Cidades

ASSASSINO E ESTUPRADOR

Preso por matar Kauan cobra na Justiça dívidas de suposta agiotagem

Professor foi condenado a mais de 66 anos de prisão por assassinar garoto

LUANA RODRIGUES

02/12/2018 - 15h56
Continue lendo...

O professor  Deivid Almeida Lopes, condenado a mais de 66 anos de prisão, em regime fechado, pelo estupro e morte do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, de apenas 9 anos, tem cobrado na justiça dívidas de pessoas para quem ele havia emprestado dinheiro antes de ser preso, por meio da suposta prática de agiotagem.

No site do Tribunal de Justiça há, pelo menos, cinco processos em que o professor cobra dívidas que variam de R$ 8.171,48 a R$ 1.536,22, comprovadas por meio de notas promissórias.

Em processo recente, uma professora alega que era colega Deivid quando ele trabalhava na rede municipal de ensino, quando fez um empréstimo, e valor total não mencionado, dos quais pagava prestações de R$ 570,00 desde novembro de 2016 a título de juros mensais. 

A mulher afirma ainda que pagou oito parcelas, totalizando R$ 4.560,00, contudo Deivid não emitia recibos, mas apontava todos os recebimentos em uma agenda marrom (esverdeada), onde carregava várias notas promissórias.

A mulher diz ainda que depois que o professor foi preso, passou a receber cobranças do irmão dele, que é policial. Posteriormente foi cobrada na justiça por dívida de duas notas promissórias, sendo uma no valor de R$ 1.800, com vencimento em 30 de outubro de 2016 e outra no valor de R$ 2.000, com vencimento em 15 de novembro de 2016, as quais ela afirma já ter pago a Deivid.

No processo de embargos à execução, a mulher pede a justiça que determine busca e apreensão da caderneta do professor, para que seja comprovado que ela pagou as dívidas. 

No mesmo processo, o advogado de Deivid, Telmo Cezar Lemes Gehlen, afirma que “a alegação é totalmente equivocada, ao ponto que não juntou nenhum documento aos autos capaz de comprovar suas alegações. Também tenta denegrir a imagem do exequente ao mencionar outros problemas que nada a tem a ver com a presente execução”.

Agiotagem é uma ação ilegal praticada por pessoas físicas que costumam emprestar dinheiro para outras pessoas físicas e  cobram juros abusivos, acima do limite legal permitido, para conseguir lucrar com esse tipo de prática.

PRISÃO

Deivid está preso desde 14 de agosto de 2017, quando foi apontado como o autor da morte de Kauan. O desaperecimento do menino ocorreu há cerca de um ano e meio. Na fase judicial, o depoimento de duas vítimas de exploração sexual apontaram que o professor era o autor do crime. O corpo do menino nunca foi encontrado.

Os depoimentos das vítimas foram levados em consideração pelo magistrado para embasar a condenação do réu. O juiz também utilizou como prova, em relação à morte do menino, uma série de laudos periciais.

ntre eles, o laudo que demonstrou que o sangue encontrado num tapete na casa do acusado era de perfil genético masculino e, em confronto com o sangue da mãe do menino desaparecido  e também do irmão da vítima. Foi apontado que o material encontrado no tapete era de um filho da mãe de Kauan e, também, de alguém com o mesmo pai de seu irmão.

Outro laudo pericial constatou a presença de sangue no piso e na cama do quarto do acusado, seguindo para a porta da sala e para a pia da cozinha. O sangue possuía perfil genético do sexo masculino. 
No veículo pertencente ao acusado também foi encontrado sangue no porta-malas e outro laudo apontou vestígios de sangue no travesseiro do réu, bem como em um colchão. A amostra também foi identificada como de perfil genético do sexo masculino.

O professor foi condenado à pena total de 64 anos, 11 meses e 6 dias de reclusão, 1 ano e 3 meses de detenção, 15 dias de prisão simples e o pagamento de 32 dias-multa em regime fechado pelos crimes de estupro de vulnerável com resultado morte, por vilipêndio de cadáver e ocultação de cadáver, além de outros dois estupros de vulnerável, exploração sexual de adolescentes, armazenamento de material de cunho pornográfico envolvendo adolescente e importunação ofensiva.

Prognóstico

Verão começa neste domingo e será marcado por calor acima da média em MS

Prognóstico aponta que podem ocorrer ondas de calor no Estado, enquanto as chuvas serão irregulares e podem ficar abaixo da média para a estação

18/12/2025 18h44

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul

Calor deverá ficar acima da média durante o verão em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

Continue Lendo...

O verão começa às 11h03 (horário de MS) deste sábado (21) e será marcado por chuvas irregulares e temperaturas elevadas em Mato Grosso do Sul. É o que aponta prognóstico divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec).

A estação, que vai até o dia 20 de março de 2026, é climatologicamente caracterizada pelos dias mais longos e noites mais curtas, calor, maior disponibilidade de umidade na atmosfera e aumento significativa de pancadas de chuvas.

O primeiro dia do verão é o dia mais longo do ano e a noite mais curta.

Calor acima da média

De acordo com o prognóstico, a tendência climática para este verão em Mato Grosso do Sul indica temperaturas acima da média histórica, ou seja, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal no Estado.

"Essa condição favorece a ocorrência de períodos mais quentes, sobretudo em dias com menor nebulosidade e ausência de precipitação", diz o documento.

Quanto as temperaturas, a média da estação varia entre 24°C a 26°C. A previsão para o trimestre janeiro-fevereiro-março de 2026 indica que as temperaturas ficarão ligeiramente acima da média histórica, com máximas acima de 30°C.

Segundo o Climatempo, o verão deverá ter maior influência da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e a estação terá períodos de veranico, quando várias áreas do País terão dias mais quentes do que o normal, com menos chuva do que o normal para o período.

O Sul do Brasil e as áreas de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai devem enfrentar períodos de calor intenso, que eventualmente poderão ser considerados como onda de calor, segundo o Climatempo.

Dessa forma, a previsão aponta para um trimestre com condições mais quentes que o normal em Mato Grosso do Sul.

Chuvas irregulares

A média de chuva que é esperada para o verão, conforme os dados históricos baseados em períodos de 30 anos pelo Cemtec, indicam que as precipitações variam entre 400 a 600 mm. 

Para o verão 2025/2026, a tendência climática indica uma previsão  de irregularidade na distribuição das chuvas ao longo do trimestre.

"Os volumes de precipitação tendem a oscilar em torno da média histórica, podendo apresentar totais ligeiramente acima ou abaixo da média histórica", diz o Cemtec.

Uma característica marcante do verão é a ocorrência de rápidas e frequentes mudanças nas condições do tempo. São comuns as chuvas de curta duração e forte intensidade, conhecidas como chuvas de verão.

Segundo o Cemtec, dependendo do ambiente atmosférico atuante, esses eventos podem evoluir para tempestades intensas, acompanhadas de descargas elétricas, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em razão da intensidade pluviométrica concentrada em curtos intervalos de tempo, essas chuvas podem ocasionar impactos como alagamentos, enxurradas e elevação rápida do nível de córregos e rios, situações típicas do período de verão.

A maior frequência dessas tempestades ocorre, geralmente, no período da tarde, em decorrência do aquecimento diurno mais acentuado e dos mecanismos de modulação diurna da atmosfera.

Além disso, o verão é o período do ano de maior incidência de raios.

Campo Grande

Vereadores derrubam isenção e Consórcio Guaicurus voltará a pagar imposto milionário em 2026

Projeto de lei apresentado pela prefeitura municipal obteve 15 votos contrários e 10 favoráveis

18/12/2025 18h30

Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

No "apagar das luzes" de 2025, a Câmara Municipal de Campo Grande rejeitou a isenção sobre o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) para o Consórcio Guaicurus, renúncia que neste ano foi de aproximadamente R$ 9,5 milhões aos cofres municipais.

Na prática, a cobrança sobre este tipo de imposto é de responsabilidade da prefeitura municipal, repasses os quais o consórcio é isento de pagar desde 2013, ano em que a concessionária assumiu o transporte público da Capital. Anualmente, a administração encaminha o projeto de lei à Câmara, que aprova ou rejeita a possibilidade de cobrança, que voltará a ser feita em 2026.

De autoria do executivo municipal, o Projeto de Lei 12.229/2025 foi rejeitado nesta quinta-feira (18) por 15 vereadores, e aprovado por 10, nesta que foi a última sessão sessão legislativa do ano. Em justificativa, a prefeita Adriane Lopes (PP) destacou que a isenção fiscal vigente, permite que a concessionária isente diversos passageiros de pagar a taxa de transporte público, atualmente em R$ 4,95. 

"Ressaltamos que ainda que o benefício fiscal proposto também é satisfatório para fazer as empresas prestadoras de serviços de transportes de pessoas em Campo Grande, pois minimiza os custos financeiros arcados por elas, em contrapartida a não cobrança das passagens à diversos usuários decorrentes de ajustes com o município, acarretando uma maior majoração do preço tarifário, portanto, entendemos que no final, o grande beneficiário, é o munícipe", destacou Adriane. 

Durante a sessão, o presidente da Câmara Epaminondas Neto, "Papy" (PSDB), disse compreende a rejeição ao projeto apresentado pela prefeitura, declaração dada em meio à greve dos motoristas. "Isso é um sinal para a cidade de que o parlamento está esgotado em relação ao Consórcio Guaicurus, que demonstra repetidas vezes as mesmas falhas. E o pior, sem uma iniciativa clara do que quer mudar. (O consórcio) está sempre justificando algumas coisas, mas, na prática, com ações que demoram demais para acontecer", avaliou. 


Favoráveis: Beto Avelar (PP), Carlão (PSB), Clodoilson Pires (Podemos), Dr. Jamal (MDB), Victor Rocha (PSDB), Herculano Borges (Republicanos), Leinha (Avante), Neto Santos (Republicanos), Otávio Trad (PSB), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton (PP), Rafael Tavares (PL), Ronilço Guerreiro (Podemos), Silvio Pitu (PSDB) e Veterinário Francisco (União).

Contrários: André Salineiro (PL), Ana Portela (PL), Fabio Rocha (União), Flávio Pereira Moura, o Flávio Cabo Almi (PSDB), Jean Ferreira (PT), Landmark Ferreira (PT), Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP), Marquinhos Trad (PDT) e  Wilson Lands (Avante).

Saiba*

Após quatro dias de paralisação os motoristas do consórcio voltarão integralmente ao trabalho na manhã desta sexta-feira (19). A antecipação do repasse, anunciada pelo Governo do Estado durante a manhã, caiu na conta e a suspensão da greve foi decidida nesta tarde, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT24).

Assine o Correio do Estado

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).