Cidades

Ajuste fiscal

Para equilibrar as contas, prefeito de Três Lagoas exonera 1,8 mil comissionados

Dr. Cassiano Maia assumiu o cargo no dia 1º e afirmou ter encontrado 53,8% da receita líquida do Executivo municipal destinada ao pagamento de servidores

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O prefeito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia (PSDB), teve uma surpresa desagradável quando assumiu o cargo no dia 1º, ao encontrar a folha de pagamento dos servidores municipais comprometendo 53,8% da receita corrente líquida (RCL), ou seja, a 6,2 pontos porcentuais do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, Dr. Cassiano Maia revelou que, para não extrapolar os 60% da receita corrente líquida do município estabelecidos pela LRF, teve de tomar medidas drásticas.

“Estamos assumindo a Prefeitura Municipal de Três Lagoas com a folha dos servidores consumindo 53,8% da nossa receita corrente líquida e, por conta disso, tive de tomar algumas decisões fortes, como a exoneração de 1,8 mil servidores comissionados”, pontuou o novo chefe do Executivo municipal.

Ele disse à reportagem do Correio do Estado que administrar Três Lagoas está sendo um desafio muito bom.

“Acredito que, ao fim dos quatro anos de gestão, vamos conseguir entregar um bom trabalho. Nesses primeiros dias, estou tomando pé de toda a estrutura do Executivo e, principalmente, dos servidores públicos”, explicou.

O prefeito Dr. Cassiano sabe que a medida de exonerar 1,8 mil servidores comissionados não foi muito bem-aceita pela população e que a decisão vai atrapalhar na gestão da máquina pública. 

“Porém, diante do estrangulamento da nossa receita corrente líquida, tive de tomar essa medida logo nos primeiros dias”, argumentou.

Ele completou que, para não deixar a máquina parar, fez algumas nomeações necessárias, mas, gerindo o município de forma intensa neste início do ano, acredita que será possível reduzir os custos já nos próximos meses. 

“A nossa folha gira em torno de R$ 600 milhões por ano e cerca de R$ 52 milhões por mês. Apenas os comissionados custam R$ 9 milhões”, informou o gestor público.

Ao Correio do Estado, o prefeito reforçou que, reduzindo minimamente os gastos financeiros do Poder Executivo, já será possível melhorar o conceito do município e, dessa forma, pleitear alguns investimentos.

Apesar das medidas mais drásticas, Dr. Cassiano Maia não está deixando a cidade parar e aguarda a visita da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para vistoriar a obra do contorno rodoviário do município para fazer solicitações de mais recursos financeiros para Três Lagoas, cidade que já foi administrada por Simone.

“Acredito que, no médio prazo, vamos ter resultados mais positivos com as medidas que estou tomando agora. No momento, só quero pedir mais paciência à população de Três Lagoas, pois, após enxugar a máquina, vamos retomar o desenvolvimento do nosso município”, garantiu.

Obras

Na manhã de sexta-feira, o prefeito, acompanhado pelo titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (Seintra), Osmar Dias, e diretores da pasta, realizaram visita técnica a diversas obras em andamento em Três Lagoas para acompanhar de perto o andamento dos projetos e entender as necessidades para dar continuidade e garantir a eficiência das ações de
infraestrutura.

A primeira obra visitada foi a de drenagem do Jardim Eldorado. O prefeito pôde verificar as etapas da obra, que são essenciais para a melhoria do sistema de drenagem da cidade, prevenindo alagamentos durante períodos de chuva intensa.

Em seguida, a equipe se dirigiu até a obra de pavimentação da doca da Feira Central, que em breve será iniciada. Este é um investimento significativo para melhorar a infraestrutura da área central da cidade, proporcionando mais conforto para os comerciantes e visitantes da região, além de garantir a fluidez no tráfego local.

Após a visita à doca, o grupo seguiu para o Parque Linear, na Avenida Rosário Congro, uma importante obra de urbanização que visa melhorar a qualidade de vida da população, oferecendo um espaço de lazer e convivência ao longo da via, além de preservar a história do local.

Outra obra visitada foi a revitalização do trecho da Rua Coronel João Gonçalves de Oliveira, um importante projeto para aprimorar a mobilidade urbana. Já foram removidas as lajotas sextavadas existentes, que serão substituídas por pavimentação asfáltica, proporcionando uma via mais moderna, resistente e confortável para o tráfego.

Rodoviária

Dr. Cassiano Maia também conferiu o andamento da obra da rodoviária, que está em pleno andamento e tem como objetivo proporcionar um local mais moderno e eficiente para os usuários de transporte coletivo.

Por fim, o prefeito e a equipe visitaram os piscinões próximos à Avenida Jary Mercante, importantes obras de controle de enchentes, que visam otimizar o sistema de drenagem da cidade e reduzir os impactos causados pelas chuvas, beneficiando toda a população de Três Lagoas.

Com as visitas, o prefeito teve o intuito de conhecer detalhadamente as necessidades e o andamento de cada obra, além de proporcionar um espaço para que pudesse dialogar com a equipe da Seintra sobre os desafios e as demandas de cada projeto.

“Essas visitas são fundamentais para acompanharmos o progresso das obras e entendermos as necessidades de cada uma. Nosso compromisso é com a melhoria da infraestrutura da cidade e com a entrega de obras que realmente façam a diferença na vida da população”, concluiu o prefeito Dr. Cassiano Maia.

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PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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