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conflito agrário

PM usa bombas de efeito moral e expulsa invasores de fazenda dos Bumlai

Área, em Dourados, foi invadida no sábado e neste domingo o Batalhão de Choque enviou dois pelotões ao local e expulsou cerca de 60 pessoas da fazenda São Marcos

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Um grupo de cerca de 60 sem-terra que se diz integrante da Frente Camponesa de Luta (FCL) invadiu parte da fazenda São Marcos, em Dourados, na madrugada de sábado, e neste domingo foi expulsa pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar, que utilizou bombas de efeito moral e gás de pimenta após uma resistência inicial dos trabalhadores. 

A fazenda, de 5,5 mil hectares, pertence ao produtor rural Fernando de Barros Bumlai, filho de José Carlos Bumlai, que ficou conhecido nacionalmente por ser amigo do presidente Lula durante seus dois primeiros mandatos na presidência da República. 

José Carlos Bumlai chegou a ser detido durante a operação Lava Jato, em 2016, por conta de suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção.  

A terra invadida faz parte das áreas enteriormente ocupadas pela Usina São Fernando, falida desde 2017, mas que estava em processo de recuperação judicial desde 2013. Em 2022 a parte industrial foi finalmente vendida, por R$ 660 milhões. As dívidas da empresa, porém, superavam os R$ 2 bilhões. 

Inicialmente a polícia local tentou retirar os sem-terra da fazenda. Mas, como eles se recusavam, foi acionado o reforço do Batalhão de Choque, que enviou dois pelotões a Dourados. 

E, conforme o Boletim de Ocorrência, houve tentativa de “negociar para que se retirassem, porém, após a recusa destes, foi feito o posicionamento da tropa no terreno, sendo realizado o uso de munição química para o afastamento dos invasores”. 

Depois disso, segue o BO, foi feita a “progressão dos pelotões para que fosse possível vencer a primeira barricada, dessa forma, após a transposição, os esbulhadores desistiram da invasão e solicitaram um breve tempo para que se retirassem com os seus pertences”. 

PM divulgou imagens de material que estava com os sem-terra e que foi apreendido

Durante a operação, os PM apreenderam uma série de”objetos para impedir o avanço das viaturas, sendo eles: Ferramentas como facão, foice, enxada, miguelito; Tábuas de madeira com pregos voltados com a ponta para cima, arame farpado, Coquetéis molotov prontos (um deles com rojão acoplado), fogos de artifício, garradas vazias e gasolina em galões”, detalha do boletim de ocorrência.

Conforme a polícia, os trabalhadores só não utilizaram os coquetéis molotov (bombas incendiárias artesanais) porque foram repelidos pelas bombas de efeito moral e pelo gás de pimenta, impedindo que pudessem reagir. 

Atualmente as terras estão arrendadas para o produtor identificado apenas como Gilberto. E, apesar da promessa de que os sem-terra deixariam o imóvel, a PM ficou no local até que todos tivessem saído. 

Para acelerar o processo, o arrendatário cedeu veículos para o transporte dos pertences dos trabalhadores. 

Esta não foi a primeira invasão do imóvel. Entre 2015 e 2017 a São Marcos, onde era produzida cana-de-açúcar, chegou a ser alvo de pelo menos três invasões. Quase 300 famílias chegaram a entrar no imóvel, mas acabaram sendo expulsas. 

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Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Acidente aconteceu na noite desta sexta-feira (4); homem teve fratura facial e está internado

05/04/2025 16h00

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS

Peão sofre grave acidente ao cair de touro durante rodeio em MS Reprodução - TL Notícias

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Um peão identificado como Johanderson Britto, representante da cidade de Teodoro Sampaio (SP), sofreu um grave acidente durante uma montaria na noite desta sexta-feira (4), na Festa do Peão de Inocência, município localizado a 337 km de Campo Grande. As informações são do portal TL Notícias.

Durante a apresentação, Johanderson foi violentamente atingido pela cabeça do touro e caiu já desacordado dentro da arena. O competidor foi socorrido imediatamente pela equipe de emergência do rodeio.

Ainda inconsciente, foi encaminhado inicialmente ao hospital de Inocência. Porém, devido à gravidade do impacto, precisou ser transferido com urgência ao Hospital Auxiliadora, em Três Lagoas.

Segundo informações preliminares obtidas pelo TL Notícias, Johanderson sofreu fratura facial e foi sedado por recomendação médica. Apesar da gravidade, ele passou a noite estável, sem alterações clínicas.

Em uma publicação nas redes sociais, a mãe de Johanderson pediu orações e agradeceu o apoio que tem recebido:

"Estamos em orações para sua rápida recuperação. Que Deus esteja com ele e com toda a equipe médica."

Veja o vídeo: 

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Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal e por eventuais danos ao meio ambiente

05/04/2025 14h30

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS

Construtora é suspeita de extrair basalto sem licença ambiental em MS Divulgação

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Uma construtora é suspeita de realizar a extração e pesquisa de basalto sem as devidas licenças ambientais no município de Deodápolis - localizado a 264km de Campo Grande. Diante da possível irregularidade, o Ministério Público do Estado (MPMS) instaurou um inquérito civil para apurar o caso e investigar se houve dano ambiental.

Segundo a portaria que deu origem ao procedimento, a empresa possui alvará da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a pesquisa e exploração do minério. No entanto, a legislação ambiental brasileira exige, além da autorização da ANM, o licenciamento ambiental específico para esse tipo de atividade o que pode não ter sido obtido pela construtora.

Diante destes fatos, o MPMS encaminhou ofícios à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e à Polícia Civil de Deodápolis, solicitando diligências no local da extração. As equipes devem verificar se a atividade está sendo realizada de forma irregular, sem a documentação ambiental necessária.

Após a conclusão das diligências e a análise dos documentos reunidos, o Ministério Público decidirá quais medidas tomar. Caso sejam confirmadas as infrações, a empresa poderá ser responsabilizada pela extração ilegal de basalto e por eventuais danos ao meio ambiente.

O que diz a lei ?

De acordo com o art.10 da Lei nº 6.938/1981 Política Nacional do Meio Ambiente, 'atividades modificadoras do meio ambiente estão sujeitas a licenciamento ambiental prévio'. Esse licenciamento deve ser feito junto ao órgão ambiental competente (municipal, estadual ou federal, dependendo do impacto).

Já o Código de Mineração (Decreto-Lei nº 227/1967) e normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) diz que a instituição pode conceder alvarás de pesquisa e autorizações de lavra, mas isso não substitui o licenciamento ambiental.

O empreendedor precisa da licença ambiental emitida pelo órgão ambiental estadual - como é o caso do IMASUL, em MS - antes de iniciar a operação.

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