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NO ANO

Observando aumento porcentual, alta de queimadas no Pantanal supera a da Amazônia

Estado decretou emergência por conta dos incêndios florestais

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Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o número de incêndios no Pantanal de 1.º de janeiro a 11 de setembro deste ano cresceu 334% em relação ao mesmo período de 2018 - de 1.039 para 4.515. Os focos fizeram os dois Estados que abrigam o bioma, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, decretarem emergência.

Considerando o aumento porcentual de queimadas, a alta observada no Pantanal é maior do que a da Amazônia. Em agosto, o número de focos na Amazônia foi 196% maior do que no ano passado. De 1.º de janeiro a 11 de setembro, o número de focos na região foi de 55.131.

Em apenas 11 dias, o número de focos de queimadas no Pantanal já supera em 72% o registrado em todo o mês de setembro do ano passado. Até esta quarta-feira, o Programa Queimadas, do Inpe, relatou 1.350 focos na região, ante 785 em setembro inteiro do ano passado.

O Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do planeta e mantém mais de 80% da vegetação nativa. A região, que ocupa 1,76% do território brasileiro, abriga grande diversidade de espécies de fauna e flora.

O fogo atinge Mato Grosso do Sul como um todo: o número de incêndios no ano mais que triplicou este ano, subindo de 1.902 para 6.301. Até esta quinta-feira, 12, o fogo havia consumido 1 milhão de hectares, segundo estimativa do Ibama.

O decreto, assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB), foi publicado no Diário Oficial e visa a garantir recursos e apoio do governo federal para o combate às chamas que avançam sem controle por áreas rurais de Aquidauana, Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Corumbá, Ladário, Bonito, Miranda, Porto Murtinho e Bodoquena. O governo sul-mato-grossense considera setembro o mês mais crítico para incêndios florestais.

Em Mato Grosso, a estiagem já dura quatro meses, e não há previsão de chuvas até o fim do mês. A solução foi declarar emergência. A baixa umidade do ar, de até 7%, também aumenta o risco de incêndios e problemas de saúde. Uma situação de emergência vigora por 180 dias e autoriza a mobilização de toda a estrutura do Estado em ações de resposta ao desastre. O governo pode, por exemplo, convocar voluntários para reforçar o aparato oficial.

Evolução

Segundo o secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, o fogo se expandiu velozmente. O Corpo de Bombeiros deslocou 200 homens, incluindo militares que estavam de folga, para as frentes de combate às chamas, mas espera por reforços em pessoal e equipamentos do Ministério da Integração Regional e do Exército. Foi pedido também apoio operacional às empresas de celulose e entidades ligadas ao agronegócio.

Nesta quinta, o governo esperava a chegada de aeronaves pedidas ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), órgão do ministério, para se juntar a dois aviões que estão na área. O comandante do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Fernando Carminati, sobrevoou a região durante seis horas na tarde de quarta-feira - e constatou que os focos de maior gravidade estão na região do Pantanal e em sua borda, abrangendo os municípios de Aquidauana, Miranda e Corumbá. Ele contou que o piloto foi obrigado a operar a aeronave por instrumentos, por causa da densa fumaça.

O fogo mais intenso consumia matas da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Estância Caiman, polo de turismo ecológico importante do Pantanal. As queimadas lançaram uma cortina de fumaça sobre Campo Grande e os pilotos que usavam o aeroporto internacional precisaram recorrer nesta quinta-feira à ajuda de instrumentos por falta de visibilidade.

Saúde

Corumbá, no Pantanal Sul, assumiu a liderança no ranking nacional de queimadas, com 1.834 focos este ano e 634 só este mês. Nas últimas 48 horas, no Estado, houve 397 novos pontos de fogo, 90% deles criminosos, segundo o governo. A população sofre com as consequências da fumaça proveniente do Pantanal e da Bolívia.

Janaci Marques de Amorim, de 31 anos, foi nesta quinta às 3 horas, ao Pronto-Socorro Municipal. "Não estava conseguindo dormir, passando muito mal, com a pressão baixa, suor, calafrios, dificuldade de respirar e dor no tórax. Não conseguia me movimentar direito. Fui diagnosticada com broncopneumonia."

"Quando aumentou a fumaça na cidade, registramos um aumento no fluxo de pessoas; cerca de 40% são pacientes que estão com problemas respiratórios", diz a enfermeira e coordenadora da Rede de Urgência e Emergência da Secretaria Municipal de Saúde de Corumbá, Patrícia Daga Moreira Garcia. Os serviço estaduais também registram aumento.

O médico Lauther da Silva Serra, que atende na rede de urgência, alerta sobre os cuidados. "É fundamental se manter hidratado, tomar bastante água, lavar o nariz com soro fisiológico e umidificar os ambientes."

Arara-azul

Os incêndios no Pantanal puseram em risco um trabalho de conservação da arara-azul, realizado há cerca de 20 anos, na reserva natural da Fazenda Caiman, em Miranda. Ninhos com ovos ou filhotes não foram atingidos pelo fogo, mas as aves perderam a principal fonte de alimentação, com a queima de coqueiros e palmeiras no entorno. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja

Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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