Cidades

CAMPO GRANDE

Prefeitura assume 29 parcelas do tratamento de chorume do lixão

Novela envolvendo licitação de quando Nelsinho Trad era prefeito da Capital, já obrigou e depois livrou a Solurb de arcar com os custos

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Há cerca de quatro anos a Solurb foi desobrigada a arcar com os custos para tratamento do efluente líquido do lixo - o popular chorume - e, agora, segundo publicado na edição desta terça-feira (07) do Diário Oficial de Campo Grande, o Executivo assume 29 parcelas a serem pagas à concessionária Águas Guariroba referentes a esse serviço. 

Conforme o texto oficial, o valor deverá ser pago em uma entrada mais 28 parcelas "iguais e sucessivas", sob a condição de que os atrasos desses pagamentos não aconteçam. 

Confira abaixo o texto do Diogrande: 

Negócio suspeito

Ainda em 2017, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu apuração sobre suposta irregularidade, referente ao contrato de "prestação de serviços de tratamento de chorume, firmado entre o Município de Campo Grande e a empresa Águas Guariroba".

Essas investigações apontaram irregularidades no edital e no contrato derivado (números 66/2012 e 332/2012, respectivamente), já que uma cláusula da publicação inicial isentava a concessionária dos custos voltados para o tratamento do chorume. 

O texto revela que, além da despesa ser suportada pelo administrativo municipal, essa isenção no edital era prevista para o líquido derivado dos aterros Dom Antônio Barbosa I e II.

Nas palavras do Ministério Público, essa prática é danosa ao Tesouro municipal, uma vez que o município já paga "e caro" pelo contrato questionado e: "ainda se vê obrigado a pagar pelo tratamento do efluente líquido do lixo, uma duplicidade de despesa indefensável".

Enquanto prefeito, segundo apurações do Ministério Público, Nelson Trad Filho à época teria recebido cifras milionárias por fraude na concorrência do edital, repassadas de forma oculta através da compra de imóveis rurais, colocados no nome de sua esposa, Maria Antonieta Amorim Trad.

"Consta que, a partir de 2006 a 2012, foram adquiridas três fazendas (Areias, São Bento e Papagaio), nos municípios de Bonito e Porto Murtinho (MS), parte delas, em favor de Maria Antonieta Amorim Trad, sendo possível constatar que pelo menos a fazenda Papagaio foi adquirida com recursos originários da CG Solurb pagos pela prefeitura de Campo Grande", expôs o MP em nota divulgada em abril de 2018.

Cobrando de quem? 

Quanto à novela da cobrança, em 2018 houve um pedido por parte do Ministério Público, para que uma nova licitação fosse feita, além de que o contrato fosse suspenso e o Consórcio CGSolurb arcasse com os custos para tratar o chorume. 

Além disso, quando ação civil pública foi proposta, no início de 2018, o custo acumulado do tratamento do chorume - desde que o contrato passou a ter efeito, em 2012 -, era de R$ 13.292.569,30. 

Já em 2021, a sentença julgada pelo Juiz David de Oliveira Gomes Filho anulou o Contrato nº 332/2012 e reconheceu a nulidade do edital, condenando diversas partes ao ressarcimento dos danos materiais causados ao erário. 

Também, há cerca de três anos, foram condenados ao pagamento de danos morais coletivos arbitrados em R$ 80.000.000,00 as seguintes partes: 

  • CG Solurb Soluções Ambientais – SPE/Ltda.,
  • LD Construções Ltda.,
  • Financial Construtora Industrial Ltda.,
  • Antônio Fernando de Araújo Garcia,
  • Luciano Potrich Dolzan,
  • Nelson Trad Filho,
  • Maria Antonieta Amorim Trad e
  • João Alberto Krampe Amorim dos Santos

Mais recente, a Prefeitura Municipal foi procurada para detalhar por quanto tempo esse pagamento para tratar o chorume deixou de ser cumprido, assim como expôr o total dos débitos e também se alguma medida deve ser tomada para se livrar da duplicidade de despesa, porém, até o fechamento da matéria não foi obtido retorno.
**(Colaborou Eduardo Miranda)

 

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INDECISÃO

Governo adia, de novo, vigência de regra sobre trabalho do comércio em feriados

No meio do ano, o início das regras foi adiado de agosto para 1º de janeiro de 2025 e prazo agora vai para meados do próximo ano

21/12/2024 21h00

Medida de novembro de 2023 determina que apenas as feiras livres podem abrir nos feriados sem cumprir a exigência de previsão em CCT.

Medida de novembro de 2023 determina que apenas as feiras livres podem abrir nos feriados sem cumprir a exigência de previsão em CCT. Reprodução/Internet

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O governo federal adiou mais uma vez o início da vigência da regra que torna necessária a previsão em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para que trabalhadores de uma série de atividades do comércio possam trabalhar nos feriados.

No meio do ano, o início das regras foi adiado de agosto para 1º de janeiro de 2025. Agora, esse prazo foi para 1º de julho do próximo ano.

A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira, 20.


A portaria é do Ministério do Trabalho e Emprego, editada em novembro de 2023. Ela determina que apenas as feiras livres podem abrir nos feriados sem cumprir a exigência de previsão em CCT.

A medida do ministro Luiz Marinho teve como objetivo derrubar uma portaria de 2021 que permitia o trabalho aos feriados sem necessidade de aprovação dos sindicatos.

À época, a regra foi resultado de articulação das entidades sindicais, que reclamavam estar sendo desrespeitada a legislação que garantia o direito dos trabalhadores do comércio de negociar as condições de trabalho em feriados. Já as entidades representativas do comércio consideraram a norma um retrocesso.

 

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SAÚDE

Brasil aumentou 8% coleta de células-tronco de medula óssea

Entre janeiro e novembro deste ano, 431 células foram disponibilizadas

21/12/2024 19h00

Estado tem 186 mil doadores de medula óssea cadastrados no REDOME

Estado tem 186 mil doadores de medula óssea cadastrados no REDOME DIVULGAÇÃO

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Sistema Único de Saúde (SUS) têm registrado aumento do número de coleta de células de medula óssea nos últimos anos.

Até novembro de 2024, o total de células-tronco de medula óssea destinadas à doação chegou a 431, número 8% maior do que o registrado em todo o ano anterior (398). Em 2022 foram disponibilizadas 382 células-tronco.

Aumentou também o número de novos doadores, passando de 119 mil em 2022 para 129 mil, entre janeiro e novembro de 2024, segundo o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

“Paralelamente, o número de receptores cadastrados cresceu significativamente, saltando de 1.637 em 2022 para 2.201 em 2023 e chegando a 2.060 até novembro de 2024”, informa o Ministério da Saúde.

Segundo a pasta, o avanço se deve a um esforço conjunto do Ministério da Saúde, de hemocentros e hemonúcleos estaduais, ao promoverem campanhas de conscientização e cadastramento de doadores e receptores.

Além disso, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) tem contribuído com a qualificação dos cadastros, fidelização de doadores e suporte por meio de diversos canais de atendimento.

Cabe ao Inca coordenar as ações técnicas do Redome – entidade que tem o terceiro maior registro de doadores voluntários de medula óssea do mundo (o maior entre aqueles com financiamento exclusivamente público), com mais de 5,9 milhões de doadores cadastrados.

Aplicativo Redome

“Uma ferramenta importante no processo de cadastro é o aplicativo Redome. Por meio dele, doadores podem acessar informações sobre a doação, localizar hemocentros, realizar o pré-cadastro e acompanhar todas as etapas até a inclusão definitiva no sistema. O app também gera uma carteirinha de doador”, informou o Ministério da Saúde.

As autoridades ressaltam que o transplante de medula óssea é procedimento essencial para o tratamento de doenças graves do sangue e do sistema imunológico, como leucemias, linfomas, aplasia de medula, síndromes de imunodeficiência e mielomas múltiplos.

“Ele substitui a medula óssea doente ou deficitária por uma saudável, sendo fundamental no tratamento de cerca de 80 doenças”, diz o ministério ao alertar que a maior parte dos pacientes, no entanto, não encontra doador compatível na família.

“A probabilidade depende de diversos aspectos genéticos e de etnia, mas essa chance aumenta significativamente quando doador e paciente pertencem à mesma população”, detalha a pasta ao informar que, no Brasil, estima-se que 70% a 75% dos pacientes que têm um doador compatível identificam esse doador por meio do Redome.

Como buscar doadores

A primeira etapa da busca por contabilidade de doadores é feita entre familiares do paciente. Não havendo compatibilidade, inicia-se uma busca por meio de registros de doadores no Brasil e no exterior.

“A equipe do Redome utiliza tecnologias avançadas para cruzar informações genéticas e identificar possíveis doadores, que são contactados para confirmação de disponibilidade e realização de exames complementares”, diz o ministério..

Como ser um doador

O candidatos a doadores de medula óssea precisam ter entre 18 e 35 anos, mas o cadastro permanece ativo até os 60 anos. É necessário que o doador esteja em boas condições de saúde e sem doenças impeditivas.

O doador precisa apresentar documento oficial com foto e comparecer ao hemocentro mais próximo para a coleta de uma amostra de 10 ml de sangue para exame de compatibilidade genética (HLA).

 

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