Cidades

polêmica

Deputado quer desengavetar projeto que extingue horário de verão

Projeto foi apresentado no começo do seu primeiro mandato, em 2019, mas não tramitou no Governo Bolsonaro. Agora, o Governo Lula fala em retomar a alteração de horário

Continue lendo...

“Inimigo” histórico do horário de verão, o cardiologista e deputado federal Luiz Ovando (PP) está tentando desengavetar um Projeto de Lei que ele apresentou ainda em 2019 na Câmara dos Deputados propondo o fim definitivo da mudança de horário no Brasil. 

Foi justamente naquele ano, o primeiro da administração de Jair Bolsonaro, que acabou a prática de adiantar os relógios em uma hora a partir da primeira semana de outubro. O argumento principal foi de que a mudança não gera economia de energia. 

Porém, os quatro anos do Governo Bolsonaro acabaram, o Dr Ovando foi reeleito para seu segundo mandato e o projeto que propõe o fim definitivo da mudança de horário não virou lei, apesar de ele contar com a maioria dos votos na Câmara naquele período. 

Agora, em meio à estiagem histórica, o Governo Federal revelou que está fazendo estudos para retomar a alteração. E por conta disso o deputado reergue sua antiga bandeira de combate à proposta. Ele alega que o horário de verão não gera redução no consumo de energia e é prejudicial à saúde. 

"No governo Dilma, afirmava-se que a economia seria de 4%, o que é um absurdo. Se fizermos as contas, 4% seria o equivalente a uma hora de consumo, algo impossível de alcançar apenas com o ajuste no relógio", alega o deputado.

De acordo com Ovando, a suposta economia está restrita ao consumo de energia com iluminação, que já sofreu grandes transformações com a adoção de lâmpadas de baixo consumo. "Hoje, o maior gasto energético está relacionado ao uso de aparelhos como ar-condicionado e chuveiros elétricos, que não são afetados pela mudança de horário", afirma. Ele ressalta que, com o aumento do uso de ar-condicionado no verão, o consumo de energia tende a subir, e não a diminuir, desmentindo a ideia de que o horário de verão traria benefícios econômicos.

Como médico, ele alega que a mudança brusca no ciclo biológico pode causar distúrbios no sono, irritabilidade, fadiga e até prejudicar o sistema imunológico. "Alterar artificialmente o relógio interno das pessoas pode gerar sérios problemas de saúde. O corpo humano tem um ritmo próprio, e mexer com esse ritmo de forma repentina afeta diretamente o bem-estar das pessoas", alerta.

Precisamos de soluções modernas e eficazes para os problemas energéticos, não de modismos ultrapassados que só trazem transtornos à população", conclui.

ESTUDOS


O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou, no dia 11 de setembro, que o governo federal está avaliando internamente a possível retomada do horário de verão, como uma medida para reduzir os impactos da atual crise hídrica sobre o setor elétrico.

O horário de verão foi instituído em 1931, no governo de Getúlio Vargas, mas só passou a ser adotado anualmente a partir de 1985.

A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas. Dessa forma, há economia de energia e redução do risco de apagões.

Essa política de horário especial foi extinta em abril de 2019, no governo de Jair Bolsonaro. Em 2023, já no governo Lula, o Ministério das Minas e Energia avaliou que não era necessário adotar a mudança. 

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

Continue Lendo...

A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

Assine o Correio do Estado

 

VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

Continue Lendo...

William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).