Após seis dias do Congresso da Juventude do PT-MS, a tentativa de estupro de uma jovem filiada, no último sábado (27), em Campo Grande, veio a público por meio da imprensa.
O caso ocorreu durante uma confraternização dos filiados, onde o suspeito levou a vítima embriagada a um dos cômodos e tentou abusar sexualmente da mulher.
Conforme informações apuradas, um grupo de amigos consumiam bebidas alcoólicas dentro do diretório, quando a vítima e o suspeito começaram a se aproximar.
Em determinado momento, o rapaz convidou a jovem para ir até o bebedouro e levou ela para um dos cômodos vazios dentro do local, onde tentou abusar sexualmente da vítima que ja estava embriagada.
O caso foi levado a Polícia Civil pelo coletivo feminino do partido e a equipe presta todo apoio psicológico a jovem.
A vítima não se pronunciou sobre o ocorrido até o fechamento do texto. O presidente do diretório estadual do PT tambémfoi procurado pelo Correio do Estado, mas se absteve.
A vereadora Camila Jara (PT) comentou o caso e reforçou o apoio a vítima.
"Já é bem conhecido que, em casos de violência contra a mulher, a tendência é que tentem culpabilizar a própria vítima ou minimizar o acontecido. Partidos políticos não são uma bolha isolada da sociedade e esse tipo de comportamento reproduzido dentro do partido deve ser repudiado e encaminhado à justiça", acrescentou.
Outra versão
O suspeito afirmou em carta que o caso está sendo tratado politicamente e foi denunciado por uma amiga próxima da vítima apenas por terem a ideologia política oposta.
"Em nenhum momento tive a intenção ou tentei ser desrespeitoso, mas ela vendo alguma atitude minha, peço sinceras desculpas. Apenas fiquei com ela, um beijo, nada mais. Estávamos bebendo e ela próxima a mim, nós brincando, uma atitude mais de amizade que qualquer outra intenção. Ela sorriu, disse que depois iríamos, depois a chamei novamente e fomos, subimos até uma sala e ali nos beijamos e em seguida ela quis descer e tudo tranquilo", disse.
"Esse fato acima descreve minha ação e ato, o companheiro subiu até o andar de cima e nos viu ficando. Coisa de minutos. Hoje, recebi várias mensagens de uma amiga me acusando de assédio, dizendo coisas que não sou e falando de crime, isso se dá mais por diferenças políticas que tenho com ela e por ela não estar desempenhando atividades no DCE/UEMS", afirmou.