Cidades

"Intervenção de agente"

Polícia de MS mata 1 a cada dois dias em 2025

Mortes deste tipo já superam número de mortos entre janeiro e fevereiro do ano passado

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Desde o início do ano, ao menos 15 pessoas morreram por “intervenção policial” em Mato Grosso do Sul, números que, em média, resultam em uma morte deste tipo a cada dois dias em 2025. De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), até  último dia 30, ao menos 10 pessoas foram mortas em confronto com a polícia.

Contudo, um levantamento realizado pelo Correio do Estado constatou que os dados não elencam as mortes de Donizete Mário do Santos, morto em confronto no último dia 31, em Dourados, além de Leonardo Diego Fagundes Lourenço, morto durante a Operação Dual, realizada no mesmo dia, na Vila Nhanhá, em Campo Grande.

Segundo relatos dos moradores, Leonardo foi morto  após tentar atacar os policiais militares com uma faca, em um ponto de comercialização de drogas da Capital, enquanto Donizete Mário morreu após reagir contra um mandado de prisão em seu nome.

As outras três mortes ocorreram na madrugada deste domingo (2), onde dois homens e uma mulher morreram após tentativa de roubo em um comércio de joias no centro de Campo Grande.

Conforme boletim de Ocorrência, os envolvidos mantinham um idoso de 70 anos, ourives e dono do local, em cárcere, vítima que foi encontrada gravemente ferida, conforme divulgado pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul na tarde deste domingo (2).

“Durante a aproximação policial, utilizando-se de lanternas, foi possível observar que os fugitivos empunhavam armas de fogo, então, diante da injusta e iminente agressão ofertada aos policiais, foi necessário o emprego de força letal para impedir o intento dos assaltantes contra a equipe policial.”, diz trecho da ocorrência. 

Conforme os policiais, antes de qualquer ato, os agentes foram “gravemente afrontados com as armas em riste prontas para serem utilizadas”, e precisaram agir contra os assaltantes, contudo, antes disso, determinaram que todos se rendessem, o que não aconteceu, diz o B.O.

De acordo com a polícia, todos foram prontamente socorridos, encaminhados à Santa Casa, porém não resistiram aos ferimentos.

Cabe destacar que em um dado comparativo, o número de mortes por “intervenção de agente de estado” já se igualam aos mesmos 15 óbitos ocorridos entre janeiro e fevereiro de 2024.  

Retrospecto

Desde primeiro de janeiro do ano passado, quando Eduardo Riedel  (PSDB) assumiu o Governo do Estado, até o fim de 2024,  217 pessoas morreram em Mato Grosso do Sul em decorrência da chamada “intervenção policial”. O número supera as 200 mortes provocadas por policiais ao longo dos quatro anos da gestão anterior, do também tucano Reinaldo Azambuja.

Nos supostos confrontos que resultaram na morte de 217 pessoas desde o começo do ano passado, nenhum policial foi morto. Não existe registro nem mesmo de ferimento. Disparos ou danos contra viaturas foram menos de meia dúzia.

*Matéria atualizada para correção de informações

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Campo Grande

Vendedor de vinícola frauda chave Pix, desvia valores por um ano e acaba preso

Funcionário oferecia descontos e optava por fraudar garradas de marcas importadas; suspeito alegou endividamento e vício em cassinos online

12/03/2025 16h30

Criminoso praticava fraudes há pelo menos um ano

Criminoso praticava fraudes há pelo menos um ano Foto: Reprodução, Pixabay e Marcello Casal/Agência Brasil

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Um funcionário de uma loja de vinhos de Campo Grande acabou preso após ser descoberto fraudando pagamentos e desviando o valor de garrafas renomadas.

Conforme a Polícia Civil, o criminoso já cometia o crime no estabelecimento há pelo menos um ano, o que provocou grande prejuízo ao estabelecimento. Sem os proprietários da loja saberem, o funcionário comercializava as garrafas normalmente com os clientes.

Contudo, na hora do pagamento, o suspeito informava chaves Pix e links de cartão de crédito adulterados, que direcionavam os valores para outras contas bancárias.

Entre as garrafas de vinho escolhidas para a fraude, o criminoso optava pelas de marcas importadas e grifes de alto padrão.

Conforme a Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (Derf) —, que investigou o caso e indiciou o suspeito — o criminoso oferecia descontos de até 20% em garrafas de R$ 350 a R$ 2 mil.

Após o resultado das investigações, o funcionário foi levado até a sede da Derf para interrogatório, momento em que confessou a prática dos crimes.

O criminoso justificou os atos por endividamento, alegando ser viciado em jogos de cassino da internet e "Tigrinho". O homem relatou também estar arrependido.

Após o fim das investigações, o criminoso foi indiciado pelo crime de furto qualificado pelo abuso de confiança e fraude. A pena prevista é de dois a oito anos de prisão.

Viciada em 'jogo do tigrinho', jovem engana avó e desvia R$ 55 mil

Em outro caso envolvendo vício em jogos de azar da internet, uma jovem de 25 anos desviou cerca de R$ 55 mil da própria avó, de 67 anos, para jogar no "jogo do tigrinho".

Segundo a Polícia Civil de Brasilândia, município onde ocorreu o fato, a neta se aproveitou do baixo conhecimento sobre das próprias finanças de sua avó.

Além de enganar a vítima, informando dívidas com valores superiores aos reais das contas, a jovem ainda não realizava os pagamentos da avó e ficava com todo o dinheiro.

A golpista foi enquadrada nos crimes de estelionato e apropriação de proventos de idoso.

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Estelionato

Jovem engana avó e gasta R$ 30 mil no jogo do tigrinho em MS

A neta, de 25 anos, com o pretexto de "cuidar" das questões financeiras da idosa, terminou indiciada pela polícia por estelionato

12/03/2025 15h30

Crédito: Diário do Transporte

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Uma jovem, identificada como C.B.F., de 25 anos, tirou proveito do fato de que a avó, de 67 anos, não tinha conhecimento sobre questões financeiras e desviou cerca de R$ 55 mil da idosa.

A Polícia Civil de Brasilândia concluiu, nesta quarta-feira (12), o inquérito e indiciou a neta pelos crimes de estelionato e apropriação de proventos de idoso.

A investigação apontou que, por não ter conhecimento das próprias finanças, a avó confiava à neta a responsabilidade de realizar os pagamentos de suas contas.

Além de ludibriar a vítima, informando valores superiores aos reais das contas, a jovem não realizava os pagamentos e ficava com todo o dinheiro.

Aproveitando-se da confiança da avó, a jovem instalou um aplicativo bancário em seu próprio celular e transferiu cerca de R$ 55 mil da conta da idosa. Desse total, R$ 30 mil foram usados em jogos virtuais, como o do “tigrinho”.

Em conversa com o delegado, C.B.F. confessou parte dos crimes e relatou estar arrependida, mas foi indiciada e responderá na Justiça.

O que diz a lei

Cabe ressaltar que o artigo 102 da Lei 10.741/2003 determina que a apropriação indevida ou o desvio de bens de idosos são crimes.

O crime ocorre quando o idoso, por necessitar de ajuda, termina confiando em uma pessoa que, em tese, deveria ajudá-lo, mas acaba se aproveitando da situação para desviar seus bens.

Art. 102. Apropriar-se ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da sua finalidade. A pena prevista é de  reclusão de 1 a 4  anos e multa.

Outro caso

No dia 6 de março, a PCMS prendeu um entregador de marmita, de 18 anos, que pediu para beber água e furtou o cartão de um idoso com dificuldade de mobilidade.

O furto ocorreu em Jaraguari e, conforme apurado pelo Correio do Estado, a vítima, de 76 anos, teve um prejuízo de aproximadamente R$ 12 mil.

O rapaz chegou a ir para Campo Grande, onde efetuou compras com o cartão do idoso. Por meio de câmeras de segurança, acabou identificado e preso.

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