Os R$ 9 milhões que recebe todos os meses para o serviço de limpeza e coleta de lixo parecem não ser o suficiente para a CG Solurb realizar o serviço para o qual foi contratada em 2012, pela prefeitura de Campo Grande, cuja área de atuação foi ampliada neste ano. A administração municipal ainda escala seus próprios funcionários para efetuar em várias avenidas da cidade, o trabalho que deveria ser feita pelo consórcio que, ao longo de seus 25 anos de concessão, receberá nada menos que R$ 2,7 bilhões dos cofres públicos.
Os 400 contratados pelo Programa do Governo Federal de Inclusão Profissional(Proinc), que é administrado pela prefeitura se sentem injustiçados com a situação. “Eles ganham pelo serviço que não fazem. Está errado”, desabafou um dos homens que realizava a limpeza da Avenida Duque de Caxias. Tendo que “cobrir” o trabalho da empresa milionária, eles ganham apenas um salário mínimo, uma cesta básica e vale-transporte por mês.
Assunto proibido
Virou assunto proibido entre os secretários municipais as circunstâncias que determinaram reajuste de 107% no contrato entre a prefeitura de Campo Grande e o consórcio Solurb, que venceu a concessão da limpeza urbana e coleta do lixo, em outubro de 2012, ainda na gestão de Nelsinho Trad (PMDB).
As autoridades adotaram silêncio acerca do assunto desde a segunda-feira passada, quando o Correio do Estado, com exclusividade, publicou dois episódios envolvendo a concessionária.
A reportagem, de Celso Bejarano, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.


