Cidades

Visse!

Nordestino, a união da boa prosa com o humor

Nordestino, a união da boa prosa com o humor

MICHELLE ROSSI

28/08/2011 - 00h01
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Entrevistar um nordestino é como falar com alguém que se conhece há muito tempo. Eles são descontraídos, dizem o que vêm à cabeça, e logo no primeiro encontro, te chamam para uma visita para assim prosear um pouco mais. O sotaque ajuda na construção dessa imagem de "gente boa" do nordestino. O ritmo da fala é simpático e bem-humorado, bastante convidativo para estender o bate-papo, visse!

Em Campo Grande, eles não são muitos, mas fazem a diferença – os últimos dados do IBGE, do ano 2.000, que mostra a população dividida por regiões, aponta número aproximado de 30 mil pessoas vindas dessa região do país para a cidade. Alguns deles chegaram a criar um Centro de Tradições Nordestinas (CTN), a exemplo do que acontece com os gaúchos que mantém um ativo CTG, mas o modelo acabou não dando certo para reunir o grupo de migrantes do Nordeste que fixaram residência na Capital. Alternativas foram criadas para ser ponto de encontro, entre elas, a Casa do Forró que funcionou por muito tempo nos altos da Avenida Coronel Antonino, mas fechou as portas há pouco mais de seis meses.

Outra forma de reunião dessa turma teve bastante quórum, mesmo que inusitado: o Clube dos Cornos. Criado no Nordeste para ser ponto de encontro de pessoas com problemas de infidelidade do parceiro, acabou assumindo formato irreverente e tornou-se local de descontração e desmistificação da violência. Em Campo Grande, ele foi fundado por baianos e chegou a receber entre 2005 e 2009 – período em que funcionou – 500 filiados, que tinham inclusive carteirinha de associado.

Mas, hoje, com a extinção desses pontos de encontro, o local mais seguro para encontrar uma comida nordestina – mas, sobretudo, pessoas daquela região, é a Tapiocaria Pernambuco. Apresentações culturais, principalmente com músicos que tocam forró, ainda são atrações do local.

Jeito de cidade grande, mas com ar interiorano

Convidado para trabalhar em uma concessionária de motocicletas na Capital, o pernambucano Romero Bastos, 46, não pensou duas vezes. Trocou Recife (PE) por Campo Grande num piscar de olhos. "Mesmo com esse jeito de cidade grande, ainda temos por aqui aquele ar interiorano", compara o pernambucano radicado na capital sul-mato-grossense há 8 anos

No entanto, o responsável por trazer Romero para a cidade faleceu em um encontro de motocicletas dois anos depois de ele ter se estabelecido por aqui. Além da perda do amigo, Romero ainda ficou sem emprego. "A concessionária foi vendida para um grupo em São Paulo. Trocaram todo mundo, da copeira ao gerente", lembra-se.

Desempregado, Romero teve de vender o carro para sobreviver por alguns meses na cidade. Casado e com três filhos, o pernambucano procurou, procurou, mas não encontrou modo de subsistência. Foi no momento de crise que apareceu a ideia. "Minha mulher e eu decidimos montar uma tapiocaria porque não há muitos lugares especializados nisso por aqui", relatou.

Nenhum dos dois havia trabalhado como cozinheiro profissional antes do negócio. Mesmo assim, a tapiocaria foi montada pelo casal há seis anos, e hoje é um sucesso entre os nordestinos radicados na cidade e pessoas que gostam da culinária típica e ainda representações artísticas da região. "Organizamos com frequência noites regadas à forro com a banda Caburé Suado, que é um trio de músicos nordestinos", descreve.

Tapioca com dezenas de recheios, buchada de bode, sarapatel e caranguejada são pratos típicos oferecidos pela tapiocaria. "Ainda temos uma cachaça vinda diretamente do Nordeste para acompanhar", lembra Romero. A Tapiocaria Pernambuco está localizada na Rua José Paes de Farias, 77, Vila Jacy. Horário de funcionamento: das 18h às 23h, de terça-feira à sábado.

 

Cidades

Portaria autoriza IBGE a contratar 39 mil temporários para Censo Agro e de população nas ruas

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado

18/12/2025 19h00

Agentes do IBGE em MS

Agentes do IBGE em MS FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) E O Ministério do Planejamento e Orçamento informaram a autorização de contratação temporária de 39.108 trabalhadores para atuarem no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na realização do Censo Agropecuário e do Censo da População em Situação de Rua. A Portaria Conjunta MGI/MPO Nº 90 liberando as admissões foi publicada na quarta-feira, 17.

"As contratações têm como objetivo viabilizar a operacionalização dos levantamentos censitários, que envolvem desde o planejamento técnico até a coleta, supervisão e processamento das informações em todo o território nacional. Os contratos serão firmados nos termos da Lei nº 8.745, de 1993", informou o MGI, em nota à imprensa.

A seleção e ingresso dos trabalhadores temporários ocorrerá através de processo seletivo simplificado, observando as políticas de reserva de vagas previstas em lei e assegurando que "todas as etapas do certame estejam alinhadas à efetividade das ações afirmativas".

A portaria determina que o IBGE defina a remuneração das vagas, "respeitando os critérios legais relacionados à relevância e à complexidade das funções".

O edital de abertura das inscrições para o processo seletivo simplificado será publicado em até seis meses, "contados a partir da publicação do ato normativo".

O IBGE ainda aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027.

O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País.

No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual sejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial.

 

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

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