Cidades

PANTANAL EM CHAMAS

Região do Pantanal queima há 7 dias e quase destrói escola rural

Já foram 165 ocorrências de focos de incêndio somente nas últimas 24 horas

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Município de Corumbá, onde 70% da área é Pantanal, lidera o ranking dos focos de calor (69,7%), com 165 ocorrências somente nas últimas 24 horas. De janeiro a junho, foram 15.097 focos na região, enquanto em todo o Estado, foram registrados 21.652.

Há uma semana ocorre um grande incêndio na região do Paraguai-Mirim, localizada ao norte de Corumbá, que pode ter destruído cerca de dez mil hectares no entorno da escola rural Jatobazinho, que atende crianças e jovens ribeirinhos no sistema de internato. Cinco bombeiros de Corumbá, seis brigadistas e funcionários da escola combatem o fogo.

“A situação está sob controle no entorno da escola, que esteve ameaçada pelo fogo devido a rápida propagação causada pelo vento, mas as chamas avançam pela vegetação”, informou Ângelo Rabelo, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP). “A escola foi protegida por aceiros abertos com uso de tratores e esteiras”, completou.

Segundo prognóstico climático divulgado pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), os focos de incêndio deverão apresentar cenário crítico até setembro.  

A tendência é a redução da umidade relativa do ar com valores diários que podem ficar abaixo de 30% em algumas regiões do Estado, com picos mínimos abaixo de 20%, acrescida de temperaturas elevadas e acima da média. Na avaliação da Defesa Civil, um quadro que agrava a situação de pandemia devido a redução da qualidade do ar.

“São indicadores que afetam diretamente a saúde da população, onde uma das consequências diretamente associada ao coronavírus é a questão respiratória, que piora devido à fumaça”, explicou o coronel Fábio Catarinelli, coordenador da Defesa Civil do Estado.

Segundo a Polícia Militar Ambiental (PMA), quase 100% dos incêndios registrados que causam transtornos ambientais e à saúde são de origem humana e criminosos. Em nota, o órgão alertou para que as pessoas evitem uso do fogo, especialmente neste período de prolongada estiagem.

De 1º de julho a 30 de setembro os órgãos ambientais do Estado não expedem licenças para a queima controlada em Mato Grosso do Sul. No Pantanal, o período se estende até 31 de outubro. “Além disso, nenhum município autoriza realização de queima em perímetro urbano em qualquer época”, informou a PMA.

Provocar incêndio em mata ou floresta pode gerar prisão em flagrante. A pena prevista é de dois a quatro anos de reclusão, além de o infrator ser autuado administrativamente e multado em R$ 1.000,00 por hectare ou fração, em área agropastoril ou vegetação não protegida por lei, e R$ 5.000,00 por hectare em vegetação protegida.

Empresa multada

Enquanto na região de Corumbá a PMA iniciou investigações para apurar as causas da queimada, a corporação militar autuou, por meio de denúncias, uma usina sucroenergética no município de Costa Rica devido a um incêndio ocorrido em uma área plantada de cana-de-açúcar, às margens da MS-135, na última semana de junho.

“O fogo era tão intenso que chegou a atingir a área urbana da cidade”, informou a PMA, que multou a empresa em R$ 294 mil. O fogo se originou na lavoura, conforme levantamento de campo, e destruiu 294 hectares de canavial. Segundo a PMA, a empresa alegou que o incêndio foi criminoso, porém não apresentou provas, bem como comprovação de licença ambiental para a queima controlada, proibida no período.

LIGAÇÃO

Estado prevê R$ 51 milhões para construir anel viário em Bonito

Implantação de rodoanel vai interligar MS-178 (Bonito a Bodoquena) e MS-382 (Guia Lopes da Laguna a Jardim) por fora da cidade, passando próximo ao aeroporto

02/04/2025 11h30

Em março de 2024, Riedel se reuniu com vereadores de Bonito para dialogar sobre o novo anel viário

Em março de 2024, Riedel se reuniu com vereadores de Bonito para dialogar sobre o novo anel viário Foto: Álvaro Rezende

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Em publicação no Diário Oficial desta terça-feira (2), o Estado anunciou o dia para abertura do recebimento de propostas de licitação para construção do anel viário de Bonito, que tem como objetivo tirar os veículos pesados do centro da cidade.

De acordo com o edital, o rodoanel terá uma extensão de 7,613 km e vai interligar a MS-178 (Bonito a Bodoquena) e a MS-382 (Guia Lopes da Laguna a Jardim) por fora da cidade, passando próximo ao Aeroporto Regional. A Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) prevê um gasto de R$ 51.285.390,58 com a implantação.

Ao todo, serão feitas “três rotatórias, sendo uma ampliação da existente na saída de Bodoquena, com ângulos para carretas de 7 e 9 eixos, uma de acesso a Rua Monte Castelo, com pista dupla para área urbana, para facilitar o acesso a cidade e a terceira rotatória será na MS-178, na saída para Guia Lopes, de frente para a entrada do Aquário Natural, já direcionando os caminhões para a rodovia”, de acordo com a Prefeitura.

Em março de 2024, Riedel se reuniu com vereadores de Bonito para dialogar sobre o novo anel viário
Projeto do anel viário - Fonte: Prefeitura de Bonito

Em dezembro de 2021, ainda no Governo Azambuja, foi assinado o convênio que determinou a construção de 60 unidades habitacionais para aquelas famílias que precisaram ser realocadas, do qual R$ 4,9 milhões foram investidos, sendo 50% do município e 50% do estado.

No dia 20 de janeiro deste ano, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) expediu a licença prévia autorizando a instalação e começo das atividades da construção. Além do anel viário, sete bairros de Bonito serão asfaltados, sob investimento de R$ 20 milhões, sendo eles: Vila Jaraguá, Marambaia I e II, Portal do Rio Formoso, Jardim das Flores, Cohab e Vila América.

A abertura da licitação acontece no próximo dia 24, às 08h30. Vencerá aquela empresa que apresentar o menor preço e tiver todos os documentos necessários validados pela Agesul.

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Dignidade menstrual

Presidiárias de MS produzem absorventes

Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a implementar o Programa Dignidade Menstrual com as detentas

02/04/2025 11h00

Programa Dignidade Menstrual

Programa Dignidade Menstrual Divulgação / Agepen

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Mato Grosso do Sul se tornou o primeiro estado do Brasil a implementar o Programa Dignidade Menstrual, que promove a produção de absorventes dentro de unidades prisionais.

O projeto busca atender tanto as mulheres encarceradas quanto as que se encontram em situação de vulnerabilidade social.

Desenvolvido pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e integrado ao projeto da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), o programa oferece capacitação profissional para as detentas, permitindo a remição de pena conforme previsto na Lei de Execução Penal.

Produção

As primeiras entregas oficiais começaram este mês, após a capacitação de 17 internas nos Estabelecimentos Penais Femininos Irmã Irma Zorzi, em Campo Grande, e Rio Brilhante.

Para viabilizar o processo, foram adquiridos insumos e quatro kits de maquinário especializados, incluindo esterilizadoras e mesas de corte.

A previsão é expandir as oficinas para presídios femininos em Corumbá e Ponta Porã, além de incluir unidades masculinas em etapas futuras.

Distribuição

Além de atender às próprias detentas, os absorventes produzidos são distribuídos em outros órgãos públicos. Em Rio Brilhante, por exemplo, a Secretaria Municipal de Educação fornece os produtos em escolas, hospitais e instituições assistenciais. 

Exemplo

Mato Grosso do Sul se tornou referência nacional na implementação do programa. De acordo com Cíntia Rangel Assumpção, coordenadora-geral da Senappen, o trabalho da Agepen está servindo como modelo para outros estados, como o Rio de Janeiro.

Já o diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, destacou o impacto positivo da iniciativa na inclusão social e ressocialização das internas.

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