Depois de ocupação indígena na fazenda Água Branca, em Aquidauana, no começo do mês, as forças da Polícia Militar (PM) foram enviadas novamente até o local para coibir crimes que podem ser cometidos na fazendo, segundo informações obtidas pelo Correio do Estado.
Indígenas da etnia Kinikinaus ocuparam, no dia 1º de agosto, a sede da fazenda. O grupo só deixou o local após a chegada das Polícias Civil e Militar, que foram enviadas pelo Governo do Estado para negociar a saída pacífica do local.
Segundo informações do site O Pantaneiro, indígenas chegaram ao local pela madrugada, alegando que eram os donos da terra, e solicitaram que o proprietário da fazenda e a esposa dele saíssem imediatamente. Em seguida, barracos foram montados na propriedade.
A Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública informou na manhã do dia 2 que a ação ocorreu de forma pacífica e que foram verificados crimes de ameaça, furto qualificado, danos e crimes ambientais, por isso o grande contingente policial na operação.
Por meio de nota, a Pasta disse que "o foco das ações foram no sentido de combater delitos de competência da segurança pública e evitar confronto entre produtores e índios. Por esse motivo as forças policiais permanecem na região."
A ação policial na propriedade ainda está cercada de polêmicas. A Sejusp não comentou áudio divulgado nas redes sociais onde supostamente o prefeito de Aquidauana, Odilon Ribeiro (PSDB), diz que a ação foi ordenada "diretamente de Brasília [DF]”.
Além disso, integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) ouvidas pelo Correio do Estado disseram que a ação foi feita sem nenhum tipo de negociação prévia com os indígenas, foi truculenta e sem diálogo.
"Não havia ordem judicial, por isso a Polícia Federal não participou da movimentação. E não conseguimos diálogo com a PM", disse.


