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Obra milionária atrai 20 empreiteiras e nem assim deságio aumenta

Das 20 inscritas para recapear 32 km da MS-156, no sul de MS, 15 chegaram à fase da disputa de preços, mas a redução sobre o valor máximo foi de apenas 2,3%

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Com deságios um pouco maiores que os costumeiros, desta vez da ordem de 2,4%, a Agesul (Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos) deu os passos finais durante a última semana para mais quatro licitações do pacote de obras que está sendo bancado com os R$ 2,3 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma das licitações teve 20 empreiteiras inscritas, mas o desconto foi mínimo.

E, seguindo o "rodízio" de empreiteiras das dez licitações anteriores deste pacote, mais quatro empresas foram contempladas. Pelo menos oficialmente, duas delas, Datec e Bandeirantes, são das cidades paulistas de Ibaté e São Carlos, respectivamente. As outras duas são velhas conhecidas dos órgãos públicos de Mato Grosso do Sul, a Engepar e a  Concrenavi.

Duas das licitações que avançaram na última semana são para recuperação de pouco mais de 64 quilômetros da MS-156, no extremo sul do Estado. A Datec saiu vitoriosa de um certame que inicialmente tinha 16 empreiteiras interessadas. Onze delas chegaram a apresentar proposta financeira. 

Mas, apesar desta grande disputa, o deságio sobre o preço máximo estipulado pela Ageseul foi de apenas 2,3%. O poder público estava disposto a pagar até R$ 45.922.377,00 pela recuperação de 32,5 quilômetros da MS-156, em Coronel Sapucaia e Tacuru. A Datec se ofereceu a fazer a obra por R$ 44.851.388,00 e saiu vitoriosa. 

No outro trecho da mesma rodovia, cujo asfalto começou a se deteriorar um ano depois da entrega, em 2012, o deságio foi idêntico, de 2,4% e o vencedor foi a empreiteira Engepar, de Campo Grande. 

Neste caso, a suposta disputa foi maior ainda, tendo a participação inicial de 20 empreiteiras. Destas, 15 foram habilitadas e chegaram às fases finais da disputa da disputa de preço. Ainda assim, o deságio não passou de 2,4%, sendo que o Tribunal de Contas da União apregoa que o deságio deveria variar entre 15% e 37% em certames licitatórios. 

Nas licitações anteriores dentro deste pacote, o deságio sempre girou na casa de 1%. Mas, na maior de todas as licitações, para pavimentar  63 quilômetros da MS-320, entre Inocência e Três Lagoas, o desconto foi de 0%, pois somente uma empreiteira chegou à fase final da disputa e vai receber pouco mais de R$ 276 milhões.  

Pelo recapeamento de 32 quilômetros do primeiro lote da MS-156 a Agesul estava disposta a destinar até R$ 42.113.785,00. E depois da "queda de braço" entre as 15 empreiteiras que chegaram à fase final, a proposta vencedora foi de R$ 41.102.977,00.

Outra licitação que está concluída e que somente falta a homologação é para recapeamento de 46 quilômetros da MS-295. A rodovia é sequência da MS-156 e integra um corredor de 150 quilômetros que serão refeitos no extremo sul do Estado. 

A vencedora de um dos trechos da MS-295 foi empreiteira Concrenavi, com sede em Naviraí. No início havia outros 14 concorrentes. Seis nem mesmo entregaram a documentação, mas nove "disputaram" até o final.

O deságio foi de 2,4%, provocando queda de R$ 88,328 milhões para R$ 86,199 milhões no valor inicial da obra. Para a conclusão da licitação da segunda parte desta rodovia ainda não tem previsão de data.

ASFALTO NOVO

Por coincidência ou não, uma quarta licitação que deu os passos finais na última semana teve deságio semelhante às outras, de 2,3%. A vencedora para pavimentação de 38 quilômetros do primeiro lote da MS-316, uma rodovia que liga Inocência a Chapadão do Sul, foi a paulista Engenharia e Comércio Bandeirantes, com sede em São Carlos (SP). 

A construtora vai receber, sem contabilizar os prováreis aditivos, R$ 143.332,067,00 pela obra. O valor máximo estipulado no projeto da Agesul era de R$ 146.706.320,00.

Até agora, foram homologadas ou estão em fase final ao menos 14 licitações de obras bancadas com recursos do BNDES. Juntas, somam em torno de R$ 1,38 bilhão, recurso que prevê a construção de 260 quilômetros de asfalto novo e recapeamento de outros 200 quilômetros. 

O pacote total do financiamento do BNDES, que terá a contrapartida de R$ 300 milhões do Governo do Estado, prevê a implantação de 570 quilômetros de asfalto novo e recuperação de cerca de 250 quilômetros de rodovias deterioradas. 

Empreiteiras contempladas

Bandeirantes (MS-316)
Concrenavi (MS-295)
Datec (MS-156)
Engepar (MS-156)
Infra + (MS-324)
Paulista de Construções e Comércio (MS-320)
Weiller Construção Civil (MS-289)
Avance (MS-444)
Nosde Engenharia (MS-380)
Agrimat (MS-380)
Tripolo (MS-244)
Ética (MS-245)
Vale do Rio Novo (MS-436)
LCM Construção (MS436)
 

Cidades

Projeto em parceria com a Bracell doa mais de 2 mil quilos de alimentos em MS

Projeto Nós do Campo, promovido pela MS Florestal, empodera mulheres e doa cestas básicas com produção do Estado

30/12/2025 16h00

Imagem Divulgação

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O Projeto Nós do Campo, que neste ano movimentou R$ 29.899,72 em renda, com a comercialização de 2.119,86 quilos de hortifrúti, também beneficia famílias em situação de vulnerabilidade em Bataguassu.

O diferencial da produção de alimentos está na liderança feminina, que tem se consolidado como importante ferramenta na geração de renda, além de parte da produção ser revertida em causas sociais, atendendo o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município.

Pensado para desenvolver o empoderamento feminino, o programa foca no trabalho de produtoras rurais que residem em assentamentos das seguintes localidades:

  • Bataguassu;
  • Santa Rita do Pardo;
  • Nova Andradina;
  • Nova Alvorada do Sul.

O projeto atua no fortalecimento da autonomia produtiva, social e econômica das participantes, reconhecendo o papel estratégico do trabalho feminino no campo.

“Esse projeto valorizou nossa comunidade, deu visibilidade às produtoras e possibilitou que o alimento produzido por nós chegasse às famílias da cidade, o que é algo muito significativo. Estamos muito felizes em fazer parte dessa iniciativa, que reconhece a qualidade e o empenho das mulheres do campo. Seguiremos trabalhando com dedicação, fortalecendo essa parceria com as empresas, para levar mais oportunidades, mais desenvolvimento e mais qualidade de vida para nossas famílias”, destacou a produtora rural e uma das participantes, Maria do Carmo Corrêa.

Atendendo a comunidade

Nas cinco entregas feitas em 2025, foram distribuídas cestas básicas compostas exclusivamente por hortifrutis cultivados pelas próprias participantes da iniciativa, resultado direto do trabalho desenvolvido nas propriedades rurais.

A ação envolveu a organização da produção, o aprimoramento do manejo agrícola e a estruturação da logística de comercialização, ampliando o alcance social da iniciativa e conectando agricultura familiar, solidariedade e desenvolvimento comunitário.

Saiba mais

Além da produção agrícola, o Projeto Nós do Campo também avança no fortalecimento das atividades pecuárias conduzidas pelas mulheres atendidas.

A iniciativa oferece atendimento veterinário especializado, orientações técnicas individualizadas e acompanhamento periódico das propriedades, com foco na sanidade, nutrição e melhoria genética do rebanho leiteiro.

Segundo o gerente de Relações Institucionais da MS Florestal, Bruno Madalena, ao integrar produção agrícola, pecuária, assistência técnica e impacto social, o Projeto Nós do Campo reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais onde atua, a valorização do protagonismo feminino e a geração de oportunidades no meio rural.

“Em 2025, o Projeto Nós do Campo comprova, na prática, que ações estruturadas no campo geram resultados concretos. Foram quase R$ 30 mil em renda, mais de duas toneladas de alimentos produzidos e um impacto social direto por meio das doações ao CRAS. Isso reforça nosso compromisso em apoiar iniciativas que transformam realidades e fortalecem as comunidades locais”, finaliza.

Imagem Divulgação

Sobre a MS Florestal

A MS Florestal é uma empresa sul-mato-grossense que fortalece as atividades de operação florestal do Grupo RGE no Brasil, um conglomerado global com foco na manufatura sustentável de recursos naturais. 

Especializada na formação de florestas plantadas e na preservação ambiental, além do desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua, a MS Florestal participa de todas as etapas, desde o plantio do eucalipto até a manutenção da floresta. Mais informações: www.msflorestal.com.

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PENDÊNCIAS FINANCEIRA

Criança autista pode ficar sem atendimento por falta de pagamento da Prefeitura à empresa

Segundo a mãe do menino, a instituição informou que poderia suspender os atendimentos caso o Executivo não regularizasse os seis meses de atraso

30/12/2025 15h35

O colar de girassol ou de quebra-cabeça facilitam a identificação de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista

O colar de girassol ou de quebra-cabeça facilitam a identificação de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista Divulgação

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A SAD Atendimento Domicilar Ltda., empresa especializada em home care, está cerca de seis meses sem receber repasses da Prefeitura de Campo Grande. Devido a estes atrasos, a instituição analisou a possibilidade de encerrar os atendimentos no dia 9 de janeiro de 2026, caso o Executivo não deposite o dinheiro.

Diante deste cenário, J.G.T, mãe de uma criança autista, vive a situação de mãos atadas. Na quarta-feira (24) passada, véspera de Natal, o dono da empresa a informou sobre a possibilidade do encerramento dos atendimentos ao paciente.

O menino recebe os atendimentos de Análise do Comportamento Aplicada (ABA), feito por uma psicóloga, além de fazer terapia ocupacional especializada em integração sensorial e fonoaudiologa especialista em linguagem.

Para tentar resolver a situação, a mãe atípica foi orientada pela empresa a entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). A resposta do órgão público é que o prazo para o pagamento dos seis meses atrasados é até esta terça-feira (30). 

O Correio do Estado entrou em contato com a empresa para saber sobre os meses em que não receberam os repasses da Prefeitura. A SAD apenas informou que "as pendências estão sendo regularizadas e os atendimentos transcorrerão normalmente".

Porém, devido ao recesso de fim de ano, os órgãos públicos essenciais, como a Defensoria Pública, estão fechados, impossibilitando qualquer ação para resolver o conflito. Os atendimentos públicos só retornarão após o dia 5 de janeiro, deixando pouco tempo para a resolução antes do prazo final da empresa.

Com isso, a mãe da criança não consegue agendar procedimentos online, pois não possui a senha necessária para acessar o site e não consegue cadastrar uma nova. Além da burocracia, também afirma não ter condições financeiras para arcar com os custos do serviço por conta própria. O benefício do atendimento domiciliar foi garantido ao seu filho através da Defensoria Pública.

A Sesau foi procurada, por e-mail, para se manifestar sobre estes possíveis atrasos, mas até o momento não retornou.

SAD Atendimento Domicilar

A SAD Atendimento Domiciliar é uma empresa de home care, localizada na Rua Elpidio Belmontes de Barros, no bairro Vila Palmira, em Campo Grande. As atividades são focadas no fornecimento de infra-estrutura de apoio e assistência a paciente em domicílio. 

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