Cidades

Jorge Rafaat

Polícia paraguaia não tinha provas contra narcotraficante; atirador está no hospital

Jorge Rafaat foi morto ontem à noite durante tiroteio na fronteira

ALINY MARY DIAS

16/06/2016 - 13h24
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Condenado em 1ª instância pelo juiz federal Odilon de Oliveira, em 2014, por tráfico internacional de drogas, Jorge Rafaat, morto na noite de ontem (15) durante tiroteio em Pedro Juan Caballero, vivia livremente no Paraguai porque as autoridades do país vizinho não encontraram provas que pudessem incriminá-lo. O pistoleiro suspeito de ter manuseado a arma antiaérea que matou o narcotraficante está com lesões graves em hospital paraguaio.

Segundo Odilon, a prisão de Rafaat foi decretada pela primeira vez em 2003, ele ficou preso por três anos e em 2014 foi condenado pelo crime de tráfico internacional de drogas. Vários bens dele, que era considerado o “Rei do Tráfico”, inclusive, foram sequestrados.

Rafaat estava livre porque conseguiu na Justiça brasileira habeas corpus e desde então vivia no Paraguai, onde nenhuma investigação existia contra ele.

Titular da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Luis Rojas disse ao jornal paraguaio ABC Color que Jorge Rafaat era acompanhado pelas autoridades, mas nenhuma prova que o ligasse com o tráfico de drogas foi encontrada.

“Não tinha mandado ou no Brasil ou no Paraguai. Ele podia mover-se livremente. Quem é acusado não significa que há uma investigação em curso. É um processo diferente. Nós não tivemos nenhuma evidência conclusiva ainda”, disse Luis.

PISTOLEIRO

Dos cerca de 70 pistoleiros que participaram do tiroteio na noite de ontem, oito já foram presos. Um deles, o responsável por operar a arma antiaérea de onde saíram os tiros que mataram Rafaat, está internado em hospital de Pedro Juan, com lesões graves nas mãos.

Segundo a imprensa paraguaia, o homem seria integrante do Comando Vermelho, facção que pode ter organizado a emboscada contra o narcotraficante. Integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) também são suspeitos de terem participado dos ataques.

Durante o tiroteio e depois da morte do narcotraficante, tanques do Exército Brasileiro foram vistos transitando na fronteira, mas segundo o Comando Militar do Oeste, não houve nenhuma ação por conta dos ataques no país vizinho.

O deslocamento dos blindados se deu por conta de logística da Operação Ágata, que é realizada na fronteira desde terça-feira. Ainda segundo o CMO, se fosse necessária a intervenção do Exército, qualquer ação teria de ter autorização do comando em Brasília e ações só poderiam ser feitas em solo brasileiro.

ATAQUE

O assassinato dele ocorreu em Pedro Juan Caballero. O criminoso foi cercado por pistoleiros em seu carro blindado e mesmo fortemente armado e cercado por guardiões, não se livrou da morte nem mesmo com todo o aparato de segurança.

De acordo com informações do site paraguaio ABC Color, o ataque é atribuído ao ''barão da droga'' Chimenes Jarvis Pavão, em parceria com a organização criminosa do Brasil Primeiro Comando da Capital (PCC).

Tiroteio começou durante a noite de ontem e se estendeu até a madrugada desta quinta-feira. Segundo o noticiário, foram cerca de quatro horas de enfrentamentos entre duas facções na disputa pelo território do tráfico de drogas. O cenário, conforme relatos, era de terror. Tanques do Exército Brasileiro, que estava na região por conta da Operação Ágata, e Paraguaio, além de policiais dos dois países, foram mobilizados e até a fronteira teria sido fechada.

Segundo o ABC Color, depois de cessado os tiros, dois estabelecimentos comerciais foram incendiados. Por volta das 4h30 de hoje, loja de nome "Pneus Porã" e outro comércio foram, simultaneamente, tomados por fogo. Um dos pontos seria de propriedade do traficante morto Jorge Rafaat. Bombeiros combateram as chamas.

No contexto da guerra do narcotráfico, sete pessoas teriam sido presas. A polícia ainda não divulgou oficialmente a quantidade de mortos e feridos. O velório de Rafaat acontece na manhã de hoje, em Ponta Porã, e a segurança é reforçada por policiais militares.

 

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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