Cidades

DECRETO

Novo decreto libera funcionamento de atividades não essenciais a partir de segunda-feira

Eventos com mais de 50 pessoas seguem proibidos em todo o Estado, por tempo indeterminado e o comércio deve respeitar protocolos de biossegurança

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O Governo do Estado publicou em edição extra do Diário Oficial desta quarta-feira (31), determinações de flexibilização das medidas restritivas contra a Covid-19 a partir de segunda-feira (5). . Além disso, foram estabelecidos três horários para o toque de recolher, conforme a bandeira do Prosseguir.

Após quase duas semanas de medidas mais restritivas, com fechamento de atividades não-essenciais, Campo Grande passou do grau extremo para o alto de contaminação da Covid-19, saindo para bandeira cinza para a vermelha.

Conforme o decreto, seguem proibidos eventos, reuniões e festividades em clubes, salões, centros esportivos e afins, com participação de mais de 50 pessoas. O comércio em geral pode reabrir as portas, mas com limitação de atendimento ao público de, no máximo, 50% da sua capacidade instalada com distanciamento de 1,5m e medidas de biossegurança. 

Cidades com bandeira cinza (alto risco de contaminação pelo novo coronavírus) devem obedecer toque de recolher das 20h às 5h. Na bandeira vermelha, a restrição é das 21h às 5h. E para municípios na bandeira laranja, das 22h às 5h.

Últimas notícias

Estão livres do toque de recolher trabalhadores da saúde, transporte, aos serviços de fornecimento de alimentos e medicamentos por meio de delivery, às farmácias ou drogarias, às funerárias, postos de combustíveis, indústrias, restaurantes localizados em rodovias e hotéis.

De acordo com as medidas, fica suspensa a realização de cirurgias eletivas pelos hospitais da rede pública estadual e pela rede contratualizada e as cidades que têm sistema de transporte coletivo podem manter o serviço funcionando em até uma hora após o toque de recolher.

A fiscalização será realizada pelos órgãos do Estado, especialmente pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por intermédio da Polícia Militar Estadual, do Corpo de Bombeiros Militar Estadual e da Polícia Civil, e pela Vigilância Sanitária Estadual, podendo contar com a cooperação das Guardas Municipais e das Vigilâncias Sanitárias Municipais. 

As atividades não essenciais estão com o funcionamento suspenso no estado desde o dia 26 de março, quando começou a vigorar o decreto que vence neste domingo (4).

PROSSEGUIR 

Conforme boletim do Programa de Saúde e Segurança da Economia (Prosseguir) divulgado nesta quarta-feira, apenas Sidrolândia se encontra no grau extremo no Estado.

De acordo com o secretário de Governo e Relações Institucionais, Sério Murilo, as medidas serão decretadas levando em consideração a classificação de cada município.

"Essas bandeiras, a gente vai a partir do dia 5, balizar a flexibilização do período que o município ficará inativo, sem funcionar algumas atividades", explicou.

Conforme o mapa situacional do Prosseguir, além de Sidrolândia, que está no grau extremo, Mato Grosso do Sul tem 51 municípios no grau alto (bandeira vermelha), 21 em grau médio (laranja) e dois em grau em tolerável (amarela).

Nenhuma cidade se encontra no grau baixo, classificado como bandeira verde.

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Antônio João

Desabamento de telhado de varanda mata adolescente de 14 anos

O acidente ocorreu na manhã desta quarta-feira (27). Equipes da Polícia Civil foram acionadas, e o caso será investigado.

27/11/2024 14h30

Imagem/ Ilustração

Imagem/ Ilustração Fotos: Polícia Civil de MS

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Luan Maciel Vega, de 14 anos, morreu na manhã desta quarta-feira (27) após uma cobertura do telhado de uma residência desabar sobre ele. O acidente ocorreu na rua Dr. Wilmar Martinês Marques, no município de Antônio João, a 280 quilômetros de Campo Grande.

Segundo informações apuradas pela reportagem, o adolescente estava na varanda quando o teto desabou. 

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas ao local. A Polícia Civil também esteve na residência e irá apurar as denúncias do acidente.

Pelas redes sociais, a prefeitura de Antônio João publicou uma nota de despedida, destacando que Luan Maciel era um exemplo de superação.

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Além da Polícia Civil, a Perícia Técnica também foi acionada, e o caso será investigado pelas autoridades do município.

 

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Cidades

Com caos na saúde, MPE instaura série de investigações em Campo Grande

Entre as irregularidades estão demora no atendimento e na transferência de pacientes, além da falta de médicos e medicamentos na rede pública de saúde

27/11/2024 14h00

Com caos na saúde, MPE instaura série de investigações em Campo Grande

Com caos na saúde, MPE instaura série de investigações em Campo Grande MPMS

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Com o objetivo de dar fim ao caos na saúde em Campo Grande, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), instaurou quatro inquéritos que identificaram irregularidades na prestação dos serviços de saúde pública.

De acordo com o primeiro inquérito, aberto pela 76ª Promotoria de Justiça da Saúde da comarca de Campo Grande, deverá ser apurado a regularidade na prestação do serviço de saúde pública no CRS Tiradentes, especialmente a demora no atendimento e possível descumprimento dos plantões por parte dos médicos e enfermeiros da Unidade

Já o outro, deverá tratar das medidas que serão adotadas pelos Gestores para viabilizar a transferência imediata de pacientes internados em Unidades de Pronto Atendimento e Centros Regionais de Saúde de Campo Grande/MS, cujos leitos hospitalares já tenham sido autorizados pelos hospitais via regulação e evitar que pacientes permaneçam nessas unidades por vários dias no aguardo de transporte adequado.

Conforme informações, alguns pacientes aguardam até seis dias pela transferência, sendo que o prazo limite é de 24 horas.

Os outros dois inquéritos tratam da falta de medicamentos da Rede Municipal de Saúde na Capital e a ausência de médicos especialistas em cabeça e pescoço no Hospital do Câncer Alfredo Abrão, que pode impactar na indisponibilidade de agenda para atendimento de pacientes oncológicos.

Decisões

No dia 27 de novembro, o MPMS decretou duas decisões, as quais atendem pedidos de liminar apresentados pelo Ministério Público deMato Grosso do Sul (MPMS), que identificou demandas reprimidas por atendimento nas especialidades médicas de cirurgias plásticas reparadoras e oftalmológicas em MS.

De acordo com as decisões, no prazo de seis meses, tanto o Governo do Estado quanto o município de Campo Grande deverão apresentar planos concretos de ação, com metas e cronograma definidos para a redução das filas de espera, sob pena de multa diária de R$ 10 mil no caso de descumprimento, e responsabilização dos gestores públicos por improbidade administrativa, litigância de má-fé e crime de desobediência. 

Conforme apurado pelo MPMS, as consultas e procedimentos estavam previstas para serem incluídas no Programa de Redução de Filas de Procedimentos Eletivos do Governo do Estado, o "Mais Saúde, Menos Fila", lançado em maio de 2023, entretanto, desde que foi lançado, não houve diminuição de espera pelos pacientes.

Cirurgias reparadoras

Ao todo são 2.295 pacientes na fila de espera da Capital. A solicitação mais antiga foi inserida no sistema de regulação da prefeitura no dia 8 de novembro de 2017, ou seja, há quase sete anos. Há, ainda, 15 solicitações datadas de 2019, ou seja, há quase cinco anos, e as demais datam de 2020 até 2023.

É importante ressaltar que cerca de cinco unidades de saúde estão cadastradas no sistema de regulação para realização de consultas em cirurgia plástica geral, mas não existem médicos especialistas lotados no quadro de servidores. 

Desta forma, o serviço precisa ser contratualizado com a rede externa, corroborando "a necessidade de aprimoramento dos processos de contratualização, avaliação, controle e regulação dos serviços assistenciais, como também da adequação da rede estadual nesta linha de cuidado", subscreveu a Promotoria.

Oftalmologia

Já no setor oftalmológico são 11.750 pacientes que aguardam por diferentes especialidades: 

  • Catarata 4.752 pacientes
  • Córnea 220 pacientes
  • Estrabismo 786 pacientes
  • Oftalmologia pediátrica 977 pacientes
  • Plástica ocular 1.075 pacientes
  • Pterígio 1.539 pacientes
  • Retina geral 2.222 pacientes

A primeira solicitação foi inserida no sistema de regulação no dia 17 de novembro de 2016, ou seja, há oito anos. No inquérito, a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau) informou que apenas sete médicos oftalmologistas estão lotados na rede pública municipal de saúde, quantitativo considerado insuficiente para atender à demanda por consultas na especialidade, inclusive a reprimida.

Segundo a Promotoria, foram destinados R$45 milhões do Governo do Estado para que fosse possível a ampliação do acesso aos procedimentos cirúrgicos eletivos e exames do programa "Mais Saúde, Menos Fila".

Já o valor programado para a execução das cirurgias eletivas foi de R$15,9 milhões para o Estado, em diversas especialidades entre: 

  • Oftalmologia
  • Otorrinolaringologia
  • Cirurgia vascular
  • Cirurgia geral
  • Ortopedia
  • Cirurgias reparadoras preventivas de bullying voltadas para pré-adolescentes e jovens em idade escolar
  • Realização de exames diagnósticos.

Ressonância Magnética

Uma terceira decisão judicial relacionada às filas na saúde pública de Campo Grande é resultado de um inquérito civil iniciado em 2019, que buscava soluções consensuais com gestores para reduzir a espera por exames. 

Segundo o levantamento, os procedimentos mais demandados incluem:

  • Ressonância magnética (13.356 pessoas na fila)
  • Radiografias simples (6.196)
  • Tomografias computadorizadas (2.921)
  • Ressonância magnética com sedação (1.389)
  • Eletroneuromiograma (1.145).  

O caso mais antigo registrado no sistema é de julho de 2018, referente a uma ressonância magnética. Já o pedido mais antigo para eletroneuromiograma é de 2020. Entre os pacientes, destaca-se o caso de um bebê de dois anos que aguarda há mais de um ano por uma ressonância de crânio para dar continuidade ao tratamento de encefalopatia crônica não evolutiva.  

Ainda segundo o processo, a demora no atendimento causa sofrimento físico e psicológico aos pacientes que aguardam diagnóstico ou tratamento, além de aumentar o risco de agravamento do quadro clínico.

O problema também gera um alto número de ações judiciais, acarretando custos elevados tanto para os cofres públicos quanto para o Judiciário, frequentemente acionado para garantir o direito fundamental à saúde.

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