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Polícia Civil e Consulado dos EUA discutem parceria contra o crime organizado

Cônsul-geral do EUA, que está em MS, já supervisionou programas de combate a drogas ilícitas e crime organizado nos Estados Unidos

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O combate ao crime organizado em Mato Grosso do Sul poderá contar com colaboração internacional. O assunto foi debatido entre representantes do governo do Estado e do Consulado dos Estados Unidos da América, nessa terça-feira (2), em Campo Grande.

Foram recebidos pelo Delegado-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Lupérsio Degerone Lucio, os seguintes representantes do Consulado dos Estados Unidos da América, com sede em São Paulo-SP,  Verônica Iwanaga – Criminal Investigator, e Justin Garofalo – Special Agent Diplomatic Security Service. 

O encontro ocorreu um dia depois da visita do cônsul-geral do EUA em SP, Richard Glenn, ao governador Eduardo Riedel. Na ocasião, foi apresentado ao diplomata americano um panorama sobre o Estado em diversas áreas.

O cônsul-geral Richard Glenn tem experiência em combate ao crime organizado.

Diplomata de carreira dos Estados Unidos por mais de 25 anos, ele já atuou como Secretário Assistente Adjunto no Escritório de Assuntos Internacionais de Narcóticos e Aplicação da Lei (INL, na sigla em inglês), do Departamento de Estado, em Washington, D.C, onde supervisionou programas de combate a drogas ilícitas e crime organizado, e apoiou iniciativas de aplicação da lei e promoção do estado de Direito. 

Ele também foi responsável pelo programa Air Wing, que fornece apoio aéreo para Missões dos EUA no exterior e oferece assistência técnica e operacional a instituições de aplicação da lei de nações parceiras na América Latina.

Mesmo não tendo participado do encontro, outros representantes do consulado conversaram com autoridades da segurança pública de Mato Grosso do Sul sobre a importância da colaboração no combate ao crime organizado, especialmente  devido à localização estratégica do estado na fronteira com Paraguai e Bolívia.

Cooperação

O objetivo da parceria é fortalecer as investigações e promover o compartilhamento de informações imprescindíveis para desmantelar organizações criminosas, proporcionando uma resposta mais eficaz e integrada.

Nos últimos meses foram ofertados pelos Estados Unidos à Polícia Civil Polícia Civil de Mato Grosso do Sul treinamentos que capacitaram agentes em técnicas modernas de investigação e combate ao crime organizado, com foco também ao combate à exploração sexual infanto-juvenil, especialmente sobre a incidência em meio cibernético.

Os treinamentos abordaram tópicos na área de inteligência, para que os policiais desenvolvam habilidades específicas para lidar com a complexidade dos crimes, como o tráfico de drogas e a exploração sexual infantil.

De acordo com a Polícia Civil, com as capacitações e uso de tecnologias em cooperação, a Polícia Civil e seus agentes se tornam mais preparados para o desmantelamento de redes criminosas e proteção às vítimas de violência, elevando, assim, a eficácia das operações policiais.

Além do delegado-geral da Polícia Civil e representantes do consulado, participaram do encontro o Delegado-Geral Adjunto – Márcio Custódio, o diretor do Departamento de Polícia Especializada – delegado Ivan Barreira, a delegada titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente  (DEPCA) – Anne Karine Trevizan Duarte e os investigadores Anderson Antônio Alves Correa e Jeferson Maidana, lotados na Especializada.

Golpe milionário

Fármácia de Campo Grande é enganada em fraude de R$ 440 mil

Homens de 29 e 41 anos foram presos em flagrante após adquirirem diversos medicamentos de uma farmácia em Campo Grande e fraudarem os pagamentos

03/10/2024 18h30

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande Fotos/ Polícia Civil-MS

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Integrantes de uma organização criminosa foram presos em flagrante nesta terça-feira (1º) por realizarem compras fraudulentas de medicamentos por meio da simulação de pagamentos, gerando um prejuízo de R$ 441.124,93 em uma farmácia na região central de Campo Grande.

Segundo as investigações, no dia 16 de setembro, um dos integrantes da organização criminosa entrou em contato com a empresa, se identificando como médico e manifestando interesse em adquirir 20 unidades do medicamento Ozempic, que custa em média R$ 1,2 mil.

Ainda de acordo com a polícia, o suposto médico realizou mais sete compras. Outros contatos com a rede de farmácias ocorreram no dia 17 de setembro, quando foram adquiridas 60 unidades do mesmo medicamento. No dia 18, outras 35 unidades foram compradas e, no dia 20 de setembro, mais 90 unidades.

Segundo as investigações, os contatos com a rede de farmácias foram contínuos. No dia 23 de setembro, foram adquiridas 20 unidades, e no dia 24, outras 20. Todas as notas fiscais foram emitidas em nome do suposto médico.

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande Fotos: Polícia Civil-MS

O setor de televendas da empresa recebeu, em seguida, o contato de um segundo indivíduo, que também se identificou como médico. Ele realizou duas compras: uma carga de 50 unidades do mesmo medicamento no dia 18 de setembro e outros 90 exemplares no dia 22 de setembro.

Os pagamentos foram realizados via link, e a administradora de crédito aprovou todas as compras com sinal positivo de liberação para a farmácia, razão pela qual a venda foi efetivada e a mercadoria retirada por uma pessoa indicada pelo adquirente. No entanto, no dia 29 de setembro, a rede de cartões entrou em contato com a empresa da vítima, informando que todos os pagamentos haviam sido contestados pelos titulares dos cartões e cancelados.

Contatos foram realizados com os médicos titulares dos cartões informados nas compras, que disseram não ter sido eles os responsáveis pelas aquisições dos medicamentos e que já haviam registrado um Boletim de Ocorrência, pois, segundo eles, seus nomes estavam sendo utilizados de forma indevida para a prática de crimes.

Diante de mais casos de estelionato, a vítima procurou a Polícia Civil e informou, no registro da ocorrência, que teve um prejuízo de R$ 500 mil.

Diante das informações, a Polícia Civil iniciou uma investigação para identificar os criminosos.

Localização dos suspeitos 

Entorpecentes e medicamentos foram encaminhados a Polícia Civil de Campo Grande Divulgação/ Polícia Civil 

Após semanas de investigações e análise de dados, os policiais descobriram que os suspeitos mantinham os remédios bem refrigerados até a destinação final. Um dos integrantes, de 41 anos, foi localizado na posse do veículo utilizado para transportar os medicamentos. Ele confessou ter recebido, em três ocasiões diferentes, mercadorias acondicionadas em caixas de isopor e esclareceu que sua função era manter o conteúdo armazenado em geladeira por poucas horas, informando que seu companheiro, de 29 anos, foi quem passou o “trabalho”.

Os investigadores concluíram que o homem de 41 anos guardava as mercadorias em seu local de trabalho, onde foi localizada uma geladeira utilizada para armazenar os remédios. Ao ser questionado, ele respondeu que entregou a outra pessoa para dar a destinação, mostrando em seu aparelho celular as conversas mantidas com o companheiro. Além disso, levou os policiais até o local onde residiam para comprovar que não estava na posse da mercadoria.

No local, os policiais encontraram maconha e cocaína, além de utensílios utilizados para a comercialização das drogas.

Ambos os autores possuíam mandados de prisão em aberto. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de associação criminosa destinada à prática de estelionato, tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, cujas penas somadas podem alcançar até 28 anos de reclusão.

A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, e as investigações prosseguiram para identificar os demais integrantes da associação, bem como para recuperar o dinheiro e/ou os medicamentos desviados da vítima, que já haviam sido vendidos pelos autores.

 

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"Gato" e produtos vencidos fazem dona de mercado ser presa pela 2° vez

Em oito dias, ela foi flagrada duas vezes praticando furto de energia e vendendo produtos impróprios vencidos em mercado de Campo Grande

03/10/2024 18h00

'Gato' e produtos vencidos fazem dona de mercado ser presa pela 2° vez

'Gato' e produtos vencidos fazem dona de mercado ser presa pela 2° vez Polícia Civil

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Uma mulher foi presa pela segunda vez em apenas 8 dias. A proprietária do mercado, localizado na Vila Entroncamento, em Campo Grande, além do furto de energia estava vendendo mercadorias com prazo de validade expirado e produtos fracionados, de fabricação própria e sem rótulos.

Foram apreendidas linguiças e carnes temperadas, todas embaladas sem rótulo e sem registro de inspeção pelos órgãos competentes, cigarros de origem estrangeira, oriundos de contrabando também foram encontrados.

A primeira prisão ocorreu no último dia 26 e a segunda, nesta quinta-feira (03) pela Polícia Civil, representada pela Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon) e pela Coordenadoria-Geral de Perícias, em conjunto com a Energisa e Procon.

Agora, a dona do supermercado deverá responder por crimes contra a relação de consumo, contrabando e furto de energia elétrica.

Furto de energia 

De acordo com o Delegado de Polícia Titular da DECON, Reginaldo Salomão, e Denise Simões, houve um desvio de energia, popularmente conhecido como “gato de energia elétrica”, este, configura crime de furto previsto respectivamente no artigo 155 §3º e 171 do Código Penal Brasileiro.

Conforme informações, a ação pode causar acidentes fatais em face das ligações clandestinas - que podem provocar incêndios e explosões - sendo a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica.

As fraudes, mais conhecidas como “gato”, trazem sobrecarga da rede elétrica e podem piorar a qualidade do serviço prestado, deixando o sistema mais suscetível a interrupções e oscilações de energia, além de causar acidentes graves e incêndios.

As investigações prosseguem para a identificação de outros possíveis pontos de irregularidades na cidade de Campo Grande e circunscricionadas para deflagrar as Operações Lumens II e III.

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