Cidades

CAMPO GRANDE

Nove obras estão paradas por atraso no repasse de verbas da União

Nove obras estão paradas por atraso no repasse de verbas da União

MILENA CRESTANI

11/01/2012 - 00h02
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"Não temos condições de dar continuidade a todas essas obras se os recursos que já haviam sido garantidos pelo governo federal não forem repassados. Todas as obras já passaram por todos os trâmites burocráticos e estão com o cronograma comprometido por conta dos atrasos", afirmou Rodrigo Aquino. O mesmo problema acontece com a pavimentação e drenagem dos bairros Cidade Morena, Nashville e Jardim Aero Rancho.

Todas as obras já começaram, mas os recursos do governo federal estão atrasados e os investimentos já foram além da quantia repassada pela União. No Cidade Morena, por exemplo, a obra custará R$ 1,3 milhão, mas a prefeitura recebeu R$ 420 mil até agora. Já no Nashville foram executados R$ 270 mil, mas a prefeitura só recebeu por 71% da quantia de asfalto feita no local e ainda espera por mais 1,6 milhão.

Outra obra de pavimentação nesta situação é do Aero Rancho, onde a prefeitura executou R$ 289 mil, mas a União só enviou R$ 197, e do Jardim Columbia, onde faltam R$ 1,8 milhão. Há ainda R$ 3,2 milhões para o Hospital do Trauma que ainda não chegaram aos cofres públicos municipais.

 Mais obras

No setor de turismo os repasses também estão emperrados em Brasília (DF). As obras de melhoria da infraestrutura da Morada dos Baís, localizada na Avenida Afonso Pena, já iniciaram, mas o governo federal ainda não repassou os R$ 97,5 mil necessários.

Várias ruas de Campo Grande também começaram a receber sinalização turística, no entanto a garantia era de que os repasses chegariam a R$ 487 mil. O investimento já alcançou R$ 150 mil, mas a União repassou menos de R$ 9 mil.

Outra obra atrasada é da Praça da Juventude, localizada no Jardim Batistão, que está orçada em R$ 975 mil, mas até agora nada foi repassado.

 

Abandono deixa buracos e entulhos no Panorama

No Jardim Panorama - bairro localizado na região leste de Campo Grande e que todos os anos é castigado pelas chuvas - as obras foram abandonadas e estão causando transtornos aos moradores. Em pelo menos três ruas, crateras estão abertas há mais de quatro meses por conta das obras de drenagem e colocam em risco motoristas e crianças que circulam pelas vias.

Na Rua Bacaxiri o asfalto já está pronto, mas na esquina com a Rua Londrina ficam evidentes os prejuízos causados por conta da paralisação dos serviços. Um buraco foi aberto no asfalto novo e prejudica a passagem de veículos. A tubulação está visível e em outros pontos já é possível ver danos no asfalto, que nem chegou a ser inaugurado.

Fernando Lima Nunes, 30 anos, que mora bem em frente ao local onde o buraco foi aberto, disse que dias após o asfalto ficar pronto já começaram algumas avarias. "Por conta da chuva o asfalto começou a levantar próximo a calçada. Houve algum problema na tubulação e eles tiveram que abrir esse buracão", afirmou.

Já os moradores da Rua Londrina foram prejudicados com o atraso no repasse de verbas e esperam pelo asfalto. A marcação na rua já tinha sido feita, mas foi tomada por terra e entulho que foi jogado no local. O motorista Alisson Xavier, 31 anos, foi um dos mais prejudicados. Ele conta que a empreiteira fez uma barreira com terra para impedir que a água da chuva levasse barro e pedras para o asfalto novo. No entanto, a água ficou acumulada bem em frente ao imóvel. "Fica difícil até sair de casa. Tive que fazer uma valeta para que a água não inundasse tudo".

Outro buraco fica quase em frente a casa da costureira Adelina Albuquerque, na Rua Cleriston de Andrade. Ela já sofreu prejuízos com as enchentes e reclama da rua estar parcialmente interditada. "Meu marido tem dificuldade na hora de manobrar o carro e entrar na garagem, além disso minhas clientes ficam sem muita opção de lugar para estacionar".

Melhorias

 Apesar dos atrasos e das cenas de abandono algumas mudanças podem ser notadas no Jardim Panorama. A Rua Tibagi, onde havia uma enorme cratera formada por conta das chuvas, está praticamente toda pavimentada. No local, os moradores enfrentavam até dificuldades para entrar em casa por conta do buraco.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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