Cidades

MEIO AMBIENTE

Prefeitura tem parecer contrário ao novo lixão

Técnicos da Planurb apontaram inconsistências em projeto para construir aterro ao lado de mananciais

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A Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb) manifestou-se contrariamente ao Relatório de Impacto Ambiental (Rima) que indica a Fazenda Santa Paz, localizada entre as captações de água do Guariroba e do Lajeado, como a área supostamente ideal para a construção do novo aterro sanitário de Campo Grande, denominado Erêguaçu.  

O Correio do Estado apurou que os técnicos da Planurb, órgão de planejamento da Prefeitura de Campo Grande, apontaram várias inconsistências no projeto oferecido pela Solurb. A primeira delas é a ausência de pesquisas primárias e outros dados que provam, de fato, que não haverá impacto nas Áreas de Proteção Permanente (APPs) e de Preservação Ambiental (APAs) do Guariroba e do Lajeado, cursos d’água responsáveis por mais da metade do abastecimento de Campo Grande.  

“Não há nenhuma menção de consulta à comunidade no entorno. Apenas a citação de que o núcleo habitacional mais próximo está localizado a 6 quilômetros do local”, afirmou um especialista, que teve acesso ao processo que tramita na Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur).

No Relatório de Impacto Ambiental, a Solurb também não apresenta nenhum possível impacto imediato no entorno, os problemas gerados e tampouco o que a empresa fará para mitigar esses impactos. O documento não informa, por exemplo, como o aumento no tráfego da BR-262 será mitigado e não afere as consequências do aumento de circulação de pessoas e de caminhões no entorno do aterro, perto das áreas de preservação ambiental.  

O mesmo especialista, que pede para manter a identidade em sigilo, frisa: “Em quase todos os lixões e aterros sanitários, é comum a formação de comunidades de catadores de lixo e até mesmo de favelas”.  

ARQUITETO CRITICA

O arquiteto, urbanista e professor Ângelo Arruda, que participou da elaboração do Plano Diretor de Campo Grande, questionou a intenção da Solurb de construir o aterro sanitário entre os principais mananciais da cidade. “Quero manifestar minha total discordância da escolha desta área, localizada entre duas APAs, tão dificilmente conseguidas. Creio que não será difícil o município, dentro da legalidade, bloquear este projeto: temos o Zoneamento Econômico-Ecológico [ZEE], os planos diretores Urbano e Rural, bacias”, afirmou.  

Arruda ressalta que a escolha de um aterro sanitário deve respeitar o planejamento urbano e também critica a demora da Solurb, que teria de ter planejado um novo aterro desde 2012, em vez de apresentar um projeto “em cima da hora”, uma vez que a vida útil do aterro Dom Antônio Barbosa II, localizado na saída para Sidrolândia, deve terminar em 2021.  

“Ele [Solurb] teve oito anos para mexer com o assunto, e nas vésperas começa a avaliar projetos de impacto ambiental, que são muito complexos, leva-se muito tempo para elaborar, discutir e escolher”, comenta.  

PROJETO

Estudo feito a pedido da Solurb pela empresa Flora Brasil, de Cuiabá (MT), analisou três possíveis áreas para a instalação do novo aterro sanitário (modalidade que substitui os antigos lixões) e optou pela Fazenda Santa Paz, distante 30 quilômetros do centro da cidade e localizada a 6,3 quilômetros do núcleo habitacional mais próximo, o condomínio Terras do Golfe. As outras opções, descartadas pela concessionária e por relatório de impacto ambiental (EIA/Rima), são uma fazenda às margens do Córrego Ceroula, na saída para Rochedo, e uma fazenda na região das Três Barras, com acesso pela MS-040, 35 quilômetros a sudoeste do centro de Campo Grande.  

Previsto para durar pelo menos 30 anos e receber pelo menos mil toneladas de lixo por dia, o novo aterro sanitário receberá descarte não somente da Capital, mas também de cidades da região, como Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Jaraguari, Rio Negro, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti e Rochedo. A previsão é de que o volume chegue a pouco mais de mil toneladas diárias.  

Uma associação, composta  de representantes de bairros da região leste, como Maria Aparecida Pedrossian, e também de condomínios como Terras do Golfe, Shalom e Dhama, foi criada logo após a publicação do Relatório de Impacto Ambiental. O grupo pretende contratar especialistas para confrontar o estudo da concessionária e defende que o novo aterro seja construído perto do aterro atual. “É uma reunião já impactada”, argumenta o advogado Charles Autounian, que está à frente do movimento.

Cidades

Helena é o nome mais registrado pelos pais em Mato Grosso do Sul em 2025

Cecília e Miguel aparecem na sequência entre as preferências das famílias sul-mato-grossenses

22/12/2025 19h20

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado

Ao todo, 565 Helenas foram registradas no Estado Crédito: Freepik

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O nome Helena foi o mais escolhido pelos pais em Mato Grosso do Sul no ano de 2025, de acordo com a pesquisa divulgada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais de MS (Arpen-MS). Ao todo, 565 meninas foram registradas com este nome no Estado, garantindo a liderança no ranking dos nomes mais registrados nos Cartórios de Registro Civil sul-mato-grossenses.

Na segunda posição aparece o nome Cecília, com 447 registros, seguido de Miguel, na terceira colocação, com 392, evidenciando a forte preferência por nomes clássicos, curtos e de fácil pronúncia entre as famílias do estado. O ranking também revela equilíbrio entre nomes tradicionais e tendências contemporâneas, com destaque para escolhas femininas consistentes.

Além de Helena, Cecília e Miguel, figuram entre os nomes mais registrados em MS: Maitê (361), Ravi (346), Aurora (337), Gael (328), Heitor (318), Arthur (308) e Alice (280). O ranking estadual também destaca a presença de nomes femininos como Antonella, Heloísa, Laura, Olívia e Valentina, além de nomes masculinos tradicionais como Samuel, Davi, Theo, Bernardo e Noah.

“Quando os pais escolhem um nome, eles carregam expectativas, histórias e sentimentos. O ranking revela que, em Mato Grosso do Sul, há uma preferência clara por nomes que atravessam gerações, mostrando como tradição e afeto continuam presentes nas decisões das famílias.”, disse o presidente da Arpen/MS, Marcus Roza.

Na Capital, a perspectiva é semelhante, com os nomes Helena, Cecíla e Miguel entre os mais escolhidos. Há apenas duas diferenças em relação ao top 10: teve mais Heitor (132) do que Aurora (123); e Gael (97) não figura entre os mais registrados, dando lugar a Arthur, com 119 registros.

Nomes mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Miguel – 392
4º Maitê – 361
5º Ravi – 346
6º Aurora – 337
7º Gael – 328
8º Heitor – 318
9º Arthur – 308
10º Alice – 280

Nomes mais registrados em Campo Grande

1º Helena – 225
2º Cecília – 189
3º Miguel – 160
4º Maitê – 141
5º Ravi – 140
6º Heitor – 132
7º Aurora – 123
8º Arthur – 119
9º Alice – 114
10º Samuel – 109

Nomes masculinos mais registrados em MS

1º Miguel – 392
2º Ravi – 346
3º Gael – 328
4º Heitor – 318
5º Arthur – 308
6º Samuel – 266
7º Davi – 250
8º Theo – 236
9º Bernardo – 230
10º Noah – 229

Nomes femininos mais registrados em MS

1º Helena – 565
2º Cecília – 447
3º Maitê – 361
4º Aurora – 337
5º Alice – 280
6º Antonella – 276
7º Maria Cecília – 248
8º Heloísa – 193
9º Laura – 183
10º Maria Helena – 179

Arpen-MS

O levantamento integra a base do Portal da Transparência do Registro Civil, administrado pela Arpen-Brasil, entidade que congrega os Cartórios de Registro Civil do país e reúne informações sobre nascimentos, casamentos e óbitos registrados em todo o território nacional. A plataforma permite consultas por nomes simples ou compostos, com recortes por estados e municípios, oferecendo um panorama detalhado das tendências regionais.

"Gancho"

Detran-MS suspendeu quase 20 mil habilitações em 2025

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH

22/12/2025 18h00

Foto: Arquivo / Correio do Estado

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O Detran suspendeu quase 20 mil Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) em Mato Grosso do Sul ao longo de 2025. As penalidades foram aplicadas a motoristas que ultrapassaram o limite de pontos ou cometeram infrações que resultam em suspensão imediata do direito de dirigir.

Do total, cerca de 14 mil condutores foram suspensos por excesso de pontos na CNH, quando o motorista atinge 40, 30 ou 20 pontos em um período de 12 meses, conforme a quantidade de infrações gravíssimas, outros 5.565 motoristas perderam o direito de dirigir por suspensão direta, aplicada em casos como conduzir o veículo em velocidade superior a 50% do limite permitido, entre outras infrações previstas em lei.

Todos os 19.565 motoristas foram afastados temporariamente das vias e obrigados a realizar o Curso de Reciclagem, exigido para recuperar a habilitação.

Infrações 

Até 16 de dezembro de 2025, o estado registrou 976.157 infrações de trânsito. O excesso de velocidade respondeu por 44,06% das autuações, somando casos de até 20%, de 20% a 50% e acima de 50% do limite permitido.

Outras infrações mais recorrentes em 2025 foram avançar sinal vermelho ou parada obrigatória, não usar cinto de segurança e uso de celular ao volante. Mais de 4.500 motoristas também foram penalizados por recusar o teste do bafômetro.

Cassação

Ao longo dos últimos 12 meses, 2.735 condutores tiveram a CNH cassada por reincidência, principalmente por continuarem dirigindo mesmo após a suspensão. A cassação impede o motorista de dirigir por um período mais longo e exige novo processo de habilitação.

O número de recursos administrativos apresentados de forma digital também aumentou. Em 2025, foram registrados 3.862 recursos online, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2022, foram 1.032 recursos digitais; em 2023, 1.247; e em 2024, 3.227.

Saiba*

Os serviços podem ser acessados pelo Portal de Serviços, aplicativo Meu Detran MS e atendimento via WhatsApp.

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