Cidades

EDITAL

Pedágio na 'rota da celulose' será ao menos 60% mais caro que na BR-163

Essa diferença será somente se houver deságio de 20%, índice máximo permitido. Mas, se não houver desconto no leilião de 5 de dezembro, a diferença será bem maior, chegando a 100%

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O valor do pedágio ao longo dos 870 quilômetros da chamada rota da celulose será pelo menos 60% mais alto do que aquilo que é cobrado atualmente ao longo dos 847 quilômetros da BR-163. Mas, a diferença a maior pode chegar 100%, caso não ocorra deságio no leilão previsto para o dia 5 dezembro na bolsa de valores de São Paulo. A cobrança pode começar um ano depois da assinatura do contrato de concessão. 

Embora o principal critério para a escolha da empresa vencedora seja a menor tarifa de pedágio, o edital do leilão para concessão dos 870 quilômetros de rodovias em Mato Grosso do Sul limita a 20% o índice máximo do deságio que os interessados poderão oferecer sobre teto estipulado pela administração estadual. 

Nesta segunda-feira foi publicado o edital deste leilão, que foi antecipado em uma semana. E, de acordo com este edital, aprovado na sexta-feira, o valor máximo para trechos de pista simples será de R$ 0,1613 por quilômetro. 

No caso de pista duplicada, o teto será de R$ 0,2258 por quilômetro. Ao todo, serão 135 quilômetros de duplicação, entre Campo Grande e a fábrica de celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, e entre a cidade de Bataguassu e o distrito de Nova Porto Quinze, próximo da divisa com o estado de São Paulo. 

Desta forma, se houver desconto de 20% sobre estes valores, o motorista de um carro de passeio terá de desembolsar R$ 119,2 para percorrer os 870 quilômetros, o que representa custo médio de R$ 0,1370 por quilômetro. Mas, se não houver desconto, o custo será da ordem de R$ 149,00, ou R$ 0,1712 por quilômetro, em média.  

Para efeito de comparação, ao longo dos 847 quilômetros da BR-163, o motorista de um carro de passeio é obrigado a pagar R$ 72,10 nas nove praças de pedágio. Isso equivale a R$ 0,0855 por quilômetro. Essa conta, porém, desconsidera os 160 quilômetros duplicados. Se fosse levado em consideração esta variante, a diferença seria ainda maior que os 60% ou 100% simulados com ou sem deságio. 

ROTA DA CELULOSE

Supondo que não haja disputa pela concessão e o valor do pedágio seja fixado pelo teto, o motorista de carro de passeio terá de desembolar em torno de R$ 22,00 para fazer os cem quilômetros entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo. E, se houver disputa acirrada, ainda assim a tarifa será da ordem de R$ 18,00. 

Em média, o gasto de combustível entre a Capital e Ribas é da ordem de R$ 50,00 atualmente. Após a cobrança do pedágio, este gasto aumentará em cerca de 35%, levando em consideração que haja disputa. Mas, se não houver, o custo desta viagem vai aumentar em cerca de 45% por conta do pedágio.

Para fazer os 310 quilômetros entre Campo Grande e Bataguassu, passando pela MS-040, o condutor de um carro de passeio gasta em torno de R$ 160 com o combustível atualmente. A partir do início da cobrança de pedágio, esse valor será acrescido de cerca de R$ 50, caso o vencedor não ofereça deságio. E, se oferecer o desconto máximo, serão em torno de R$ 40 de taxas. 

PROMESSAS

Conforme o projeto, serão privatizadas as rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS- 395 (de Campo Grande a Bataguassu, passando por Santa Rita do Pardo) e trechos das federais BR-262 (entre Campo Grande e Três Lagoas) e da BR-267 (de Nova Alvorada do Sul até a divisa com São Paulo).

A concessão será por 30 anos e a previsão é de que sejam investidos em torno de R$  9 bilhões em capital privado. Além das duplicações, a previsão é de que sejam 457 km de acostamentos, 203 quilômetros em terceiras faixas, 12 quilômetros de marginais e   implantação de 36 quilômetros em contornos, retirando o tráfego das áreas urbanas de Ribas do Rio Pardo, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Bataguassu. 

Também está prevista a implantação de seis travessias sobre a linha férrea, 22 passagens de fauna, principalmente ao longo da MS-040, 16 passarelas e três postos de parada e descanso aos caminhoneiros.

Gonforme o Governo estadual, para proporcionar mais segurança e prestação de serviços aos usuários a concessionária deverá implantar e operacionalizar os seguintes serviços: 19 guinchos para socorro mecânico, 13 ambulâncias de atendimento e socorro médico, 7 veículos de inspeção de tráfego, 5 caminhões-pipa para combate a incêndios, 5 caminhões adaptados para apreensão de animais e desobstrução de pistas e 13 postos de atendimentos aos usuários com estacionamento, sanitários, telefones e área de descanso.

A concessão prevê ainda o atendimento às diretrizes do programa Estrada Viva, do Governo do Estado, para preservação da fauna silvestre. Entre eles, a implantação de dispositivos de prevenção de acidentes como passagens de fauna, tela condutora, placas de alerta e lúdicas, controladores de velocidade bem como serviço de Resgate e Reabilitação de Fauna e ações de educação ambiental dos usuários e comunidade em geral.
 

SAÚDE

Drive de vacinação segue até dia 17 de abril em Campo Grande

Iniciativa tem agradado os campo-grandenses que conseguem se proteger contra a influenza com agilidade

07/04/2025 15h30

O drive de vacinação segue em funcionamento até o dia 17 de abril, no Quartel do Corpo de Bombeiros

O drive de vacinação segue em funcionamento até o dia 17 de abril, no Quartel do Corpo de Bombeiros FOTO: Governo MS

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O Drive-thru de vacinação contra a Influenza, lançado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), tem caído no gosto da população, que consegue se vacinar no centro da cidade de maneira rápida e eficaz para se protegerem contra a doença.

No primeiro dia da ação, 360 doses foram aplicadas em integrantes do grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde. Até o momento, a vacinação está liberada para idosos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, professores, pessoas com comorbidades, entre outros públicos prioritários. A iniciativa conta com a parceria do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, que apoia a logística da campanha.

A pedagoga Zélia Aparecida dos Santos, de 64 anos, compareceu no drive-thru do Quartel dos Bombeiros com a mãe, de 87 anos, e o pai, de 93 anos, para se vacinarem. Segundo ela, não há questionamento quanto à eficácia das vacinas.

“ É necessário se vacinar contra a Influenza para evitar os problemas e complicações por gripe ou outras doenças respiratórias, e é importante quando o governo cuida da população e se preocupa em disponibilizar essa vacinação por drive-thru para facilitar quem tem dificuldade de mobilidade”, disse.

Além dela, o servidor público aposentado, Francisco Assis dos Santos também compareceu ao local de vacinação e expressou sua satisfação com os resultados. “Tomo a vacina contra Influenza há muito tempo e sinto que ela me faz muito bem. Até agora, não tive nenhum problema ou efeito colateral”, afirmou.

Segundo ele, desde que atualiza a vacina contra a Influenza todos os anos, quando eventualmente contrai um resfriado, apresenta apenas sintomas leves. “Às vezes, ainda pego um resfriado, mas os sintomas são bem mais leves. Por isso, faço questão de me vacinar todo ano”, enfatizou.

Conforme a SES/MS – (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), o engajamento da população evidencia a importância da vacinação como medida de proteção individual e coletiva contra a influenza, e ressalta que, a vacinação é fundamental para prevenir complicações graves da doença, especialmente em grupos de risco como idosos, crianças e profissionais da educação.

O drive de vacinação segue em funcionamento até o dia 17 de abril, no Quartel do Corpo de Bombeiros da Rua 14 de Julho, em Campo Grande. O horário de atendimento de segunda a sexta-feira será das 18h às 22h; e aos sábados e domingos em dois períodos: das 7h às 11h e das 13h às 17h.

Além da iniciativa na Capital, o Governo do Estado garantiu o envio de 524 mil doses recebidas do Ministério da Saúde para os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, assegurando o abastecimento e o avanço da campanha de imunização em todo o território estadual.

Além dos grupos prioritários já previstos no Calendário Nacional de Vacinação, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos, a estratégia de vacinação também inclui os seguintes públicos:

  • Trabalhadores da Saúde;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores dos Correios;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • População privada de liberdade;
  • Adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

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Descaso

Com RU fechado e nenhuma estrutura, estudantes da UFMS sentam até no chão para se alimentar

Em assembleia convocada na última sexta-feira (5), os alunos organizaram uma manifestação para a próxima quinta-feira (10). 

07/04/2025 15h01

Assembleia foi convocada na ultima sexta-feira e manifestação agendada para esta quinta

Assembleia foi convocada na ultima sexta-feira e manifestação agendada para esta quinta Arquivo pessoal

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Estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul estão passando por situações complicadas no campus de Três Lagoas. Problemas como a falta de professores em diversos cursos e o não funcionamento do Restaurante Universitário (RU) são algumas das principais dificuldades enfrentadas pela comunidade acadêmica. 

Gabriel de Oliveira Dias é estudante de Direito e passa o dia inteiro na Universidade. Ele explica que o RU está fechado desde antes de voltar às aulas por conta de superfaturamento. 

“A empresa que estava com a licitação em curso estava passando carteirinhas de alunos que não estavam almoçando, só pra ganhar dinheiro em cima. Alunos fantasmas estavam se alimentando. Por conta disso, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Reitoria investigaram e fizeram o fechamento do espaço e rescindiram o contrato. Porém, até agora não foi feita nenhuma nova licitação”, afirma. 

Em resposta à demanda pelo RU, a administração da UFMS lançou um edital no dia 24 de fevereiro para selecionar o de auxílio emergencial aos estudantes que fazem uso do restaurante no valor de R$300, enquanto o mesmo se encontra fechado, com apenas 160 vagas disponíveis.

Porém, os universitários afirmam que o edital não corresponde à realidade, visto que existe um número muito maior de acadêmicos que usavam o restaurante. 

“Foram liberadas somente 160 vagas para aproximadamente 510 pessoas que se inscreveram, fora os que não conseguiram se inscrever no edital. Vale lembrar que câmpus tem quase 3 mil alunos. Não são todos que fazem uso do RU, mas grande parte. Aqui, funciona período integral e noturno, é bem movimentado. Como o restaurante não foi liberado, tem gente comendo no sol quente, no chão, nos corredores dos blocos porque não tem estrutura”, comenta o estudante.

A Universidade teria um prazo até o dia 5 de abril para nova licitação, o que não aconteceu. Em assembleia convocada na última sexta-feira (5), os alunos organizaram uma manifestação para a próxima quinta-feira (10). 

“Nós deliberamos algumas coisas na assembleia geral. Faremos um ato na frente do RU, vamos fazer comida pra gente se alimentar, queremos chamar a atenção mesmo para o descaso que estamos enfrentando", finaliza Gabriel.

O prazo para divulgação do Resultado Final dos aprovados estava marcado para o dia 4 de abril. Porém, apenas hoje (7) foi divulgado o Resultado Preliminar. O início do pagamento está previsto para começar ainda no mês de abril, referente ao mês de março e deve permanecer até a reabertura do restaurante. 

O Câmpus

Atualmente, o câmpus oferece 14 cursos de graduação e quatro de pós-graduação em duas unidades. Na Unidade I estão os cursos de Licenciaturas em Letras, Pedagogia, Mestrado Profissional em Letras e Mestrado e Doutorado acadêmicos em Letras.

Na Unidade II, Licenciatura em Geografia, Ciências Biológicas, História e Matemática; os bacharelados em Geografia, Ciências Contábeis, Direito, Administração, Enfermagem, Sistemas de Informação, Engenharia de Produção e Medicina, além do Mestrado Acadêmico em Geografia e do Mestrado Profissional em Matemática. 

Segundo o site da UFMS, o câmpus Três Lagoas possui 2.736 alunos matriculados. 
 

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