A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, decretou na sexta-feira passada (7) uma espécie de moratória nos gastos públicos válida até o fim de junho, o que afasta a possibilidade de conceder reposição salarial ao funcionalismo, cuja data-base é maio.
O decreto determina ainda um corte de gastos com água, luz, combustível, impressões e serviços. A meta é alcançar economia de 25%.
Durante coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (14), a prefeita revelou que a expectativa é economizar cerca de R$ 140 milhões com a reforma administrativa e com o novo decreto.
"O plano de redução de gastos faz parte da reforma administrativa que a gente iniciou nessa gestão. A minha missão como gestora da cidade é diminuir os gastos com custeio e aumentar a arrecadação da prefeitura para que a gente possa reinvestir na cidade", disse Adriane Lopes.
A prefeita reforçou ainda que a economia vai funcionar através de "monitoramento e fiscalização dos secretários", e conta com boas práticas de convivência para funcionar, como por exemplo desligar o ar-condicionado e as luzes ao sair da sala, diminuir o tempo no telefone, impressões e reduzir gastos como de combustível com deslocamentos e em serviços prestados por terceiros.
Conforme acompanhou o Correio do Estado, a reforma administrativa também resultou na extinção de algumas secretarias e subsecretarias, o que também impactou no corte de gastos.
Decreto
Na publicação do Diogrande de sexta-feira está definido que o secretário ou diretor de autarquia que descumprir as metas de corte de gastos poderá até mesmo ser punido.
“Para fins de consecução dos objetivos propostos neste Decreto devem os secretários municipais e diretores-presidentes, sob pena de responsabilização administrativa: zelar pelo cumprimento destas medidas; executar as ações programadas em sua área de atuação; manter rígido controle na utilização dos veículos oficiais, adotando planejamento econômico de rotas; acompanhar e controlar a distribuição de recursos humanos, remanejando-os, quando necessário, de uma unidade para outra”, diz a publicação.