Cidades

PANDEMIA

O que é 'fungo negro'? Saiba os sintomas e como se prevenir da infecção

Infectologista alerta que pacientes acometidos graves de Covid-19 tem um alto índice de letalidade

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Em meio a uma terceira onda de casos e óbitos pelo coronavírus, a mucormicose, conhecida como “fungo negro” tem preocupado as autoridades de saúde e é o novo temor associado à Covid-19, que se alastrou na Índia, com 9 mil infectados. 

 

Segundo dados do Hospital das Clínicas de São Paulo, a doença necrosa os tecidos da face e atinge nariz, olhos e podendo chegar ao cérebro, sendo necessário realizar complexas cirurgias para salvar o paciente e 50% deles não resistem às complicações.

Ao Correio do Estado, o infectologista André Barbosa explica que a infecção da mucormicose é comum no mundo todo, e os fungos podem ser encontrados facilmente em solos e adubos.

“A Índia vive atualmente um descontrole da pandemia, e agora tivemos muitas confirmações da infecção mucormicose, esse fungo já existia, não surgiu agora em meio a Covid-19. A mucormicose são fungos que vivem na natureza e estão presentes no solo”, apontou.

O especialista destaca que a infecção é considerada mais oportuna para quem contraiu o coronavírus ou aqueles que se recuperaram recentemente.

“Sabemos que o fungo oportunista, que ataca o trato respiratório e pessoas que já estão com alguma doença, com a pandemia, muitas pessoas foram infectadas pelo coronavírus e tiveram o sistema imunológico afetado, essa infecção não é contagiosa e não se espalha de pessoa para pessoa”, explicou. 

Últimas Notícias

Conforme o Ministério da Saúde, a doença está em investigação no Brasil, com casos suspeitos em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Manaus.

O primeiro caso suspeito do “fungo negro” no Estado foi notificado na última segunda-feira (31), em um homem de 71 anos, que teve o olho esquerdo atingido pela doença. O paciente estava internado, em tratamento da Covid, e morreu na quarta-feira (2).

O segundo caso suspeito no Estado foi notificado em Corumbá na tarde de ontem (3). Internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido ao agravamento da Covid-19, o homem de 50 anos tem hipertensão e sofre de obesidade. Ele apresentou necrose ocular bilateral. 

O infectologista explica que a infecção é conhecida como “fungo negro”, pois ela compromete a circulação e produz o que se chama de necrose ou morte do tecido, que então fica preto, devido a isso, recebe o nome de fungo negro.

SINTOMAS E TRATAMENTO

André Barbosa aponta que não existe uma forma de se proteger contra o fungo, pois ele faz parte da natureza.

“Temos que continuar seguindo todas as medidas de higiene, não tem nada específico para se fazer quando, afinal esse fungo faz parte da natureza, não existe assim um cuidado imediato para prevenir”, destacou. 

Com isso, a melhor forma de ficar a salvo da doença é se prevenir da Covid-19 usando máscara que cubra o nariz e boca, mantendo distanciamento de outras pessoas, higienizando as mãos e não participando de aglomerações. 

De acordo com o CIEVs, a progressão da doença leva a uma sequência de sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica. 

Também pode ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito.

O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da maxila superior ou às vezes até mesmo do olho. 

A cura também pode envolver de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. 

Como afeta várias partes do corpo, o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros.

Fórum Criminal

Adriane doa terreno de R$ 13,4 milhões ao Tribunal de Justiça

Imóvel, de 5,5 mil metros quadrados, está localizado na esquina da rua Barão do Rio Branco com a Bahia, onde funciona o Batalhão de Trânsito

17/12/2025 19h00

Polícia de Trânsito será

Polícia de Trânsito será "despejada" do endereço onde funciona há cerca de duas décadas para dar lugar ao Fórum Criminal Gerson Oliveira

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A prefeitura de Campo Grande oficializou nesta quarta-feira (17) a doação de um terreno de 5,59 mil metros quadrados, avaliado em R$ 13.489.788,28, para o Governo do Estado. No local, esquina das ruas Barão do Rio Branco com a Bahia, será construído o Fórum Criminal. 

No terreno que ainda pertencia à prefeitura funciona, há cerca de duas décadas, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que terá de ser transferido para novo endereço assim que as obras começarem, possivelmente no próximo ano. O novo local ainda não foi definido.

O terreno, onde até o final do século passado estava instalado o Dersul (Agesul), tem 12,22 mil metros quadrados. E como somente parte foi doada, os orgãos da saúde municipal e estadual continuarão no mesmo endereço. 

A aprovação da doação terreno ocorreu no último dia 10, em meio à resistência de parte dos vereadores, já que entendiam que a prefeitura, em crise financeira, deveria vender o imóvel. Porém, a proposta da prefeita Adriane Lopes acabou obtendo o número de votos necessário para a doação.  

Conforme a previsão do Tribunal de Justiça, para o novo prédio serão transferidas as seis varas criminais e as duas do tribunal do júri. Entre as propostas está a construção de auditórios maiores para acomodar a platéia durante estes julgamentos. 

Até a conclusão da obra serão necessários em torno de R$ 100 milhões. Porém, no orçamento do próximo ano o Tribunal de Justiça destinou apenas R$ 1.635.000,00, valor que deve ser suficiente apenas para bancar os trabalhos iniciais de elaboração do projeto executivo do novo prédio, a não ser que o Executivo banque os custos da construção. 

A prioridade do TJ,  por enquanto, é a construção do anexo e refeitório do prédio do gabinete dos desembargadores. Para este projeto estão sendo destinados R$ 8,9 milhões na proposta orçamentária do próximo ano do TJMS.

Um dos argumentos utilizados pelo presidente do Tribunal,  Dorival Renato Pavan, é de que o prédio atual do fórum de Campo Grande, inaugurado no final de 2022, ficou pequeno para abrigar juízes, servidores, advogados e usuários dos serviços do Judiciário. 

Além disso, argumenta o magistrado, é necessário separar as varas cíveis das criminais para garantir maior seguranças às milhares de pessoas que diariamente entram e saem do prédio. 

Para aliviar esta suposta superlotação, já está sendo construído  o Fórum da Mulher, da Criança e do Idoso, ao lado da Casa da Mulher Brasileira, nas imediações do aeroporto internacional de Campo Grande. O investimento inicial é de R$ 10 milhões.

A construção do fórum atual se arrastou ao longo de nove anos, com alguns períodos de interrupção total  dos trabalhos. Ele tem 21,7 mil metros quadrados de área construída substituiu o fórum que antes funcionava na Fernando Corrêa da Costa. 

Conforme a previsão, o novo prédio terá menos da metade do tamano, da ordem de 11 mil metros quadrados. Porém, também não sairá do papel de um dia para o outro. A previsão é de que a obra se arraste por até cinco anos, se houver disponibilidade de recursos. 
 

Cidades

Em meio a greve, vereador sugere regulamentação de vans como transporte coletivo

Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a proposta que prevê as vans como uma alternativa para a população

17/12/2025 18h55

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

Beto Avelar (PP), vereador de Campo Grande

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Diante do paralisação dos ônibus que Campo Grande vive nos últimos dias, o Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul determinou a intervenção da Prefeitura Municipal na gestão do Consórcio Guaicurus. Com esse cenário, o vereador Beto Avelar (PP) prepara um pedido para que o Executivo autorize, de forma emergencial e provisória, a regulamentação do uso de vans como alternativa de transporte. 

"Campo Grande não pode parar. Uma capital desse porte não pode ficar sem transporte coletivo nem por um único dia. O transporte de vans é uma alternativa que é sugerida com recorrência. E, agora, diante da emergência da greve, uma solução provisória para milhares de passageiros que dependem do ônibus, mas que não contam com o serviço neste momento", destacou o parlamentar.

Para o vereador, a medida judicial confirma que a crise no sistema não é pontual, mas resultado de falhas graves e recorrentes. 

"O que foi decidido mostra que o problema é estrutural e exige providências imediatas. A população não pode continuar sendo penalizada. Quando não é pelo alto preço da passagem ou pela má qualidade dos ônibus, o Consórcio provoca situações como uma greve. Além disso, de maneira recorrente, acusa a Prefeitura pelo não pagamento de repasses, mesmo quando a Prefeitura promove a isenção de impostos ou efetua o repasse. Sem falar no descaso com os próprios trabalhadores do Consórcio que alegam estar sem pagamento", afirmou.

Decisão da Justiça

A decisão determina que, em até 30 dias, o Município instaure um processo administrativo de intervenção no contrato com o Consórcio, além de nomear um interventor e apresentar um plano de ação com cronograma para a regularização da situação do Transporte Urbano, sob pena de multa diária de R$ 300 mil. 

A Tutela de Urgência foi deferida pelo juiz Eduardo Lacerda Trevisan, na ação ajuizada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Luso Queiroz (PT) em desfavor da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), Agência Municipal de Transportes e Trânsito (Agetran), Consórcio Guaicurus SA e Município de Campo Grande. 

Outra alternativa

O vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) reforçou que, para melhorar o serviço, é necessário pensar em novos modelos de transporte público, além de novas formas de gestão que possam garantir um sistema mais ágil e eficiente.

Para ele, a implementação do VLT (veículo leve sobre trilho) poderia aliviar o trânsito, diminuir a poluição e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. 

Além disso, Ronilço sugeriu que o município busque novos recursos e parcerias para financiar melhorias no transporte coletivo, como a captação de investimentos por meio de instituições financeiras internacionais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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