Cidades

SMART FOURTWO

Pequeno no tamanho e grande no charme

Pequeno no tamanho e grande no charme

FERNANDO MIRAGAYA, AUTO PRESS

22/01/2010 - 06h59
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A lógica original do Smart Fortwo é bem direta: ser um carrinho prático, com dimensões enxutas, fácil de transitar e estacionar nas caóticas ruas das grandes metrópoles. A lógica indireta é esbanjar charme. Daí as primeiras revendas da marca suíça, que pertence à Daimler, terem sido abertas em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre: cidades com trânsito pesado e um mercado de luxo respeitável. Na Europa, é comum se deparar com vários exemplares nas ruas das principais cidades do continente onde, inclusive, há vagas específicas para o pequeno modelo. Por aqui, o caráter exclusivista é reforçado pelo desenho bastante peculiar, mas também por conta do preço. O Fortwo Coupé começa em R$ 57.900. Ou seja, custa o mesmo ou até mais que muitos hatches e sedãs médios. Ou seja, não é um modelo indicado para quem quer comprar carro a metro. Com 2,69 metros de comprimento, 1,56 m de largura, 1,54 m de altura e 1,87 m de distância entre-eixos, tem a limitação imposta pelas dimensões enxutas: carrega apenas duas pessoas e oferece um porta-malas com apenas 220 litros. Com isso, acaba por se tornar um carro de nicho. Ou seja, o tal lado racional acaba suplantado pelo design. Mas o carrinho da Smart também tem as virtudes peculiares dos modelos vendidos na Europa. Por conta disso, ele chega ao mercado brasileiro com controles eletrônicos de estabilidade e de tração, freios com ABS, EBD e assistente de frenagem de emergência, assistente de arrancada em subidas e air bags frontais, laterais e do tipo cortina. Além disso, para compensar as diminutas dimensões em colisões, o carro conta com estrutura de monobloco batizada pela montadora como “crash management system”, com 50% da estrutura reforçada de aço de alta resistência e célula de segurança tridion, um sistema em que até as rodas são utilizadas como zona de deformação. A modernidade do carrinho também está no motor. O Fortwo conta com um propulsor 1.0 com três cilindros em linha, 12 válvulas e turbocompressor. A unidade de força fica posicionada à frente do eixo traseiro, sob o piso do pequeno porta-malas, inclinada em 45º. O motor trabalha em conjunto com um câmbio automatizado sequencial de cinco marchas, com borboletas atrás do volante para trocas manuais. Ele fornece 84 cv de potência aos 5.250 rpm e 12,2 kgfm de torque máximo aos 3.250 giros às rodas de trás do carrinho. Trata-se de um motor compacto, para poupar espaço e peso no Fortwo e torná-lo mais eficiente para emissões e consumo, duas virtudes bastante exploradas pelo modelo. Segundo a Smart, o Fortwo emite 116 g de CO2 por quilômetro rodado e alcança o consumo médio de 20,4 km/l – o modelo testado obteve média de 12,7 km/l com uso 2/3 na cidade e 1/3 na estrada. Na busca por eficiência, conta com direção elétrica, outro bom aliado na redução de peso. Mas no mercado brasileiro, um carro de R$ 57.900 tem que vir bem forn ido também em itens de conforto. O Fortwo que chega ao mercado brasileiro tem arcondicionado automático, trio elétrico, rádio/CD/MP3 com subwoofer, sensor de chuva, travamento das portas na chave, entre outros. Na parte estética, além do visual peculiar, rodas de liga leve, aro 15 e teto panorâmico. Isso sem falar da possibilidade de várias combinações bicolores na carroceria, no chamado sistema bodypanels, pelo qual é possível encaixar painéis de fibra de cores diferentes na carroceria. Afinal, para um carro de nicho, personalizar é preciso.

Desempenho

Os 84 cv do motor turbo emprestam

certa desenvoltura ao carrinho de pouco

mais de uma tonelada. Mas trata-se

de uma performance adequada para a

proposta urbana do Fortwo.

Estabilidade

O carrinho da Smart foi feito para

se andar na cidade e principalmente

em velocidades civilizadas. Em trecho

plano e reto, acima de 100 km/h

a comunicação entre rodas e volante

começa a vacilar e o Fortwo passa

a flutuar bastante. A sensação de

imprecisão fica ainda mais gritante

quando um veículo de grande porte,

como caminhões ou ônibus, passa ao

lado do carrinho na estrada. Nas freadas,

o ABS e o EBD ajudam a manter

o carro na trajetória, mas nas arrancadas

o modelo levanta um pouco a

carroceria.

Consumo

O modelo testado fez a média de

12,7 km/l em uso 2/3 na cidade, longe

dos 20,4 km/l alardeados pela Smart,

mas louváveis em uma época de modelos

compactos beberrões.

Tecnologia

O carrinho ganhou uma nova geração

em 2006 e conta com estrutura em

aço reforçado, além de um moderno

sistema de absorção e distribuição de

impactos. O motor turbo e o câmbio

automatizado também merecem elogios

e o Fortwo conta com vários itens

de segurança indispensáveis para um

carro pensado para o mercado europeu.

Conforto

É um carro para apenas duas pessoas

e pessoas de estatura normal. Motoristas

com mais de 1,80 m tendem a

raspar a cabeça no teto, enquanto condutores

obesos inevitavelmente vão

esbarrar joelhos e pernas por painéis

e alavanca do câmbio. O espaço para

pernas do carona é um pouco melhor.

Acabamento

Apesar das muitas peças em plástico,

o Fortwo conta com revestimentos

que aparentam qualidade. Os tecidos

nas portas e bancos são de boa qualidade

e o volante conta com acabamento

em couro.

Design

É um carro que pela sua proposta

já chama a atenção. Com dois lugares,

tem desenho incomum e ainda oferece

combinações moderninhas de cores.

Custo-benefício

O subcompacto da Smart parte dos

R$ 57.900, mais caro que hatches médios

com motores mais potentes e muito mais

espaço interior. Mas não seria mesmo o

custo-benefício que motivaria a compra

de um modelo que oferece prioritariamente

design, charme e requinte.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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