Áreas com maior arborização, vegetação e umidade tendem a chover mais, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão.
Altas temperaturas associadas a umidade também contribuem para ocorrência de chuvas. O fato, chamado de "chuva convectiva", ocorre com maior frequência na estação de verão.
A precipitação é maior nos bairros Moreninhas e Panamá em relação a outros bairros de campo Grande.
O jardim Panamá registrou 207,8mm de chuvas no mês de janeiro de 2022, segundo balanço divulgado por Abrahão.
A média esperada era de 212,6mm, ou seja, a região é a que mais se aproximou da média esperada para o mês.
Já áreas asfaltadas, sem praças, com pouca vegetação, baixa umidade do ar e pouco vento tendem a chover menos.
Chuvas tendem a ocorrer de forma isolada e mal distribuída em Campo Grande, principalmente nas estações de primavera e verão.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, pancadas de chuva fortes de curta duração causaram estragos em Campo Grande em janeiro de 2022.
Enquanto em algumas regiões de Campo Grande não caem um sequer pingo, outros locais registram queda de granizo e árvores, além de desabamento do muro de contenção do Córrego Segredo, na Avenida Ernesto Geisel.
De acordo com o meterologista Franco Nadal Junqueira Villela, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Campo Grande registrou 45,6mm de chuva de 1º a 15 de fevereiro de 2022.
De acordo com prognóstico de verão divulgado por Abrahão, o volume de chuvas pode ficar 20% abaixo da média esperada no verão 2021/2022. O prognóstico ainda aponta que chuvas podem ser mal distribuídas nesta época.
Balanço
Janeiro tem 51% a menos de chuvas do que o esperado para o mês em Campo Grande, de acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Dos 225,4 milímetros esperados para o mês de janeiro, choveu 115mm. O acumulado indica que o índice pluviométrico ficou 51% abaixo do esperado.
A onda de calor que atingiu o Estado nas últimas semanas impediu a formação de nuvens e ocorrência de chuvas.
De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, as chuvas ocorreram com maior volume e frequência a partir de 18 de janeiro de 2022 em Campo Grande. "Apesar de toda a chuva da última semana, faltou chuva".
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), decretou situação de emergência no dia 3 de janeiro de 2022 em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, devido à seca que atinge o Estado e prejudica o setor produtivo.
Abrahão ressaltou que a seca e massa de ar quente, associada ao baixo volume de chuvas, impacta a produtividade agrícola em Mato Grosso do Sul.




