Um dos maiores símbolos da Guerra Fria - onde o mundo estava dividido entre o capitalismo americano e o socialismo soviético, o Muro de Berlim, ou Berliner Mauer, em alemão, foi 'derrubado' há quase 24 anos atrás, mas ainda guarda uma atmosfera de reflexão.
Uma pequena parte dele ainda está de pé. São cerca de dois quilômetros de extensão onde foi construído um memorial a céu aberto, que contém imagens e informações sobre sua história. Conforme os registros, na verdade, havia dois muros, paralelos entre si. Entre eles um trecho em que era praticamente impossível de atravessar com minas, arame farpado e soldados a postos prontos para atirar em quem ousasse tentar 'mudar' de lado.
Com este cenário de fundo, o memorial impressiona pelo silêncio. Mesmo com uma multidão de turistas, as fortes imagens de um dos períodos mais tristes da história recente da humanidade provocam sensações fortes, como se o visitante estivesse sentindo tudo aquilo que muitos sofreram na época. No chão, plaquetas com nomes de pessoas que tentaram atravessar o muro e acabaram presas ou até mortas. Em outro trecho há uma parede com a foto e/ou nome de todas as 136 vítimas do muro, em ordem cronológica.
Ainda nos tempos atuais, percorrendo as ruas de Berlim, a presença do muro, mesmo que com significado apenas histórico, é percebida. Por toda a cidade, mesmo em locais onde a barreira física não existe, há algum indício de que, um dia, aquele lugar estava dividido. Seja por paralelepípedos no chão, marcações na rua ou até alguns pedaços 'perdidos', a cidade continua 'dividida' em leste e oeste, apesar de os alemães não denominarem desta forma as zonas da cidade. Apesar do respeito à história, Berlim foi reerguida e é um excelente destino para quem quer conhecer um pouco mais da cultura deste receptivo povo.


