Cidades

Dourados

Pai agride árbitro com soco na cabeça em partida infantil de futsal em MS

Ocorrido provocou paralisação do jogo e acionamento da Polícia Militar

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O árbitro Jobby Antunes Gonçalves foi agredido pelo pai de um atleta após assinalar pênalti no confronto entre Pro Gol B x Escola Cativante, válido pelo sub-9 da 1ª Copa Redman de Futsal, disputada na noite desta terça-feira (17), no Ginásio da Unigran, em Dourados.

A agressão ocorreu após o pai se revoltar contra uma marcação de pênalti aos 11 minutos do primeiro tempo, após atleta da equipe Cativante ser puxado dentro da área. A marcação causou revolta no treinador da equipe Pro Gol, que vencia o confronto pelo placar mínimo e aproveitou a ocasião para invadir a quadra, reclamar com o juiz, e ser expulso de jogo. A penalidade foi convertida e igualou a partida.

Nas imagens, é possível ver o pai descer as escadas da arquibancada e acerta Antunes com um soco na cabeça, em um momento em que o árbitro se aproximava da grade lateral da quadra logo após o gol de empate.

A Polícia Militar foi acionada e a partida paralisada por mais de sete minutos, até o recomeço. Não bastasse o ocorrido, outro pai invadiu a quadra para comemorar o segundo tento do Pro Gol , fato que culminou na retirada da comissão técnica do Cativante da quadra de jogo.

Com gritos de ambas as torcidas, a polícia chegou somente após 15 minutos de gritos e discussão. A partida terminou com vitória da Pro Gol, que garantiu vaga na final.

Repúdio

Na manhã desta quarta-feira, Jobby Antunes Gonçalves usou suas redes sociais para repudiar o acontecido, fato que classificou como algo que fere a todos que acreditam no esporte.

"A agressão que sofri não fere apenas a mim, mas a todos que acreditam no esporte como ferramenta de educação e respeito. O exemplo que deve ser passado às crianças é o da superação, do diálogo e da convivência harmoniosa, nunca o da intolerância e da violência", frisou Antunes, que aproveitou a ocasião para exaltar o respeito, principalmente quando se trata de ambientes com crianças.

"Eventos esportivos de base devem ser espaços de formação, respeito e aprendizado. Infelizmente, atitudes como essa mancham o esporte e afastam profissionais que dedicam tempo, esforço e paixão para garantir que o jogo aconteça com lisura e segurança. Espero que as autoridades responsáveis e a organização da competição tomem as medidas cabíveis para que episódios como esse não se repitam", finalizou.

 

 


Da mesma maneira, a organização do evento disse em seu perfil que o ocorrido manchou o espírito esportivo do  evento. Abaixo, segue a íntegra da nota.

"Na noite de ontem(17/06), durante as semifinais da Copa Redman de Futsal, um episódio lamentável manchou o espírito esportivo que sempre buscamos promover. Em uma partida da categoria Sub-09, um torcedor pai de atleta protagonizou uma agressão inaceitável contra o árbitro da partida, Jobby Antunes.

Registramos aqui nossa total indignação e repúdio a esse tipo de atitude. O esporte NUNCA foi e NUNCA será espaço para violência. Não podemos permitir que atos como esse aconteçam, especialmente em um ambiente que deveria ser de aprendizado, respeito e incentivo ao desenvolvimento das crianças.

A partida foi imediatamente paralisada pela organização da competição. O policiamento foi acionado e o agressor devidamente retirado da quadra, garantindo a segurança de todos os presentes.

Reforçamos que a Copa Redman de Futsal, em sua primeira edição, tem como principal objetivo a promoção de uma competição saudável, pautada pela ética, pelo respeito e pela boa convivência entre atletas, comissões técnicas, arbitragem e torcedores.

Seguiremos firmes com esses valores até o encerramento da competição. Atitudes de violência serão tratadas com a devida seriedade e todas as medidas cabíveis serão tomadas para preservar o verdadeiro espírito do esporte."

Até o fechamento desta matéria, o Correio do Estado não conseguiu contato com o autor da agressão. 

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Cidades

Projeto de lei quer converter multas de trânsito em doação de sangue e medula

Infrator que optar pela doação não pagará multa, mas outras sanções podem ser mantidas, como pontos na CNH

19/12/2025 18h00

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula

Multas leves de trânsito poderão ser convertidas em doação voluntária de sangue ou medula Foto: Arquivo

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Um projeto de lei protocolado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) propõe converter multas aplicadas no trânsito, relativas a infrações de natureza leve, em doação voluntária de sangue ou medula óssea. Como a Casa está em recesso, a matéria tramitará no ano que vem.

Conforme a proposta, de autoria do deputado estadual Junior Mochi, a conversão do pagamento das multas em doação de sangue ou medula teria caráter alternativo e facultativo, não constituindo direito subjetivo do infrator, e deverá ser expressamente requerida pelo interessado, nos termos de posterior regulamentação.

Ainda conforme o projeto, a conversão da multa em doação somente será admitida quando:

  • a infração for de natureza leve, nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
  • não houver reincidência da mesma infração no período de 12 meses;
  • a multa não decorrer de infração que tenha colocado em risco a segurança viária, a vida ou a integridade física de terceiros;
  • a doação seja realizada em hemocentros públicos ou privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), ou em instituições oficialmente reconhecidas;
  • haja aptidão médica do doador, conforme critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Cada doação de sangue corresponderá a conversão de uma multa de trânsito, assim como a inscrição no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Caso o doador seja compatível com alguma pessoa precisando de transplante e faça a doação efetiva da medula óssea, poderá ser convertida até duas multas de trânsito.

A comprovação da doação ou da inscrição no Redome será realizada mediante apresentação de documento oficial emitido pela instituição responsável, observado o prazo e os procedimentos definidos em regulamento

O projeto veda a compensação parcial da multa, bem como a conversão de penalidades acessórias, como suspensão ou cassação do direito de dirigir.

A conversão será apenas relacionada ao pagamento da multa, mas não exime o infrator das demais obrigações legais decorrentes da infração de trânsito, inclusive quanto ao registro de pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH), quando aplicável.

O Poder Executivo poderá celebrar convênios e parcerias com municípios, hemocentros e instituições de saúde, com vistas à operacionalização da lei, caso seja aprovada e sancionada.

Objetivos

Na justificativa do projeto, o deputado afirma que o objetivo é conciliar o caráter educativo das sanções
administrativas de trânsito com políticas públicas de incentivo à doação voluntária de sangue e de medula óssea, "práticas essenciais à manutenção da vida e à efetividade do Sistema Único de Saúde".

"A proposta não elimina a penalidade, mas a ressignifica, convertendo-a em uma ação de relevante interesse social, capaz de estimular a solidariedade, a cidadania e a responsabilidade coletiva. Trata-se de medida alinhada aos princípios da dignidade da pessoa humana, da função social das sanções administrativas e da eficiência das políticas públicas, diz a justificativa.

Em caso de aprovação e sanção, a adesão pelos municípios será facultativa, preservando o pacto federativo.

"Ressalte-se que a iniciativa respeita a autonomia municipal e o Código de Trânsito Brasileiro, limitando-se às infrações leves e excluindo aquelas que representem risco à segurança viária. A adesão pelos Municípios é facultativa, preservando-se o pacto federativo", conclui o texto.

Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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