Cidades

AJUSTES

Perdas de R$ 26 milhões levam cartórios a revisarem taxas

Taxas cartorárias podem ter 600 modificações

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Em três anos, os cartórios de Mato Grosso do Sul tiveram prejuízos que somam R$ 26,7 milhões, e, em decorrência disso, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) está revisando o valor das taxas cartorárias. A possibilidade de  alterações de algumas taxas cartorárias está mais perto de acontecer, porém, enquanto as escrituras com valores declarados de imóveis serão baixadas, outros serviços serão reajustados e terão aumentos de até 24%.

O texto da tabela de emolumentos está adiantado e de acordo com o juiz auxiliar da corregedoria-geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Renato Liberali, a proposta deverá chegar na Assembleia Legislativa na segunda quinzena de outubro. “Tivemos reunião prévia com desembargadores, entidades responsáveis. Tivemos mais de 600 ajustes”.

Uma das alterações, e que já foi motivo de discórdia na Assembleia, é a de tornar os protestos gratuitos. “Estão sendo trabalhados fortemente (por ser  um projeto é passível de análise dos desembargadores do TJMS) a realização do protesto sem quaisquer custos ao credor e, pagamento dos emolumentos (inclusive fundos) com o uso de cartão de crédito”, adiantou o juiz.

Apesar do projeto estar bem amadurecido, rodada de reuniões ainda vão ocorrer. “Mas, ainda em setembro, deve ser encaminhado à presidência (do TJMS) para seu processamento interno, e em seguida à Assembleia Legislativa”, afirmou Liberali.

Sobre as mudanças no que diz respeito aos valores das escrituras de imóvel que estão previstas para serem baixadas, o juiz explicou que foi possível identificar, por exemplo, que diante do atual preço das escrituras e, o fato das pessoas passarem a lavrá-las em outros estados, os cartórios de MS perderam cerca de R$ 26,7 milhões em renda nos últimos três anos, o que impacta também nos impostos recolhidos em cada município. “Estamos reduzindo valores, cada faixa tem uma redução diferente, mas tem alguns ajustes para evitar que os cartórios fechem”.

MUDANÇAS

Como o texto ainda não está finalizado, a previsão é de que as mudanças propostas anteriormente pelo TJMS em 2018, sejam mantidas. Entre elas está a lavratura ou aprovação de testamento que passaria a custar R$ 735 – aumento de 24% em relação aos R$ 592 cobrados atualmente. O processo para habilitação do casamento poderá ter reajuste de 15%, passando R$ 290 para R$ 332.

Deverá ser proposta a extinção dos 5% sobre a arrecadação mensal dos cartórios, mas com criação de novas faixas. As alíquotas vão de 2%, sobre as serventias extrajudiciais com receita igual ou menor que R$ 20 mil, até 9% sobre aquelas com faturamento superior a R$ 500 mil. Já os 10% sobre as taxas pagas por quem solicita os serviços notariais seria mantida.

Levantamento dos atos cartorários entre 2016 e 2018 apontou os problemas da tabela atual e como uma nova se comportará. “É um trabalho inédito quanto à tabela de emolumentos e, que servirá para projetos futuros. Os cartórios precisam ser viáveis financeiramente”, reforçou o juiz.

 

* Reportagem editada para acréscimos de informações 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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