Cidades

Desempenho

Novo JAC J2 tem vocação para grandes cidades; veja teste

Novo JAC J2 tem vocação para grandes cidades; veja teste

Terra

03/12/2012 - 01h00
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Enquanto aguarda a construção da fábrica que irá definir o futuro no Brasil, a JAC Motors apresentou o seu novo carro de entrada no País. Pequeno no comprimento, o J2, que tem preço inicial de R$ 30.990, surpreende no espaço interno, tem grande apelo ao design e vocação para rodar nos grandes centros urbanos.

O compacto chinês chama a atenção com grandes entradas de ar e faróis na frente - que fazem com que sobre pouco espaço para o capô levemente inclinado. Na lateral fortes linhas remetem o olhar até a traseira, onde o design do veículo realmente se destaca. Com lanternas traseiras grandes, a parte de trás é compacta, deixando apenas 121 l para o porta-malas, o suficiente para apenas duas ou, no máximo, três malas pequenas.

No interior, o J2 alterna adjetivos. Os bons ficam por conta do acabamento do painel onde ficam o rádio e os botões de ar, em plástico de qualidade, do revestimento utilizado nos bancos e encostos, e das saídas do ar-condicionado, que refrescam o carro por completo. Já o volante apresentou sobras nos encaixes e rebarbas, além de ser fino demais, o que prejudica a dirigibilidade. O material das maçanetas deixa a desejar e o porta-luvas não possui tampa. Já o velocímetro é bem visível para o motorista - mas apenas para ele - e o conta giros é difícil de enxergar.

Mesmo com apenas 3,5 m de comprimento e 2,4 m entre eixos, o espaço interno do J2 surpreende de maneira positiva. Com três pessoas a bordo, com cerca de 1,75 m cada, nenhuma passou aperto com o teto ou no espaço que tinha para os joelhos. Pela falta do terceiro de encosto de cabeça na parte de trás, o espaço fica confortável para até quatro pessoas.

O tanque de combustível de 35 l entrega que o carro não tem o intuito de realizar grandes viagens. Já o isolamento acústico do modelo funciona muito bem até cerca de 3 mil giros, depois o ronco do motor insiste em incomodar a conversa.

Desempenho
Rodando pela estrada que liga Salvador a Camaçari, na Bahia, o J2 se mostrou potente e confiável. O motor 1.4 l de 16 válvulas gera 180 cavalos de potência e faz com que o pequeno modelo chegue rápido ao limite dos 110 km/h da rodovia. A aceleração é auxiliada pelos 915 kg do modelo. Isso também faz com que os freios ABS segurem o ímpeto do carro. Já as curvas feitas próximas ao limite da rodovia mostraram que a estabilidade do modelo é boa.

Nos dois modelos testados pelo Terra, o encaixe do câmbio se mostrou suave, mas com pequena dificuldade para se engatar a primeira marcha. O acerto da embreagem também é bem baixo, por isso, é só o motorista desencostar o pé dela que o carro se move. A relação de marchas se mostrou um pouco longa, ou seja, o carro demora a "pedir" que elas sejam trocadas - uma relação menor tornaria o carro mais ágil no uso urbano. O tamanho do J2 e a direção elétrica do modelo facilitam a vida de quem pretende realizar uma baliza.

Com uma previsão de vendas de 8 mil unidades do J2 por ano, a JAC pretende estabilizar as vendas anuais de todos os modelos em 25 mil unidades, limitadas pelo regime Inovar-Auto, até a conclusão da fábrica da empresa em Camaçari, prevista para 2014, quando também será lançado o sucessor do J3.

Com isso, o J2 dificilmente dificultará a vida de Hyundai HB20, Chevrolet Onix, Toyota Etios e Volkswagen Gol e Nissan March (com preços iniciais na casa dos R$ 30 mil) e Fiat Uno e Ford Ka (que possuem preços de cerca de R$ 25 mil iniciais), mas poderá se tornar uma alternativa a eles, com direção elétrica, freios ABS, ar-condicionado, airbag duplo, trio elétrico e sensor de estacionamento de série.

Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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