A costureira Natália Wenz Ajala, 22 anos, foi encontrada morta no início da noite de ontem, em um matagal da Vila Popular, cinco dias após ser vista pela família pela última vez. Ela foi assassinada com um tiro na cabeça disparado pelo namorado, Esteferson Roy Souza da Silva, 21 anos, que está preso junto com outras três pessoas. De acordo com o rapaz, o revólver calibre 38 utilizado no crime é do tio dele, que seria desembargador. O padrasto de Natália, o açougueiro Gerson Gomes Pereira, 34 anos, disse que Natália namorava Esteferson há três semanas e que no sábado, quando foi vista pela última vez, o jovem a buscou em casa, em uma motocicleta, por volta das 17 horas. A versão confirmada pelo rapaz, que levou Natália para um bar localizado na Rua Japecanga, Bairro Silvia Regina. No local, ele atirou na cabeça dela, já quase na madrugada de domingo. Esteferson diz que o tiro foi acidental. “Tirei duas balas e pensei que não tivesse mais. Aí atirei”. De acordo com a investigadora da 7ª Delegacia de Polícia Civil, Maria Campos, pouco antes da meia-noite, uma amiga de Natália ligou no celular dela e a questionou se ela iria em uma festa de aniversário. A jovem teria respondido que provavelmente não, porque Esteferson estaria dificultando. A ligação está registrada no celular da amiga da vítima. Esse foi o último contato da costureira com a amiga. Sobre a festa, o autor diz que já havia dito para Natália que ela poderia ir, mas, ele não iria. Após matar Natália na frente do dono do bar e da esposa dele, Esteferson e um amigo, um soldado do Exército Brasileiro, colocaram o corpo em uma motocicleta e o abandonaram em um matagal, às margens de uma via sem pavimentação, na Vila Popular. O comerciante e a esposa se mudaram para o Jardim Noroeste no dia seguinte e agora estão presos, assim como Esteferson e o amigo militar. Esteferson, que não trabalha nem estuda, diz que está arrependido e que não conseguiu dormir nestes dias. A família de Natália passou o dia na 7ª Delegacia, cujos policiais conseguiram desvendar o caso.