Cidades

EM CAMPO GRANDE

Parte de banco de helicóptero da PM
cai e assusta Região Central

"Parecia uma bomba", brinca porteiro 'presenteado'

RAFAEL RIBEIRO

03/07/2018 - 17h30
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Era para ser um dia normal de trabalho a Ricardo Mariano Vargas, 26 anos, no prédio residencial onde trabalha como porteiro na Rua Quinze de Novembro, região central de Campo Grande. Era por volta das 15h45, enquanto atendia telefones e controlava acessos, esse honrado trabalhador local levou um susto, um dos maiores de sua vida, com o impacto da queda de um banco de helicóptero bem ali, na frente do seu local de trabalho.

"Parecia uma explosão. Fiquei assustado. Só depois fomos reparar o que ocorreu", explicou Vargas.

Pode soar exagero, mas o susto foi mesmo dos grandes. Uma comerciante vizinha foi a primeira a chegar, ainda respirando ofegante. Em minutos o número de pessoas cresceu. Telefones celulares são sacados, imagens feitas. Redes sociais. Não demora  até que surjam as explicações.

O banco, na verdade, é um encosto pequeno de aeronaves do tipo. Por telefone ao Portal Correio do Estado, a Polícia Militar assumiu ser a dona do acessório. Em sua versão, realizavam voos baixos na região, sem explicar os motivos. Estavam a 100 metros quando a força do vento soltou o velcro e empurrou o encosto.

Coincidentemente, o helicóptero fora usado pelo próprio governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), para dar tempo de acompanhar duas agendas públicas suas nesta tarde. A primeira às 14h, quando inaugurou o estande de tiro da própria PM, no Santa Mônica, bairro que já fica na zona rural da região oeste, e depois às 16h, na entrega de equipamentos na Academia da Polícia Civil, no Parque dos Poderes, região leste da Capital. Ou seja, dois extremos da cidade. Segundo a PM, a aeronave tinha acabado de deixar o mandatário estadual no segundo compromisso. 

Para a sorte da corporação (e por que não do próprio governador), o tal encosto, leve e pequeno (pesa menos de um quilo e pode ser seguro com apenas uma mão), caiu seco na calçada, sem atingir algo ou alguém. 

"Felizmente", diz Vargas, fazendo o sinal da cruz com as mãos de forma acelerada. Sobrou a melhor das experiências. A de contar histórias. "Nunca aconteceu algo assim comigo antes e acho que nunca mais vai voltar a acontecer. Certamente será o assunto por vários dias", brincou.

O assédio repentino assusta o nobre trabalhador, morador do Coophasul, região norte de Campo Grande, casado, pai e, ao que tudo indica, funcionário dedicado. Menos de cinco minutos de conversa e a porta de acesso do prédio nos é mostrada. Não pode ter distrações em suas funções. Está certo Vargas, que volta sua atenção aos monitores internos, mas antes aceita posar com a insólita lembrança, que a PM promete resgatar até o fim do dia. Restarão mesmo os retratos de um dia pouco usual na vida do porteiro. 

Piloto do helicópetro da Polícia Militar, o tenente-coronel Rosalino Gimenez Filho, informou que a peça de espuma que caiu no Centro de Campo Grande, soltou-se da aeronave durante ronda naquela região da cidade. Minutos antes, Gimenzes havia transportado o governador (veja acima)

“O governador não estava na aeronave, até porque quando levamos alguma autoridade, a porta fica fechada”, afirmou o piloto. Segundo Gimenez, as portas estavam abertas durante o voo, uma “ronda de rotina”, disse o PM, ressaltando que dificilmente a peça machucaria alguém gravemente.  “É uma peça leve, de espuma”, justificou.

O velcro do banco, vilão apontado pela PM: força do vento desprendeu a peça (Foto: Rafael Ribeiro/Correio do Estado)

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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