Cidades

operação forasteiro

Polícia põe fim a jogatina que rendia R$ 5 mihões por mês em MS

Para explorar o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis, grupo paulista se instalou em MS despois que a operação Omertà desbancou a família Name

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Dezenas de policiais e promotores foram às ruas nesta quinta-feira para prender sete pessoas e cumprir mandados de busca e apreensão em 30 endereços de pessoas envolvidas na exploração do jogo do bicho e instalação de máquinas caça-níqueis. 

O grupo, procedente de São Paulo, se instalou em Mato Grosso do Sul em 2021, depois que a Operação Ormertà desmantelou o grupo que explorava a jogatina em Campo Grande e região fazia décadas.

Na época, Jamil Name e Jamil Name Filho foram detidos acusados de comandarem uma milícia de assassinos. O pai faleceu no presídio e o filho, segue preso e já acumula 69 anos de condenação. 

Batizada de operação “Forasteiros”, os sete mandados judiciais de prisão preventiva e os 30 de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande, Aquidauana, Pompeia (SP), Marília (SP) e Araguaína (TO).

A operação foi coordenada pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e  Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO).

A investigação se estendeu por cerca de meses e revelou a atuação de uma organização criminosa autointitulada “MTS”, cujas lideranças são originárias do Estado de São Paulo, mas que se instalaram em Campo Grande para explorar o “jogo do bicho” e as chamadas máquinas caça-níqueis, praticando, ainda, outros crimes correlatos, necessários para viabilizar a atividade ilícita principal. 

Segundo a assessoria da MPE, o grupo já explorava essa atividade ilícita em outras localidades do país e passou a atuar por aqui para aproveitar o “vácuo de poder ocasionado pela queda de outra organização criminosa que aqui explorava, há décadas, essas modalidades de jogo e que foi debelada pela Operação Omertà”.

Os investigadores estimam que a “organização criminosa tenha estabelecido mais de mil bancas de apostas e arrecadado mais de 5 milhões de reais por mês durante todo o período que opera nesta Capital”.

Conforme apuração do Correio do Estado, atualmente existem dois grupos que disputam o domínio do jogo do bicho em Campo Grande. Um deles é o MTS, alvo da operação desta quinta-feira (26). 

O outro grupo só operava no interior, mas estendeu seus domínios à Capital depois da queda dos Name. Esse grupo já foi alvo de pelo menos três etapas da operação Sucessione, também do MPE. Neste grupo atuam vários policiais civis aposentados, que anteriormente atuavam com os Name, conforme apontaram as investigações policiais. 

APOIO

Equipes MPE e policiais paulistas, além do Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE) de Mato Grosso do Sul prestaram apoio operacional ao GAECO.

O nome da operação faz alusão ao fato de a organização criminosa ser liderada por indivíduos naturais do Estado de São Paulo que migraram para o Estado de Mato Grosso do Sul para exercer o monopólio dos jogos de azar em Campo Grande, o que já faziam em suas localidades de origem.

 

Campo Grande

Prefeitura doa seis terrenos para ampliação de complexo penitenciário da Agepen

Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas Piraputanga, Osasco e Atibaia

06/03/2025 18h00

Divulgação/ Agepen

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A Câmara dos vereadores de Campo Grande aprovou nesta quinta-feira (6), o  Projeto de Lei 11.671/25, que autoriza a doação de seis terrenos públicos à Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) para regularização do complexo penitenciário atual.  Ao todo, foram doados 15,3 mil m², terrenos localizados nas ruas: Piraputanga, Osasco e Atibaia.  

A doação dos imóveis servirá para “regularizar o patrimonio" da Agepen, para que a pasta receba os recursos federais que possibilitem ampliar o complexo penitenciário, o que já está  previsto em ofício.

Os terrenos são adjacentes ao atual complexo, e estão localizados no Jardim Noroeste. As doações serão concretizadas após publicação oficial no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande). 

No início deste mês o Governo do Estado oficializou a regulamentação dos uniformes da Polícia Penal de Mato Grosso do Sul por meio de decreto oficial. A medida visava a produção da vestimenta, da Agepen reservou um investimento de R$ 2,7 milhões destinados a uniformes e R$ 335,1 mil a distintivos.

A regulamentação estabelece diretrizes para a padronização das vestimentas, distintivos, insígnias e condecorações dos policiais penais, garantindo maior identidade institucional e segurança aos servidores.

Além da identificação visual, o uso do uniforme tem como principais objetivos:

  • proteção dos servidores, funcionando como Equipamento de Proteção Individual (EPI);
  • fortalecimento da identidade institucional da Polícia Penal;
  • facilidade no reconhecimento dos agentes durante o exercício da função;
  • ergonomia e conforto, adaptando-se às condições climáticas e à natureza do trabalho;
  • funcionalidade e utilidade, de acordo com a atividade exercida.

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VEJA VÍDEO

Motoristas que disputaram racha que terminou em morte vão à júri popular em abril

Durante disputa de racha na Avenida Júlio de Castilho, homem bateu carro em poste e passageira morreu, em 2022; Veja vídeo

06/03/2025 17h44

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu

Durante racha, motorista perdeu o controle da direção, bateu em poste e passageira morreu Foto: Naiara Camargo / Arquivo

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William Goes Abbade, 39 anos, e Olliver Richerd Ferreira Siebra, 22 anos, que disputaram um racha que causou a morte de uma jovem de 25 anos, irão a júri popular no dia 3 de abril, a partir da 8h, segundo decisão do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

O caso aconteceu no dia 16 de abril de 2022, na Avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande.

De acordo com a sentença de pronúncia, William irá responder por homicídio doloso, tentativa de homicídio, dirigir embriagado e por participar de racha.

Ele dirigia um Ford KA, ocupado por sete pessoas, incluindo ele, onde estava Roberta da Costa Coelho, que morreu após o carro bater contra um poste de energia.

O outro motorista envolvido na disputa automobilística, Olliver, dirigia um Gol e irá responder por participar de racha, omissão de socorro às vítimas e dirigir sem carteira nacional de habilitação (CNH).

O juiz considerou que a materialidade e autoria do crime ficaram comprovadas por meio de laudos periciais e depoimentos de testemunhas durante a fase de instrução do processo.

A sentença de pronúncia saiu em 2023, quando o juiz definiu que os acusados iriam a júri popular. Desde então, houve a interposição de diversos recursos, todos negados.

Olliver aguarda o julgamento em liberdade, enquanto William cumpre prisão domiciliar. O juiz determinou que ele seja escoltado no dia do julgamento.

 

Racha

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

William Goes Abbade era motorista do Ford Ka que bateu em um poste de energia elétrica.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou. Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

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