Cidades

RANCHO ALEGRE

"Nos sentimos abandonados aqui", relatam moradores sobre falta de estrutura em bairro

Com esperança, moradores pedem mais qualidade de vida

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“Abandono total”. Essa é uma das frases que mais se destaca nos relatos de moradores do Loteamento Rancho Alegre, na região sul de Campo Grande. O bairro, tem atualmente quatro setores, mas pouca estrutura e na visão de cada família encontrada pelas ruas do bairro, não há boa perspectiva de crescimento e investimento público e a cada ano que passa a qualidade de vida fica cada vez mais longe. 

O pedido de mais obras vem de anos, segundo a moradora e presidente do bairro Aparecida Pinheiro que deu um breve panorama com o que famílias vivem hoje. “Aqui temos muitos problemas e nenhuma solução, problemas que vão desde muito lixo até a insegurança mesmo durante o dia”, disse. 

A reportagem percorreu as ruas do Rancho Alegre e o cenário é bastante preocupante.  Começando pela Avenida Afluente, não há asfalto e com grandes picos de chuva, valas se formaram em meio a rua sem cascalhamento há mais de dois anos e nem ônibus passam no local, mesmo com um ponto instalado. “Aqui dizem que não tem previsão de asfalto e vivemos andando na terra, ou na lama, os carros passam com dificuldade, já teve vários acidentes durante a noite porque poucas ruas aqui tem asfalto e os ônibus ficam presos se passam nesses buracos”, disse a moradora Carina Batista, de 33 anos.

Sobre a falta de estrutura no bairro, principalmente ao que se dá pela falta de asfalto, o Correio do Estado entrou em contato por telefone com o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) Rudi Fiorese, para saber se há futuramente obras previstas para o loteamento, mas as ligações não foram atendidas. 

A reportagem também entrou em contato com a administração da Prefeitura Municipal de Campo Grande, que informou que "depende da captação de recursos junto ao Governo Federal para iniciar novos investimentos em infraestrutura na região", diz a nota.   Executivo Municipal se ele foi descartado em área pública, e não há como identificar o autor do descarte, o mesmo será recolhido pela Sisep que realiza a limpeza das áreas públicas e logradouro.

LIXO TOMOU CONTA 

Outra reclamação que causa preocupação dos moradores na questão sanitária é a frequência do descarte de lixo na região que contém uma reserva ambiental entre as ruas Flora do Pantanal e da Fauna. “Eu moro em frente a reserva e o problema do lixo é grande. Jogam ali a noite, sofás, colchões, animais mortos e muitos queimam seus lixos ali mesmo”, contou a autônoma Rosângela Cunha, de 35 anos.

O Executivo Municipal informou que se o lixo foi descartado em área pública, e não há como identificar o autor do descarte, o mesmo será recolhido pela Sisep que realiza a limpeza das áreas públicas e logradouro. "Lembramos ainda, que a Semadur irá encaminhar fiscalização até o local para verificar a denúncia de descarte irregular e tentar identificar o autor", diz o comunicado.

Já no caso onde o cidadão for flagrado realizando o descarte irregular de resíduos pelas forças policiais, o mesmo responderá por crime ambiental e caso flagrado por um agente fiscal da Semadur será Autuado, via processo administrativo, de acordo com o Código de Polícia Administrativa, Lei 2909/92, do município de Campo Grande. A multa neste caso varia entre R$ 2.414,50 e 9.658,00.

Além de lixo, esgoto a céu aberto na Avenida Rancho Alegre tira o sono dos moradores. Segundo a presidente do bairro, desde o ínicio de maio, ‘estourou’ o esgoto sanitário da região e além de muita água jorrando, o mau cheiro toma conta das casas ao lado. “Isso acontece sempre que chove forte, a gente já entrou em contato com a Águas, mas nem deram uma resposta”, contou. 

Com mais questionamentos, o Correio do Estado entrou em contato com a concessionária responsável Águas Guariroba e em nota informou que uma equipe seria enviada ao local ainda hoje para verificar o problema na região.

INSEGURANÇA

Além do descarte, outro problema ligado a reserva parece o pior de todos: a insegurança 24 horas na região. Segundo as moradoras, assaltantes e até usuários de drogas se escondem dentro da mata para observar as residências. “È chegar em casa e encontrar vazia, até muros eles quebram para entrar”, disse a moradora sobre grandes índices de assaltos até mesmo a luz do dia. 

“A gente sente medo porque vai reclamar para quem? nós ligamos sempre para polícia, mas ela não vem”, contou outra moradora que não quis revelar o nome. Há relatos de tiros durante a noite, festas que vão até o amanhecer com música alta e aglomerações mesmo durante a pandemia do novo coronavírus que pede o isolamento social das pessoas.

O Correio do Estado entrou em contato com a Guarda Civil Metropolitana que faz o patrulhamento dos bairros sobre os índices de violência na região, que em nota informou que vai intensificar as rondas no bairro e denuncias podem ser feitas através do telefone 153.

Mesmo em meio a tantos problemas relacionados a falta de estrutura, a população espera que após a pandemia do novo coronavírus, a situação melhore e pedem que o poder público volte os olhares para o bairro que nem sequer tem uma praça pública ou escola. 

Para usufruir da estrutura, os moradores precisam ir nos bairros vizinhos como o Portal Caiobá e Santa Emília. “Não temos escolas, não temos agentes de saúde, postos de saúde só nos bairros vizinhos, é um abandono total, enquanto isso, nossos impostos precisam ser pagos em dia, mas não tem estrutura quando a gente precisa”, finalizou a moradora Carina Batista. 

Sobre os agentes de saúde, a prefeitura disse que região do loteamento Rancho Alegre é atendida pela Clínica da Família do Portal Caiobá e que há apenas uma microárea que está momentaneamente descoberta no Rancho Alegre I, pois a servidora está de licença maternidade. "Tão logo a servidora retorne será normalizado. Enquanto isso, está havendo uma organização para atender os moradores da localidade", informou. 

MATO GROSSO DO SUL

'Cabeça' do tráfico no interior, "Grego" é preso por policiais do Denar

Mandado de prisão foi cumprido contra homem apontado como líder da organização criminosa, há aproximadamente um ano sob a mira de investigações

20/12/2025 13h01

"Grego" foi preso longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital, em Três Lagoas Reprodução/PCMS

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Durante cumprimento de mandado de prisão nesta última sexta-feira (19), policiais da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) prenderam um indivíduo popularmente conhecido como "Grego", identificado como o "cabeça" em um esquema de tráfico de drogas no interior de Mato Grosso do Sul, longe aproximadamente 237 quilômetros da Capital. 

Em Três Lagoas, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, o mandado de prisão foi cumprido contra o homem apontado como líder da organização criminosa, que está sob a mira de investigações há aproximadamente um ano. 

Essas apurações, ainda segundo a PCMS, identificaram uma verdadeira "teia" criminosa que atuava por diversos municípios sul-mato-grossenses, agindo desde o transporte até a distribuição das substâncias entorpecentes. 

Esquema no interior

Informações repassadas pela Denar detalham os levantamentos da Delegacia, que indentificou um transporte do tráfico que começava na região do fronteira da Bolívia, na "Cidade Branca" de Corumbá. 

A partir do "coração do Pantanal", as substâncias eram distribuídas e abasteciam desde Ribas Rio Pardo, Inocência e Três Lagoas, chegando até mesmo à "Cidade Morena" Capital do MS, tudo através de "rotas previamente definidas e com divisão de tarefas entre os integrantes do grupo", explica a PCMS em nota. 

Além disso, segundo apurado nas investigações, até mesmo casas de prostituições serviriam como pontos usados pelo grupo, servindo especialmente como espaços para a comercialização dos entorpecentes, mas também para movimentar os valores ilícitos e dificultar o restreamento do dinheiro movimentado pela quadrilha. 

Com as investigações a autoridade policial pÔde representar pela prisão preventiva de "Grego", o que foi deferido pelo Poder Judiciário, para posterior monitoramento prévio realizado pelos agentes policiais em Três Lagoas. 

Como esse investigado cumpria uma pena em regime aberto, os policiais identificaram que ele não estaria residindo nos endereços cadastrados e, após a confirmação da sua localização o homem pôde ser preso preventivamente. 

"Cabeças caindo"

Essa, vale lembrar, não é a primeira vez neste ano que forças de segurança pública sul-mato-grossenses "derrubam" indivíduos identificados como "cabeças" em esquemas criminosos. 

Ainda em agosto as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PC, PM e PRF), junto da  Coordenadoria de Perícias e Grupo Aéreo, prenderam Melquisedeque da Silva no município de Sonora, a 360 quilômetros de Campo Grande. 

Investigações identificaram esse homem como o então atual líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município, envolvido em um caso recente de homicídio na cidade de Coxim.

Já no começo desse mês, agentes da Polícia Federal prenderam em Três Lagoas um portugês foragido do País lusitano, incluído inclusive na difusão vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), "condenado por estar envolvido em uma rede transnacional de distribuição de entorpecentes", segundo a PF. 

Além disso, há cerca de dez dias a Operação "Casa Bomba II" também prendeu chefes de organização criminosa, em uma ação que envolveu helicóptero, o batalhão de choque e o Canil.

Foram cumpridos dois mandados de prisão para os chefes da organização, e outras quatro pessoas foram conduzidas à Delegacia de Maracaju por estarem com porções fracionadas da ‘mercadoria’.

 

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SAÚDE

Mato Grosso do Sul tem três casos confirmados da gripe K

Casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1)

20/12/2025 12h00

UPA Tiradentes em Campo Grande

UPA Tiradentes em Campo Grande MARCELO VICTOR

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Ministério da Saúde confirmou três casos da gripe K, nesta sexta-feira (19), em Mato Grosso do Sul.

O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MS) identificou a presença do vírus e enviou a amostra para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (SP), onde positivou para o subclado K da Influenza A (H3N2).

Os casos foram confirmados em Campo Grande (1), Nioaque (1) e Ponta Porã (1). Os infectados são:

  • bebê de cinco meses, do sexo feminino
  • mulher de 73 anos
  • homem de 77 anos

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS), dois pacientes não apresentavam comorbidades, enquanto um possuía histórico de hipertensão e diabetes.

Apenas um dos casos evoluiu para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com necessidade de internação hospitalar. Atualmente, todos já estão bem, já se recuperaram e estão em casa.

Os três pacientes não possuem registro de viagem internacional, contato com viajantes ou relato de deslocamento para outros estados.

Até o momento, quatro casos foram confirmados no Brasil, sendo três em MS e um no Pará. Após a confirmação, a SES-MS emitiu alerta epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do Estado.

Veja a nota compartilhada pelo Ministério da Saúde:

"Ministério da Saúde intensificou as ações de vigilância da Influenza A (H3N2), em especial do subclado K, que, na América do Norte, tem sido mais frequente em países como Estados Unidos e Canadá. A medida ocorre em resposta ao alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), que aponta aumento de casos e de internações por gripe em países do hemisfério norte associados a esse vírus, incluindo países da Europa e da Ásia.

No Brasil, até o momento, foram identificados quatro casos do subclado K: um importado, no Pará, associado a viagem internacional, e três no Mato Grosso do Sul, que seguem em investigação para confirmação da origem. A amostra do caso do Pará foi analisada pela Fiocruz/RJ, laboratório de referência nacional, enquanto as amostras do Mato Grosso do Sul foram processadas pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Nas duas situações, os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) dos respectivos estados identificaram a presença do vírus e enviaram para os laboratórios de referência nacional para sequenciamento, conforme os protocolos da vigilância".

Veja a nota compartilhada pela SES-MS:

"A SES (Secretaria de Estado de Saúde) informa que, considerando a Nota do Ministério da Saúde e o Alerta Epidemiológico emitido pelo Estado, foram detectadas três amostras do subclado K da Influenza A (H3N2) em Mato Grosso do Sul. Ressalta-se que não se tratam de casos suspeitos, uma vez que todos já foram confirmados laboratorialmente por meio de vigilância genômica. As amostras foram inicialmente processadas pelo Lacen/MS (Laboratório Central de Saúde Pública), que identificou a presença do vírus Influenza A. Conforme os protocolos estabelecidos pela vigilância em saúde, as amostras biológicas foram encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz (SP), laboratório de referência nacional, onde foi realizado o sequenciamento genético que permitiu a identificação do subclado K, uma variante do vírus Influenza A (H3N2).

Quanto à existência de casos suspeitos no estado, a SES esclarece que não é possível afirmar com precisão, uma vez que a Influenza A (H3N2) é um vírus que já circula regularmente. Pessoas com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave podem estar infectadas por diferentes vírus respiratórios, como Influenza A (H1N1 ou H3N2), Influenza B, covid-19 ou outros agentes. A identificação do subclado ou da variante do vírus somente é possível por meio do sequenciamento genético, realizado no âmbito da vigilância laboratorial. Diante da confirmação dos casos, a SES, por meio da Coordenadoria de Emergências em Saúde Pública, emitiu Alerta Epidemiológico direcionado aos serviços e profissionais de saúde dos 79 municípios do estado".

GRIPE K

Gripe K é uma variação genética da Influenza A (H3N2) e não se trata de um vírus novo.

As vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protegem contra formas graves de gripe, inclusive as causadas pelo subclado K.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o subclado K tem apresentado crescimento acelerado na Europa e Ásia.

Os sintomas são os mesmos de uma gripe comum:

  • febre
  • dor no corpo
  • dor de cabeça
  • dor de garganta
  • tosse
  • cansaço
  • falta de ar

As principais formas de evitar a doença são:

  • vacinação
  • ventilação de ambientes
  • uso de álcool gel
  • higienização das mãos
  • uso de máscara para pessoas infectadas

Até o momento, não há indícios de gravidade ou alarmismo. 

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