Cidades

QUEIMADAS

Pantanal teve cerca de 2,5 milhões de hectares devastados pelo fogo

Bombeiros que vieram do DF para ajudar no combate aos incêndios voltaram para casa

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O Pantanal sul-mato-grossense teve aproximadamente 2,5 milhões de hectares destruídos pelo fogo durante as queimadas que atingiram a região neste inverno. A informação é do Corpo de Bombeiros do Estado, que atua na região atualmente com 300 homens para conter as chamas.

Nesta terça-feira (1º) a equipe de 34 bombeiros que vieram do Distrito Federal para auxiliar no combate ao fogo se despediu de Mato Grosso do Sul e volta para casa. Segundo o tenente coronel Joilson Alves do Amaral, comandante do Corpo de Bombeiros do Estado, essa decisão foi tomada porque houve a redução dos focos de incêndio e há previsão de chuva nos próximos dias.

“Nós estamos esperando para amanhã e para os próximos dias que a chuva retorne ao Estado, por isso estamos desmobilizando o pessoal de Brasília hoje, mas o pessoal de Mato Grosso do Sul está mobilizado”, afirmou o comandante.

Os bombeiros do Distrito Federal estão em Mato Grosso do Sul há 13 dias, completados nesta terça-feira e atuaram nas queimadas por 11 dias. Além da ajuda no aumento do efetivo, a corporação também trouxe uma aeronave especializada em combate a incêndios que atou na região.

Também foram usados dois helicópteros vindos de São Paulo e um avião do Comando Militar do Oeste (CMO) que serviu para o deslocamento dos militares. Juntos, os helicópteros e o avião transportaram 215 mil litros de água que ajudaram no combate às queimadas, principalmente no Pantanal.

Quando chegou no seu pico, Mato Grosso do Sul chegou a registrar quase 700 focos de incêndio por dia, sendo sua maioria na região pantaneira. Para o comandante, ainda falta conscientização para que esse tipo de desastre natural não se repita.

“Mais de 90% dos focos de incêndio são provocados por ação humana, esse é um trabalho que tem que ser feito de conscientização, de fiscalização, para que não aconteça de forma descontrolada”, avaliou.

Em cerimônia realizada na manhã desta terça-feira, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) agradeceu o fato do Distrito Federal ter respondido prontamente ao pedido de ajuda. Segundo o chefe do Executivo estadual, no dia seguinte ao pedido o governador Ibaneis Rocha Barros Junior (MDB) concedeu a autorização para a vinda dos militares.

“Aqui foi uma conjunção de esforços que possibilitaram nos atacarmos aqueles focos extremamente difíceis, que estavam disseminando grande extensão do nosso Pantanal sul-mato-grossense. Então leve meu agradecimento”, declarou o governador.

Atualmente o Estado saiu de quase 700 focos diários, para cinco que, de acordo com Joilson, estão sob controle e sendo combatidos “dentro da nossa capacidade de resposta”.

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal atua há 20 anos no combate a incêndios florestais, segundo informou o tenente coronel Domingos Márcio Ferreira da Silva. “Temos experiência em vários Estados, várias parcerias, então foi um trabalho conjunto. Viemos apoiar o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e graças a Deus obtivemos êxito. Recebemos todo o apoio necessário para que nós chegássemos nesse momento e quem ganha é a sociedade”.

Por conta da grande quantidade de focos de incêndio no Estado, o governador chegou a decretar situação de emergência em decorrência das queimadas estarem 45% acima do que havia sido registrado em 2017, entre janeiro e setembro. Mato Grosso do Sul chegou a ser o sexto com o maior número de focos de calor no país, concentrando 7,7% dos incêndios florestais do Brasil.

 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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