Polícia

"RESTA UM"

Fugitivo da "Máxima" é recapturado e pedia resgate para cruzar a fronteira

Naudiney de Arruda Martins, detido por roubo e furto, fugiu do presídio de Campo Grande na madrugada de segunda-feira (04) ao lado do parceiro, Douglas Luan Souza Anastácio, que segue foragido

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Cerca de 48 horas após a fuga do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” - conhecido popularmente como "Máxima" - em Campo Grande, um dos fugitivos, Naudiney de Arruda Martins, foi recapturado pela Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul enquanto pedia resgate para companheiros de facção com a intenção de cruzar a fronteira brasileira. 

Informações divulgadas pela Polícia Civil indicam que a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (GARRAS) agiu com apoio da Gerência de Inteligências (GISP) da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen).

Ainda, a Agência confirmou que o recapturado trata-se de Naudiney, que responde pelos crimes de roubo e furto, considerado um preso já faccionado que, inclusive, acionava demais integrantes da organização criminosa para apoio em seu resgate. 

Segundo a Polícia, a intenção de Naudiney ao contatar seus comparsas era que a quadrilha o transportasse para a fronteira entre Brasil e Paraguai. 

Além disso, o trabalho de inteligência para capturar o foragido, feito por meio de "diligências veladas", teve sucesso ainda na noite de ontem (06), no bairro Jardim Campo Alto, distante cerca de 11 km do presídio. 

Fuga do "Hotel do Crime"

Foi com o monitoramento dos indivíduos ligados a Naudiney que a polícia localizou o esconderijo do foragido, que recebia uma mulher em frente à residência onde se escondia e tentou mais uma fuga ao ouvir a voz de prisão dos policiais. 

Correndo para dentro da casa e saltando o muro dos fundos, a nova perseguição à Naudiney, que teve ajuda de outras cinco pessoas que estavam na casa quando os policiais faziam a abordagem. 

Após pular o muro do esconderijo, que separava o covil de um condomínio de casas, Naudiney passou a invadir várias residências desse local, saltando muros até parar na laje de uma casa ainda em construção, onde foi pego pela polícia. 

Dos comparsas que auxiliaram na fuga e estava no esconderijo, um rapaz de 23 anos estava com mandado de prisão em aberto, pelos crimes de corrupção de menores e tráfico de drogas. 

Além de Naudiney e desse segundo indivíduo com mandado em aberto, as entrevistas do GARRAS evidenciaram que até mesmo Douglas Luan Souza, que fugiu da Máxima na madrugada de segunda-feira (04), estava nessa casa considerada pelos policiais um "hotel do crime". 

Com isso, todos que ajudaram Naudiney na fuga, ou com estadia e alimentação, foram levados para o Garras, autuados pelo crime de "favorecimento pessoal", sendo dois outros indivíduos de 23 anos, um de 28 e um quarto com 18 anos.

Problemas na "Máxima"

Ainda nesta quarta-feira (06) policiais penais protestaram em frente ao Estabelecimento Penal "Jair Ferreira Carvalho", pedindo regulamentação e alegando sobrecarga de funções. 

No protesto, o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap-MS), André Santiago, ressaltou o acúmulo das escalas de plantão e que 11 agentes monitoram cerca de 2,4 mil presos na Máxima. 

Conforme o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), cabe frisar que esse contingente de agentes é estipulado em um policial para cada cinco presos. Com isso, a "Máxima" da Capital precisaria de aproximadamente 500 policiais para dar conta da massa carcerária atual. 

Com dois presos escapando no início da semana, a torre de vigilância mais próxima do pavilhão seis, de onde fugiram os dois detentos, foi ativada, o que segundo André Santiago não reprime as tentativas de fuga e sobrecarrega ainda mais o servidor. 

Para André Santiago, diante de uma crise no sistema como essa, é fácil achar “um boi de piranha”, alguém a ser responsabilizado que, segundo o presidente do Sinsap, “muitas vezes é a ponta mais falha da corda”, concluiu. 

 

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TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

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Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

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Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

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