Cidades

COVID-19

Prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, é vacinado contra Covid-19 neste sábado

Aos 56 anos, o prefeito tomou a primeira dose da vacina no Centro de Convenções Albano Franco

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O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), recebeu na tarde deste sábado (29), a primeira dose da AstraZeneca contra a Covid-19 no drive-thru instalado no Centro de Convenções Albano Franco.  

O político, que tem 56 anos, se enquadra na faixa etária contemplada após a ampliação do calendário da Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau).  

Puderam se vacinar, pessoas com 56, 57 e 58 anos sem comorbidades.  

Trabalhadores industriais, da construção civil e caminhoneiros com 45 anos ou mais, além de trabalhadores de transporte com 18 anos ou mais também foram contemplados com a aplicação de doses hoje.  

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Por meio das redes sociais, Trad agradeceu pelo empenho dos profissionais de saúde e ressaltou que os cuidados de biossegurança continuam.  

“Estou aliviado, feliz e fortalecido para continuar trabalhando para trazermos mais vacinas para Campo Grande, superarmos este momento difícil, e retornarmos a rotina. Agradeço ao Sistema Único de Saúde [SUS] e a todos os funcionários de saúde do município”, salientou o prefeito.  

Conforme o Vacinômetro da Sesau, mais de 8,6 mil campo-grandenses foram vacinados neste sábado.  

Referente à primeira dose, 283,7 mil pessoas já receberam as doses contra a Covid-19, por volta de 31,31% da população da Capital.  

A aplicação da segunda dose já ocorreu para 123,5 mil pessoas, 13,64% da população de Campo Grande.  

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Judiciário em xeque

Polícia Federal fecha balcão de negócios e afasta cúpula da Justiça de MS

STJ afastou atual presidente e futura gestão do TJMS e expõe esquema de venda de sentenças no alto escalão do Judiciário local, que advogados chegaram a chamar de "leilão"

25/10/2024 03h00

Operação contra esquema de venda de sentenças foi deflagrada nesta quinta-feira; TJMS foi um dos alvos

Operação contra esquema de venda de sentenças foi deflagrada nesta quinta-feira; TJMS foi um dos alvos Marcelo Victor

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A Operação Ultima Ratio, da Polícia Federal (PF), com o apoio da Receita Federal, ontem fechou um imenso balcão de negócios que funcionava no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), envolvendo desembargadores, juízes de primeira instância, advogados (muitos deles filhos dos desembargadores), conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) e empresários que podem ter se beneficiado do esquema de venda de sentenças.

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão determinou o afastamento de cinco desembargadores de suas funções: o presidente da Corte, Sérgio Fernandes Martins; o presidente eleito da Corte, Sideni Soncini Pimentel; o vice-presidente eleito, Vladimir Abreu da Silva; e Marcos José de Brito Rodrigues e Alexandre Bastos. Todos eles estão proibidos de se comunicar entre si e de retornar ao TJMS e deverão utilizar tornozeleira eletrônica.

Também estão afastados de seus cargos, com uso de tornozeleira eletrônica e impedidos de se comunicar com outros investigados, o conselheiro do TCE-MS Osmar Domingues Jeronymo e seu sobrinho Danillo Moya Jeronymo, servidor comissionado do TJMS.

Na Corte de Contas, prédio vizinho ao TJMS, o estrago é ainda maior, pois Jeronymo se junta a Waldir Neves, Iran Coelho das Neves e Ronaldo Chadid, conselheiros já afastados. Dos sete conselheiros da Corte de Contas, apenas três estão aptos a trabalhar.

A operação da Polícia Federal também afeta a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso do Sul (OAB-MS). A advogada Camila Bastos, vice-presidente da OAB-MS e filha do desembargador Alexandre Bastos, foi um dos alvos da operação.

Quanto ao afastamento dos desembargadores, conselheiro do TCE-MS e servidor do TJMS, a decisão do ministro do STJ Francisco Falcão não atendeu ao pedido da Polícia Federal.

Os agentes queriam, na verdade, a prisão de alguns dos envolvidos, como o já citado Osmar Jeronymo, além do desembargador aposentado e atualmente advogado Júlio Roberto Siqueira Cardoso, o advogado Felix Jayme Nunes da Cunha, Diego Moya Jeronymo, Everton Barcelos de Souza e Percival Henrique de Souza Fernandes. Felix Jayme e Diego, segundo apuração da PF, eram grandes operadores do esquema, lidando com os pagamentos feitos aos desembargadores.

O balcão

As vendas de decisões, popularmente conhecidas como vendas de sentenças, ocorriam de diversas formas e em vários processos. Um caso emblemático envolve desembargadores do TJMS, que aceitaram decisões baseadas em uma escritura falsa, lavrada no estado do Paraná, para transferir a propriedade de uma fazenda em Maracaju.

Operação contra esquema de venda de sentenças foi deflagrada nesta quinta-feira; TJMS foi um dos alvosPoliciais federais apreenderam cofre no Tribunal de Justiça de MS/Marcelo Victor

Outro caso envolve o desembargador Marco José Brito Rodrigues, que ajudou um colega do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS): o procurador de Justiça Marco Antônio Sottoriva, que havia feito um mau negócio na compra de uma fazenda. Sottoriva queria desistir da compra e enfrentava um contencioso de R$ 5 milhões na Justiça com a outra parte.

Brito Rodrigues decidiu sem ler o processo, delegando ao seu assessor a elaboração da decisão, e atendeu ao pedido do amigo. Posteriormente, Sottoriva conseguiu um acordo para se livrar de pagar parcelas, aluguéis e lucros cessantes no desfazimento do negócio. Sottoriva agradeceu a Brito pela decisão favorável: “Graças a Deus e a seu trabalho”.

Há também o caso do ex-prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, que pediu para parcelar a compra de uma decisão (para rescindir uma sentença em que ele havia sido condenado) em duas vezes, além de decisões favoráveis para soltar traficantes.

“Leilão danado”

Em alguns casos, Felix Jayme tinha plena confiança nas vitórias que obtinha. Em algumas sessões muito acirradas nas câmaras cíveis, Jayme chegou a chamar o processo de “leilão danado”.


Ele comentou:

“Tô tikado num julgamento que sairá às 14h de hoje. Vou faturar por 3 x 2”, escreveu, em diálogo por WhatsApp com Danillo Jeronymo.

Depois, o colega riu, digitando “kkkk”, e Felix Jayme continuou:

“Pqp, leilão danado! kkkkk”.

Danillo Jeronymo riu novamente e acrescentou, referindo-se aos desembargadores: “Cada um quer mais que o outro”.

De fato, Felix Jayme ganhou. Votaram com ele o presidente do TJMS, Sérgio Martins, Marcos Brito (que ele chamou de Marcão) e Divoncir Schreiner Maran. Votaram contra João Maria Lós e Marcelo Rasslan.

“Apresentamos os fundamentos que nos levaram à conclusão de que, diante do posicionamento dos desembargadores Sérgio Fernandes Martins, Divoncir Schreiner Maran e Marcos José de Brito Rodrigues em revogar a decisão de outros três desembargadores com base em fundamento formal, restaurando decisão na qual outros três desembargadores verificaram erro no mérito da causa, somado às mensagens de Felix Jayme, no sentido de que tal decisão foi obtida por meio de corrupção, entendemos haver fortes indícios de que tal decisão, proferida em 6/4/2021 pelos citados desembargadores, foi fruto de corrupção por parte deles”, afirmou a Polícia Federal na representação contra os investigados enviada ao STJ.

 

Quam são os envolvidos?

Afastados dos cargos e com tornozeleira eletrônica:

  • Sérgio Fernandes Martins - presidente do TJMS
  • Sideni Soncini Pimentel - presidente eleito do TJMS (tomaria posse em 2025)
  • Vladimir Abreu da Silva - desembargador do TJMS
  • Marcos José de Brito Rodrigues - desembargador do TJMS
  • Alexandre Bastos - desembargador do TJMS
  • Osmar Domingues Jeronymo - conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS)
  • Danilo Moya Jerônimo - servidor do TJMS

Alvos dos mandados de busca e apreensão:

  • Vladimir de Abreu da Silva - desembargador
  • Marcus Vinicius Machado Abreu da Silva - advogada, filha do desembargador Vladimir de Abreu
  • Ana Carolina Machado Abreu da Silva - advogado, filho do desembargador Vladimir de Abreu
  • Julio Roberto Siqueira Cardoso - advogado e desembargador aposentado
  • Natacha Neves de Jonas Bastos - servidora do TJMS e ex-assessora do desembargador Julio Siqueira
  • Alexandre Aguiar Bastos - desembargador
  • Camila Bastos - advogada, filha do desembargador Alexandre Bastos, vice-presidente da OAB-MS
  • Sideni Soncini Pimentel - desembargador, futuro presidente do TJMS
  • Rodrigo Gonçalves Pimentel - advogado, filho do desembargador Sideni Pimentel
  • Renata Gonçalves Pimentel - advogada, filha do desembargador Sideni Pimentel
  • Sérgio Fernandes Martins - desembargador, presidente do TJMS
  • Divoncir Schreinner Maran - advogado, desembargador aposentado
  • Divoncir Schreinner Maran Jr. - advogado, filho de Divoncir Maran
  • Diogo Ferreira Rodrigues - advogado, filho do desembargador Marcos José de Brito Rodrigues
  • Osmar Domingues Jeronymo - conselheiro do TCE-MS
  • Felix Jayme Nunes da Cunha - advogado, apontado como um dos pagadores de propina para os desembargadores
  • Everton Barcelos de Souza - sócio de empresa usada em fazenda supostamente “tomada” em esquema de venda de sentenças
  • Diego Moya Jerônimo - empresário, envolvido no esquema de venda de sentenças, sobrinho do conselheiro do TCE-MS, Osmar Jeronymo
  • Danilo Moya Jerônimo - servidor comissionado do TJMS, sobrinho do conselheiro do TCE-MS, Osmar Jeronymo
  • Percival Henrique de Souza Fernandes - médico infectologista, supostamente beneficiado no esquema
  • Paulo Afonso de Oliveira - juiz de primeira instância
  • Fábio Castro Leandro - advogado e filho do desembargador aposentado Paschoal Carmelo Leandro
  • Andreson de Oliveira Gonçalves - lobista, suspeito de ser o elo de esquema de venda de sentenças em MS e cortes em Brasília
  • Florais Táxi Aéreo - empresa em Cuiabá
  • Mauro Boer - empresário
  • Marcos Antônio Martins Sottoriva - procurador de Justiça

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Mudança de tempo

Ciclone provoca ventos de até 133 km/h no Rio Grande do Sul

Ao menos três cidades gaúchas registraram rajadas acima de 100 km/h nesta quinta-feira (24); em Igrejinha houve apagão e destelhamentos.

24/10/2024 21h00

Ventos causaram destruição em diversas cidades do Rio Grande do Sul

Ventos causaram destruição em diversas cidades do Rio Grande do Sul Reprodução/ RBS- Portal G1

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Um ciclone extratropical em formação sobre o Uruguai provocou rajadas de vento de até 133,2 km/h nesta quinta-feira (24) no Rio Grande do Sul. Esta ventania foi registrada entre às 12h e às 12h30 em Igrejinha, cidade de 35 mil habitantes.

O vento forte provocou queda de árvores e falta de energia. A prefeitura diz ter sido procurada por moradores com queixas de destelhamento, mas não houve vítimas. A cidade foi uma das atingidas pelas enchentes de maio no Rio Grande do Sul.

Segundo a Defesa Civil gaúcha, outros dois municípios registraram rajadas de vento com velocidade acima de 100 km/h: Eerechim (122 km/h) e Santa Maria (104 km/h).

Em Porto Alegre, o vento chegou a 83 km/h nesta quinta, diz o órgão estadual, com base em dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
A tempestade que deixou mais de 3 milhões sem luz de pessoas na região metropolitana de São Paulo há duas semanas teve rajadas de até 107 km/h.

O Inmet emitiu um alerta de grande perigo para tempestades no Rio Grande do Sul para esta quinta.

O aviso pega quase todo o estado do Rio Grande do Sul, o oeste de Santa Catarina e o sudoeste do Paraná. Nesses locais, o instituto havia previsto chuva maior que 100 mm por dia, com ventos superiores a 100 km/h e queda de granizo.

Até o meio da tarde desta quinta, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul ainda não tinha informações sobre prejuízos no estado.

De acordo com a MetSulmeteorologia, um complexo cenário meteorológico envolvendo a formação do ciclone, a presença de ar quente, pressão atmosférica muito baixa e a atuação de uma corrente de jato (vento) em baixos níveis da atmosfera vai favorecer o episódio de tempo severo no Centro-Sul do Brasil até esta sexta (25).

Foi a queda na pressão atmosférica que vai dar origem a um ciclone extratropical no oceano é que formou a linha de instabilidade que provocou uma onda de temporais nesta quinta no Sul do Brasil, diz a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meterorologia.
Segundo ela, ciclogênese, que é p nascimento do ciclone, ocorre justamente na região entre Rio Grande do Sul e Uruguai, ou entre Argentina e Uruguai e Rio Grande do Sul. 

"Geralmente é nessa área que se formam ciclones para depois deslocarem frentes frias pelo restante do Brasil", afirma.

"O nascimento desse ciclone deflagra uma onda de tempestades", diz Sias, citando Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e o estado de São Paulo --a Defesa Civil estadual afirma que até às 17h houve registros de queda de árvores em cidades paulistas e no litoral.
 

*Informações da Folhapress 

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