Cidades

NOVA ESTRUTURA

Pecuarista eleva para R$ 23 milhões doação ao Hospital do Câncer

Pecuarista eleva para R$ 23 milhões doação ao Hospital do Câncer

MICHELLE ROSSI

21/11/2010 - 04h15
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Há dois anos discute-se a construção de um anexo para o Hospital do Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande, e agora parece que a história terá um final feliz. O pecuarista Antônio Morais dos Santos, 88 anos, que inicialmente doaria R$ 5 milhões para a obra e depois triplicou a oferta, passando para R$ 15 milhões, comprometeu-se a doar R$ 23 milhões – valor total para a construção do prédio de 8 andares que será erguido ao lado da atual sede do hospital. Mas, para efetivar a doação, o pecuarista entregou na última sexta-feira um documento aos representantes da unidade oncológica com algumas cláusulas e determinou prazo de resposta dos diretores do hospital até o dia 24/11, próxima quarta-feira.

O Hospital do Câncer Alfredo Abrão é instituição filantrópica administrada pela Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul e informa que 98% de seus atendimentos são feitos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente são realizados 6 mil procedimentos por mês, e, com o novo prédio anexo ao complexo já existente, a previsão é triplicar os atendimentos na área de oncologia com radioterapia, quimioterapia e procedimentos cirúrgicos, além de atuar na prevenção e diagnósticos de câncer.

Segundo o pecuarista – que já investiu em outras obras beneficentes como a recente reforma da ala masculina do Asilo São João Bosco, na Capital – não havia sentido doar parte dos recursos sem a contrapartida necessária para a finalização do prédio. "O orçamento da construtora que escolhemos (SMR Engenharia) é de R$ 23 milhões para entregá-lo pronto. Disse que doaria os R$ 15 milhões somente se o hospital viabilizasse o restante. Mas, como não houve maneira deles captarem o dinheiro, optei por doar o valor total da obra", justifica o mineiro radicado em Mato Grosso do Sul.

O objetivo, continua Santos, não é construir um elefante branco, erguer paredes, mas ter a certeza de que efetivamente a estrutura vá funcionar e ajudar os pacientes que necessitem de atendimento para tratar o câncer e assim proporcionar maiores níveis de cura e de vida digna aos portadores dessa doença.

 Cláusulas
No contrato que deve ser assinado até a próxima quarta-feira, o pecuarista pede para que seja gravada "clásula de incomunicabilidade, impenhorabilidade do terreno e consequentemente do prédio a ser construído sobre o mesmo não podendo ser vendido, ser dado em garantia, ou mesmo, destinado a outro fim, senão o de hospital efetivamente, seja o tempo que for".

Outra disposição descreve que "em caso de falência, extinção da entidade, impossibilidade de funcionamento, entre outros, que impeçam as atividades do hospital, deverá o prédio e o terreno serem devolvidos ao doador, ou seus herdeiros e sucessores, ou ainda, a terceiro que o doador possa vir a indicar". Outra questão apontada é que um representante do pecuarista seja nomeado para o conselho deliberativo do hospital.

As cláusulas, define o doador do montante de R$ 23 milhões, servem para garantir a funcionalidade do hospital para que o mesmo seja útil à população sul-mato-grossense. "Caso a diretoria apresente os documentos necessários até o dia 24/11 e concorde com as questões postas, no dia 26/11, sexta-feira próxima, faremos o encaminhamento de plantas, alvarás, projetos, bem como todas as documentações necessárias para a contratação da empresa construtora e início das obras", descreve.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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