Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Por manchar título 'anti celular' da Gameleira, policial penal tem condenação 'exemplar'

Em esquema que envolve corrupção de agentes e "gravatas" como pombos-correios do crime, Ministério Público já soma mais de 300 anos de condenação obtida

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Quase um ano e meio após saírem às ruas, para desarticular grupo de policiais e advogados ligados a facções, o Ministério Público Estadual (MPMS) colhe os frutos da operação que já soma mais de 300 anos de condenação aos envolvidos, entre eles um policial penal que manchou o título "anti celular" da Gameleira I. 

Estabelecimento penal de segurança máxima de Campo Grande, a unidade voltada para detentos masculinos que cumprem regime fechado tinha, até então, a fama de não registrar aparelhos móveis juntos aos internos, o que caiu por terra com o trabalho do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). 

Aqui é importante lembrar que, em 05 de maio de 2023, os agentes do Gaeco foram às ruas de oito municípios sul-mato-grossenses (bem como no Distrito Federal e outros três Estados) mirando o cumprimento de 92 mandados de prisão e 38 de busca e apreensão. 

Batizada de "Bloodworm", os alvos seriam apoiadores e integrantes da organização criminosa batizada de Comando Vermelho (CV), mirando justamente policiais penais e advogados que supostamente agiam em serviço da facção. 

Foram pelo menos 15 meses de serviço investigativo para desenhar a teia, composta por advogados; agentes penitenciários e internos do sistema prisional de Mato Grosso do Sul pertencentes à facção do CV.  

Todo esse trabalho do Grupo pela Bloodworm trouxe números que, segundo o Ministério, podem ser considerados expressivos, como: 

  • 61 pessoas condenadas
  • 9 ações penais julgadas
  • 2 ações penais pendentes de julgamento
  • 302 anos, 4 meses e 7 dias de penas no total

Celular na prisão

Nessa somatória de pena, a maior condenação que o Gaeco obteve foi justamente em cima do policial penal que facilitou entrada de celulares na Gameleira. 

Por usar de cargo público com intuito de auxiliar as ações criminosas, permitindo acesso a telefones aos internos do regime fechado em Campo Grande, esse policial penal pegou sozinho 10 anos e 8 meses de prisão. 

Segundo o MPMS, essa entrada facilitada por policiais penais e advogados corrompidos pela organização, fazia com que os chefões da facção fluminense expandissem seu "domínio" em território sul-mato-grossense. 

Demais crimes e condenações

De dentro do presídio, os integrantes da facção seguiam arquitetando uma série de crimes, desde o mais comum tráfico de drogas e rouba, até mesmo o comércio de armamentos, segundo provas obtidas. 

Como se não bastasse, até mesmo a preparação para uma guerra contra a - assim intitulada - "maior facção do Brasil", para tirar comando do crime em Mato Grosso do Sul das mãos da quadrilha rival nascida em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

Ainda conforme o Ministério Público, boa parte dos condenados incorrem como integrantes de organização armada, havendo ainda: 

  • Associação para o tráfico, 
  • Tráfico de drogas,
  • Corrupção ativa e 
  • Corrupção passiva,

Aqui, cabe esclarecer que os dois últimos crimes citados dos modos de corrupção, aparecem aqui listados já que há o envolvimento de servidores públicos que infringiram seu dever funcional. 

Nas palavras do Grupo de Atuação Especial, os resultados da ideia de responsabilizar integrantes do CV tem sido extremamento satisfatórios. 

"Atingiu o grupo em um momento em que, pela primeira vez na história, tentava de fato se estruturar e se fortalecer em nosso Estado com o fito [intenção] de rivalizar com a outra facção aqui atuante há mais tempo e também por muitas vezes igualmente combatida pelo Ministério Público e, em especial, pelo Gaeco", expõe. 

Advogados do crime

Citado pelo ministério público, como os advogados envolvidos eram usados como "pombos-correios" da facção, a função apelidada no mundo criminoso como "gravata", a Bloodworm se entrelaça com a Operação Courrier. 

Se pelo menos três advogados foram alvos da Bloodworm, outros 11 já haviam entrado na mira da Courrier em março de 2022, em uma série de desmantelamentos do crime organizada que ficou conhecida como "Sintonia dos Gravatas". 

Na segunda fase dessa operação, em março desse ano, o defensor público Helkis Clark Ghizzi teve sua função suspensa após ação dos promotores, sendo que seu próprio filho já havia sido preso entre os 11. 

Ghizzi filho aparece na denúncia do Ministério Público como um dos "principais implicados com o PCC", já que após obter senhas como o servidor afastado do Fórum de Campo Grande (Rodrigo Pereira da Silva Corrêa), Bruno teve acesso a informações privilegiadas e sigilosas em processos onde integrantes do Primeiro Comando eram réus. 

 

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Dourados

Trio que aplicou golpe do pix em Danilo Gentili é preso em MS

Crime foi cometido em São Paulo, e suspeitos foram presos em dois municípios do interior do estado

18/10/2024 12h15

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Nesta quinta e sexta-feira (17 e 18), a polícia civil prendeu três suspeitos investigados por aplicar golpes do pix e extorsão mediante sequestro. Conforme uma fonte repassou ao Correio do Estado, uma das vítimas do trio foi o comediante Danilo Gentili.

A primeira parte da operação aconteceu em Dourados na quinta-feira, quando agentes da Seção de Investigações Gerais (SIG) da Delegacia de Polícia Civil de Dourados, em apoio à Delegacia Antissequestro de São Paulo, prenderam dois dos indivíduos apontados como mandantes do esquema. 

Eles foram identificados como A.B.R., do sexo masculino, e E.B.S.F., do sexo feminino. Um terceiro suspeito estava foragido, e foi presa na manhã desta sexta-feira em Iguatemi, município pouco mais de 190 quilômetros distante de Dourados. O autuado foi identificado como  Z.R.B., de 29 anos.

Comediante renomado foi uma das vítimas

O comediante paulista Danilo Gentili, que esteve em Mato Grosso do Sul em setembro deste ano para apresentar seu Stand Up Comedy no Palácio Popular da Cultura, localizado em Campo Grande, é apontado como a principal vítima do trio.

Golpe do Pix

A popularidade do uso do pix tornou os golpes cada vez mais comuns, já que através do método o pagamento pode ser feito de forma fácil e rápida.

Como destaca o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), os golpistas estão sempre criando novas formas de enganar as pessoas, e por isso é importante tomar cuidado e se atentar às dicas de segurança para não cair nos golpes.

Confira abaixo alguns dos golpes mais comuns, para saber identificá-los e previní-los:

Clonagem de WhatsApp

Neste tipo de golpe, os criminosos clonam o aplicativo de mensagens de uma pessoa e entram em contato com seus amigos e familiares, pedindo dinheiro com urgência.

A abordagem geralmente inclui uma história convincente para justificar a necessidade de uma transferência imediata. Para se proteger:

  • Desconfie de pedidos urgentes: sempre confirme a veracidade das mensagens diretamente com a pessoa, utilizando outro meio de comunicação;
  • Evite compartilhar códigos de verificação: nunca forneça o código de verificação do WhatsApp para ninguém;
  • Ative a verificação em duas etapas: essa medida adiciona uma camada extra de segurança ao seu WhatsApp. Saiba como ativar com o suporte oficial do WhatsApp.

Falsa central de atendimento

Nesse tipo de golpe, criminosos se passam por funcionários de bancos ou instituições financeiras, alegando problemas na conta e pedindo dados pessoais e senhas.

Eles podem ligar ou enviar mensagens que parecem autênticas, criando um senso de urgência para enganar a vítima. Para evitar cair nesse golpe:

  • Desconfie de contatos não solicitados: bancos não pedem informações sensíveis por telefone ou mensagem;
  • Verifique sempre: entre em contato diretamente com o banco usando um canal oficial informado em seu site para confirmar qualquer solicitação;
  • Nunca forneça senhas: mantenha suas senhas seguras e não as compartilhe com ninguém, principalmente por mensagens ou ligações.

Robô do Pix

Os golpistas fazem contato por mensagens ou anúncios nas redes sociais, oferecendo oportunidades de investimento com retornos altos e imediatos. Para participar, a pessoa deve fazer um Pix para uma conta indicada pelos golpistas.

Após receberem o dinheiro, eles cortam o contato e desaparecem com o valor. Para se proteger:

  • Cuidado com promessas de lucro fácil: desconfie de ofertas que parecem boas demais para serem verdade;
  • Pesquise a fonte: verifique a legitimidade da oportunidade e do remetente antes de fazer qualquer transferência;
  • Desconfie de urgências: na maioria dos casos, propostas que exigem decisões rápidas podem ser armadilhas.

Pix falso

Este golpe é mais comum quando o criminoso vai efetuar o pagamento de algum produto ou serviço adquirido. É apresentado um comprovante de Pix falso, e a vítima, acreditando que o valor foi creditado, libera o produto ou serviço antes de verificar a transação. Para evitar esse tipo de fraude:

  • Verifique o saldo da conta: não confie apenas no comprovante. Sempre confirme o recebimento do valor diretamente na sua conta;
  • Espere a confirmação: para valores maiores, aguarde a confirmação do banco antes de liberar o produto ou serviço.

Golpe do Pix errado

Neste tipo de fraude, o golpista envia um Pix para a vítima e, em seguida, entra em contato alegando que foi um erro e pedindo a devolução do valor.

O golpe ocorre porque os golpistas contam com a boa-fé da vítima para devolver o dinheiro, pedindo um valor maior do que foi inicialmente enviado, acelerando e confundindo a pessoa e fazendo com que ela devolva um valor superior. Para se proteger:

  • Verifique a origem do Pix: antes de devolver qualquer valor, consulte seu extrato bancário e confirme se a transação foi realmente um erro;
  • Entre em contato com o banco: solicite orientação ao seu banco sobre como proceder em caso de recebimento de um Pix suspeito.

Dúvidas frequentes respondidas pelo SPC:

Qual a responsabilidade do banco em caso de estelionato com Pix?

Os bancos são responsáveis por oferecer segurança nas transações e auxiliar os clientes em casos de fraudes. No entanto, a devolução dos valores depende de investigações e procedimentos específicos de cada instituição. Vale entrar em contato com cada uma delas para entender os seus detalhes e instruções para cada caso.

É possível ser hackeado pelo Pix?

Não é possível ser hackeado diretamente pelo sistema Pix, que é seguro e criptografado. No entanto, você pode ser vítima de golpes de engenharia social, onde os criminosos manipulam você para obter seus dados.

É perigoso passar o número do Pix?

Passar o número do Pix não é perigoso, porque ele é apenas um identificador para receber transferências. No entanto, sempre desconfie de pedidos de Pix de desconhecidos ou de situações suspeitas.

Com informações de SPC

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MATO GROSSO DO SUL

Idosa de 79 anos é encontrada morta sob suspeita de abuso sexual

Hilda Barroso foi encontrada em uma área próxima da Aldeia Bororó, reserva Indígena em Dourados, por moradores da comunidade; também há sinais de estrangulamento na vítima

18/10/2024 12h00

Idosa de 79 anos foi encontrada morta em uma reserva indígena Federal de Dourados

Idosa de 79 anos foi encontrada morta em uma reserva indígena Federal de Dourados Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News

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Hilda Barroso, de 79 anos, foi encontrada morta, na manhã desta sexta-feira (18), na comunidade indígena Ñu Verá, área próxima da Aldeia Bororó, em Dourados, com sinais externos de estrangulamento e suspeita de abuso sexual.

Segundo informações da Polícia, o corpo foi encontrado com a roupa íntima da mulher abaixadas, o que caracteriza pistas de um possível estupro. Ao longo das investigações, exames serão feitos no corpo da vítima para confirmação do abuso sexual.

"Embora não tenhamos visualizado sinais externos de violência sexual, o fato de ela estar caída no chão com a calcinha abaixada nos leva a concluir que estamos lidando com uma situação de um possível estupro", disse Gabriela Vanoni, delegada responsável pelo caso, em entrevista ao jornal local Dourados News.

O principal suspeito seria um homem de idade média que foi visto saindo do local onde o corpo de Hilda foi encontrado, que é um cubículo pequeno, de apenas um cômodo. Gabriela também comenta que o crime pode se tratar de mais um feminicídio no estado.

"Estamos seguindo a linha de investigação de um possível feminicídio, tendo em vista que a vítima é uma mulher e os indícios sugerem um crime motivado por sua condição de sexo feminino", afirmou a delegada.

Caso seja confirmado, este será o 25º caso de feminicídio no estado em 2024, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

HISTÓRICO

Em 2023, 30 mulheres foram vítimas de femincídio no Estado. O ano anterior, 2022, havia sido o recorde no número de casos desde que a lei foi instituída, em 2015. Foram 44 vítimas registradas no sistema da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp).

Em 2021, o Estado registrou 37 feminicídios. No ano de 2020, 41 mulheres foram mortas por serem mulheres. Em 2019, foram 30 vítimas; e em 2018, 36.

Em 2017, o número de vítimas foi de 33 mulheres. No ano de 2016, o Estado computou 36 feminicídios, e em 2015, 18.

DENUNCIE

Sem sair de casa:

Ligue 180 Central de Atendimento à Mulher faz uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. São atendidas todas as pessoas que ligam relatando eventos de violência contra a mulher.

O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

Registre a denúncia no site da Polícia Civil

Se não puder sair de casa ou usar o telefone, acesse o site www.pc.ms.gov.br, clique no link "B.O. ONLINE DELEGACIA VIRTUAL" e, no Serviço ao Cidadão, clique em "REGISTRAR DENÚNCIA Violência contra a mulher", preencha os campos com as informações solicitadas (você não precisa se identificar). Nesse canal, também é possível fazer denúncia de violência contra criança e de violência contra pessoa idosa. 

É possível também fazer a denúncia online na Polícia Civil, por meio de aparelho celular, no aplicativo MS DIGITAL, no ícone Segurança. O aplicativo está disponível nas nas lojas virtuais para versões IOS e Android, o MS Digital foi desenvolvido para reunir o máximo de serviços públicos, ocupando pouco espaço nos aparelhos celulares. 

SE PUDER COMPARECER À UMA DELEGACIA, você fará o registro do boletim de ocorrência, narrando os fatos para a autoridade policial e dando início à investigação criminal.

Em Campo Grande, em caso de violência contra meninas (menores de idade) ocorrida no período noturno ou finais de semana, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), localizada na Casa da Mulher Brasileira, faz o atendimento e posterior encaminhamento para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente (DEPCA) . 

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