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Novo edital da Rota da Celulose deve ser entregue hoje na Bolsa de Valores de SP

O projeto, revisado pelo Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) do governo do Estado, pode ter mudanças pontuais

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Após ajustes, o novo edital para o leilão da Rota da Celulose, em Mato Grosso do Sul, deve ser entregue hoje na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, onde vai a leilão em maio.

As mudanças no antigo edital foram realizadas porque nenhum player apresentou qualquer proposta em dezembro de 2024, quando o governo do Estado tentou, pela primeira vez, leiloar o pacote de rodovias em Mato Grosso do Sul.

O projeto é composto por cinco rodovias – trechos das BRs 262 e 267 e as estradas estaduais MS-040, MS-338 e MS-395, totalizando 870,3 km – e pretende conceder à iniciativa privada vias que estão localizadas na região leste de Mato Grosso do Sul e que passam por grandes fábricas do produto, além de serem caminhos para o estado de São Paulo.

De acordo com publicação no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem, as mudanças no edital foram aprovadas nesta terça-feira pelo Conselho Gestor de Parcerias (CGP) do Programa de Parcerias do Estado de Mato Grosso do Sul (Prop-MS), presidido pela titular do Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE), Eliane Detoni.

Na publicação, consta que as alterações centrais da modelagem técnica do projeto estão nos principais investimentos, nos contornos urbanos, nos valores de capex/opex, na duplicação de trechos rodoviários, nas marginais no trecho urbano de Campo Grande, nas edificações operacionais, nos veículos e sistemas, no sistema de cobrança de pedágio, na localização dos pórticos de pedágio, na projeção de tráfego e receita e no comparativo financeiro.

Em entrevistas ao longo de dezembro passado e neste mês, o governador Eduardo Riedel (PSDB) e o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, afirmaram que as alterações não devem reduzir a quantidade de obras a serem realizadas nas estradas.

A informação inicial era de que as mudanças seriam no cronograma de execução das obras, que deve ficar mais “suave”, para que grandes investimentos não sejam feitos nos primeiros anos de contrato.

Reportagem do Correio do Estado havia mostrado que, no cronograma apresentado anteriormente pelo EPE, estavam previstas para o segundo ano de contrato obras em viadutos e o início da duplicação de 104,94 km (dos 129,93 km totais) da BR-262.

Também estava incluído nesse período a construção de 69,41 km de terceiras faixas e de 433,32 km de acostamentos nas BRs 262 e 267, na MS-040, na MS-338 e na MS-395.

PRIMEIRO EDITAL

A previsão no estudo de concessão que foi apresentado na B3 no ano passado era de que fossem investidos pela empresa vencedora do leilão o total de R$ 8,8 bilhões nas cinco rodovias ao longo de 30 anos 
de concessão – esse valor, porém, pode ser alterado.

No edital anterior, do total de 870,3 km, estavam previstos que 116 km seriam duplicados, incluindo o trecho entre Campo Grande e a fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo.

Além disso, 457 km teriam acostamento e 251 km receberiam terceira faixa. Ainda conforme o edital inicial, os investimentos – da ordem de quase R$ 9 bilhões – teriam de ser concluídos em 24 anos e a concessão seria válida por 30 anos.

A obra mais demorada, segundo o cronograma apresentado em dezembro, seria a implantação da terceira faixa na MS-040, que tinha o prazo para ser concluída no 24º ano de contrato.

LEILÃO DESERTO

A Rota da Celulose seria leiloada no dia 6 de dezembro de 2024, porém, até o prazo final para a entrega das propostas, que ocorreu no dia 2 daquele mês, nenhum player se apresentou a tempo, resultando em uma iniciativa deserta.

Para o governo do Estado, entre as causas para essa situação estavam a grande oferta de rodovias que foram apresentadas ao mercado e também a taxa de juros alta na época.

Reportagem do Correio do Estado do ano passado mostrou que a Selic – a taxa de juros do Banco Central (BC) – subiu 1% em dezembro, atingindo 12,75% ao ano. Ontem, o Conselho Nacional de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a Selic em um ponto porcentual, para 13,25% ao ano.

O conjunto de rodovias de MS estava oferecendo às empresas interessadas uma taxa interna de retorno do investimento (TIR) de 10,37% ao ano, a qual foi calculada em abril do ano passado.

À época, o horizonte no médio prazo para os juros da economia brasileira era bem mais otimista, com a possibilidade de a taxa Selic voltar a ser de apenas um dígito (menos de 10%) já em 2026. Porém, a expectativa de redução na curva dos juros foi prorrogada por pelo menos mais um ano, para 2027.

SAIBA

Nesta terça-feira, o Ministério dos Transportes fez o lançamento de um pacote de rodovias a serem licitadas no Brasil, incluindo a Rota da Celulose, que tem a previsão de ser leiloada em maio, assim como a repactuação da BR-163 no Estado.

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Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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