Cidades

CAMPO GRANDE

Prefeitura compra leitos e pacientes graves começam a ser transferidos

Dourados deixou de receber enfermos e demanda de 35 cidades recaiu sobre Campo Grande

VALQUÍRIA ORIQUI

23/06/2016 - 15h00
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Com a falta de leitos na rede pública de saúde, por conta da demanda de pacientes de 35 cidades que não podem mais ser atendidos em Dourados, a prefeitura de Campo Grande comprou oito vagas em hospitais particulares para receber pacientes que estão na fila para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), informou o secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca, ao Portal Correio do Estado.

Ainda conforme Fonseca, serão transferidos aqueles que estão em situação mais crítica. Ontem, reportagem do Portal Correio do Estado relatou o drama de Tatiane Cândida de Sousa Silva, de 27 anos, que aguarda há dois dias na Unidade de Ponto Atendimento (UPA) do Vila Almeida pela transferência da avó, Mariana Felícia de Sousa, de 80 anos, para um leito com equipamentos adequados para as condições de saúde da idosa.

Conforme Ivandro, a transferência de Mariana, assim como de outros sete pacientes deve acontecer ainda na tarde de hoje. “É só o tempo dos hospitais adequarem os quartos para que possam ser acomodados. Alguns já foram transferidos”, destacou. As novas vagas estarão disponíveis no Hospital El Kadri, Clínica Campo Grande e Hospital Regional.

Questionado sobre o custo das novas aquisições, Ivandro não soube informar, mas garantiu que é uma obrigação tripartite. “Estado, União e Prefeitura são responsáveis pelo custeio dessas oito vagas”, observou o secretário ao enfatizar a preocupação diante da superlotação que acomete a Capital desde sexta-feira (17), quando o secretário de saúde de Dourados, Sebastião Nogueira, renunciou a gestão plena.

“Estamos com falta de leitos por conta da superlotação. São 35 municípios sendo atendidos aqui na Capital [cidades que, antes, eram atendidas em Dourados]. Estou muito preocupado com isso. A omissão do Estado nesse aspecto me preocupa muito”, ressaltou o secretário ao acrescentar que já comunicou o secretário de Estado de Saúde, Nelson Tavares, sobre a compra dos leitos. “Até agora não obtive retorno dele, mas comprei mesmo assim, não posso deixar que pessoas morram”.

Com quadro de saúde estável, Tatiane conta que o médico responsável pela avó já emitiu laudo autorizando a transferência da idosa para a unidade de tratamento intensivo. “O Samu já está avisado que ela pode ser transferida, só falta a vaga mesmo, que eu espero que saia ainda hoje”, explicou a neta.

Segundo a operadora de caixa, a pneumonia de Mariana está melhor. Porém, ela não pode ser desentubada até que esteja numa UTI, com equipamentos mais sofisticados para caso de acontecer qualquer emergência. “Ela tentou acordar hoje, se mexeu, mas sedaram novamente. Ela está em coma induzido”.  

Veja

Com recesso de fim de ano, Detran-MS adota escala diferente de atendimento

Funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro

21/12/2025 09h00

Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) manterá o atendimento presencial nas agências de todo o Estado somente entre as segundas e terças que antecedem o Natal e o Ano-Novo.

Conforme a escala especial de fim de ano, o funcionamento ocorre normalmente nos dias 22 e 23 de dezembro e também em 29 e 30 de dezembro, no horário regular das unidades: das 7h30 às 11h30 e das 12h30 às 16h30, com exceção das agências instaladas em shoppings, que seguem horários diferenciados.

De acordo com o Decreto “E” nº 2, de 16 de janeiro de 2025, não haverá expediente nas repartições públicas estaduais nos dias 24 (quarta-feira), 25 (quinta-feira) e 26 de dezembro (sexta-feira), em razão do feriado de Natal e de pontos facultativos. Também não haverá atendimento presencial no dia 31 de dezembro (quarta-feira).

Já o Decreto “E” nº 46, de 24 de novembro de 2025, que estabelece os feriados e pontos facultativos de 2026, define o dia 1º de janeiro (quinta-feira) como feriado nacional e o dia 2 de janeiro de 2026 (sexta-feira) como ponto facultativo.

Durante os dias sem expediente presencial, o Detran-MS seguirá oferecendo serviços digitais à população. Será possível realizar consultas e emitir guias por meio do Portal de Serviços Meu Detran, do aplicativo Meu Detran MS e da atendente virtual Glória, disponível via WhatsApp pelo número (67) 3368-5000.

O órgão alerta ainda para o funcionamento do sistema bancário no período. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no Natal de 2025 os bancos não abrem no dia 25 de dezembro e, no dia 24, funcionam em horário reduzido, até as 11h. No fim de ano, as instituições financeiras não terão expediente no dia 31 de dezembro e no dia 1º de janeiro, retomando o atendimento normal nos dias úteis entre os feriados.

A orientação do Detran-MS é que os usuários se programem com antecedência para pagamentos e cumprimento de prazos, evitando transtornos durante o período de recesso.

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"Mais louco do Brasil" recebe ultimato para combater megaerosão

Justiça impôs multa diária de R$ 100 mil caso o prefeito de Ivinhema e a Agesul não tomarem providências para combater erosão

20/12/2025 19h30

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica

Água de dois bairros sem drenagem provou erosão de 3,8 quilômetros na margem de rodovia na saída de Ivinhema para Angélica Ivinotícias

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Apesar de uma gigantesca erosão estar ameaçando destruir uma rodovia estadual, a MS-141, que está sob a responsabilidade do Governo do Estado, o prefeito Juliano Ferro, que se autodenomina "o mais louco do Brasil, também recebeu um ultimato da Justiça para que tome providências para tentar acabar com o problema. 

Segundo denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, a erosão ocorre porque falta drenagem no conjunto habitacional Salvador de Souza Lima e no Residencial Solar do Vale. A água destes dois bairros acabar descendo pela margem da MS-141, na saída de Ivinhema para Angélica, e provoca a erosão que se estende por cerca de 3,8 quilômetros.

E, por conta do risco de acidentes e por causa do grande volume de terra que foi arrastado para propriedades rurais vizinhas, a Justiça determinou multa diária de R$ 100 mil para a prefeitura, a Agesul (resposponsável pela manutenção da rodovia) e ao Governo do Estado caso não adotem medidas imediatas para conter a erosão. 

Mesmo com liminar anteriormente deferida, as fortes chuvas das últimas semanas agravaram o cenário e ao longo da última semana a promotoria realizar novas diligências no local e voltou à Justiça para exigir a imposição da multa, no que foi atendida..

Durante as vistorias, foram identificadas valas com cerca de 10 metros de largura e até dois metros de profundidade às margens da rodovia, além da exposição de tubulações de esgoto, que ficaram vulneráveis a rompimentos. 

De acordo com a promotoria, a situação representa risco concreto e iminente de acidentes de grandes proporções, inclusive com possibilidade de vítimas fatais, em um trecho por onde trafegam diariamente ônibus, veículos leves e caminhões pesados.

Diante dos novos fatos, o Promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki peticionou nos autos destacando a piora do quadro e a ameaça à segurança viária, à saúde pública e ao meio ambiente.

Ao analisar os documentos e fotografias apresentados pelo MPMS, o juiz Rodrigo Barbosa Sanches acolheu os pedidos e determinou que os requeridos iniciem, em até cinco dias, ações emergenciais para conter o escoamento das águas pluviais, realizem a manutenção dos sistemas de drenagem e apresentem, em até 60 dias, relatório técnico com as providências adotadas e os resultados obtidos.

Além da atuação judicial, o MPMS também dialogou com proprietários rurais afetados pelos danos, esclarecendo que prejuízos patrimoniais individuais poderão ser objeto de reparação específica.

Por conta desta terra e de outras erosões, o Córrego Piravevê, que desemboca no Rio Ivinhema e separa os municípios de Angélica e Ivinhema, praticamente desapareceu. O leito foi completamente tomado pela terra e a promotoria também já recorreu à Justiça para tentar obrigar a prefeitura e o Governo do Estado a fazerem a recuperação.

O Correio do Estado procurou o prefeito Juliano Ferro em busca de informações para saber se alguma providência já foi adotada nos dois bairros que dão origem à erosão, mas ele não deu retorno. 

 

 

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