hectare. E isso sem contabilizar os custos com o combate a pragas e combate a incêndios, entre outros. 

No final de novembro, Carlos Justo, gerente-geral florestal da Eldorado, chegou a informar ao site The AgriBiz que 15 mil hectares já haviam sido arrendados para dar início à ampliação do plantiu a partir do próximo ano. 

Preços da celulose

Embora Germano Vieira diga que a demanda mundial por celulose cresça em torno de um milhão de toneladas por ano e por conta disso a Eldorado mantem viva a promessa da duplicação, a empresa pisou no freio em meio à queda nos preços mundiais e ao aumento da oferta. 

Neste ano, o faturamento das três fábricas de Mato Grosso do Sul literalmente despencou. Por conta da ativação da unidade de Ribas do Rio Pardo, que tem capacidade de até 2,55 milhões de toneladas por ano, as exportações de Mato Grosso do Sul aumentaram em 57% nos dez primeiros meses de 2025, passando de 3,71 milhões de toneladas para 5,84 milhões de toneladas. 

Porém, o faturamento cresceu apenas 25,6%, subindo de U$ 2,121 bilhões para U$ 2,665 bilhões. No ano passado, quando a cotação da celulose já não estava nos melhores patamares, o valor médio da tonelada rendeu 570 dólares aos cofres das três indústrias. Neste ano, porém, elas tiveram rendimento médio de apenas 456 dólares, o que representa queda de 20%. 

Em decorrência desta queda nos preços, as indústrias deixaram de faturar em torno de 666 milhões de dólares, ou algo em torno de R$ 3,6 bilhões na moeda local, nos dez primeiros meses deste ano. 

Por conta disso, a Suzano, concorrente da Eldorado, chegou a emitir um alerta no começo de novembro dizendo que os preços internacionais estavam "completamete insustentáveis" e por isso estava reduzindo sua produção em cerca de 3,5%. 

O alerta da Suzano foi feito durante a prestação de contas relativa aos resultados do terceiro trimestre da empresa. E, segundo Leonardo Grimaldi, diretor do negócio de celulose da Suzano, a situação é crítica e “o setor está sangrando há meses”. 

Mas, apresar deste cenário de apreensão, investimentos da ordem de R$ 25 bilhões estão a todo vapor em Inocência, onde a chilena Arauco está instalando uma fábrica que terá capacidade para colocar 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano a partir do final de 2027. 

Outra empresa, a Bracell, pretende começar, em fevereiro do próximo ano, em Batagussu, as obras de uma fábrica que terá capacidade para 1,8 milhão de toneladas por ano. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 16 bilhões. 


 

MATO GROSSO DO SUL

Em pleno período de chuvas, Hidrelétrica Porto Primavera reduz vazão

Com a barragem mais extensa do País (10,2km), redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciadano último dia 12, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira

20/12/2025 14h14

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera

Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera Reprodução/Cesp

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Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta, também conhecida como Porto Primavera, a unidade começou nesta sexta-feira (19) através da Companhia Energética de São Paulo (Cesp) a redução da vazão, para preservar os estoques de água dos reservatórios da bacia do Rio Paraná. 

Com a barragem mais extensa do País (10,2 km), essa redução segue determinação emitida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e havia sido anunciada pela Cesp no último dia 12, prevista para começar ainda em 15 de dezembro, como medida para garantir a "segurança energética" brasileira. 

"O patamar mínimo defluente será reduzido de forma gradual e controlada, passando dos atuais 4.600 metros cúbicos por segundo para 3.900 m³/s, seguindo diretrizes operacionais do ONS", cita a Cesp em nota. 

Além disso, a Companhia frisa que, durante o processo, será mantido o plano de conservação da biodiversidade que havia sido aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), e teve início em maio deste ano, para monitoramento do Rio Paraná justamente nos trechos da jusante - parte rio abaixo - da Porto Primavera até a foz do Ivinhema. 

Ou seja, entre outros pontos, equipes embarcadas formadas por biólogos e demais profissionais especializados, devem trabalhar como os responsáveis por acompanhar a qualidade da água, bem como a conservação e comportamento dos peixes locais enquanto durar a flexibilização da vazão. 

Importante frisar a redução adotada também ao final de novembro (24/11) e mantida até 1° de dezembro, a partir de quando houve a retomada gradativa aos patamares originais. 

Problemas com a vazão

Em épocas passadas, como bem acompanha o Correio do Estado, o controle da vazão em Porto Primavera já trouxe prejuízo e revolta de produtores que chegaram a culpar a ONS pelas fazendas alagadas por mais de quatro meses em Batayporã no ano de 2023, por exemplo. 

Nessa ocasião, o problema começou com a abertura das comportas de Porto Primavera no dia 18 de janeiro de 2023, com a usina avisando a Defesa Civil de Batayporã da liberação de até 14,7 mil metros cúbicos de água por segundo. 

Sendo a maior vazão desde o começo do período chuvoso, as águas se somaram ainda à liberação dos cerca de 3 mil metros cúbicos por segundo do Rio Paranapanema, juntando em torno de 18 mil metros cúbicos por segundo. 

Na linha cronológica em 2023, o problema dos alagamentos começou no final de janeiro, indo até o mês de abril diante do fechamento das comportas em 31 de março. 

Quando a água já havia recuado, saindo de boa parte dos nove mil hectares alagados, as comportas foram reabertas na terceira semana de abril, com vazão máxima de dez mil metros cúbicos.

Depois, o aumento da vazão para até 13 mil metros cúbicos chegou a alcançar 14,7 mil m³, sendo que antes disso o volume anterior já havia sido responsável por invadir casas de moradores locais pela terceira vez no ano. 

Estimativas da Defesa Civil de Batayporã à época apontaram que pelo menos sete mil animais tiveram de ser remanejados na região por causa do mesmo problema. E, mesmo depois que a água baixar, são necessários de dois a três meses para que o pasto cresça e esteja em condições para alimentar os rebanhos. 

 

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